1:7 → It Was Okay

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— Hey, Jonathan? — Hattie ouviu uma voz familiar e engasgou com a água que bebia. — O que aconteceu?

— Eu estou bem...

— Por que ele está usando algemas?

— Seu filho agrediu um policial — o policial Callahan respondeu Joyce.

— Tire as algemas.

— Receio que não posso fazer isso...

— Tire as algemas! — Joyce falou, mais alto dessa vez.

— Você a ouviu, tire as algemas. — Disse Hopper, se intrometendo na conversa.

— Delegado, eu sei que estão todos nervosos, mas precisam ver uma coisa.

Powell levou Hopper e Callahan para fora da delegacia e Hattie se aproximou da mesa, ficando paradinha agarrando seu copo plástico. Quando Joyce olhou para o lado e a notou, parecia estar mais aliviada do que surpresa.

Depois de algum tempo, Joyce voltou a falar:

— Você está viva! — Joyce disse, puxando a menina para um abraço e a soltando logo em seguida. — Achei que aquela coisa tivesse te levado, procurei por toda parte.

— Literalmente — Disse Hopper entrando na delegacia. — Sem registro Hospitalar, sem registro telefônico, sem registro nos correios, sem ficha criminal... e a única coisa que encontramos foi sua matrícula escolar, e só tinha o seu nome... sem endereço, número de contato ou qualquer outra coisa. — Hooper concluiu, e Hattie coçou a nuca, envergonhada. — Ou sua vida é muito entediante, ou você está tentando se esconder de alguém.

— Vida... entediante...? — A garota respondeu enquanto inclinava a cabeça, mas parecia mais uma pergunta.

Hopper jogou uma caixa, que Hattie reconheceu possuir as armadilhas de urso, e apontou para Hattie.

— Você, na minha sala.

O delegado seguiu para a sala dele.

— Ferrou — A garota respondeu, jogando a cabeça para trás.

Depois que Hattie havia entrado na sala, ele hesitou e mandou chamar os outros, agora estavam Nancy, Hattie, Jonathan, Joyce e Hopper na sala, dispersos.

— Nós achamos que aquela coisa é atraída por sangue, queríamos testar isso.

Jonathan não disse sequer uma palavra, mas entregou a foto para Hopper.

— É atraída por sangue?

— Não sabemos — foi Jonathan quem respondeu.

— É só uma teoria. — A Wheeler concluiu.

Todos ficaram em um silêncio que chegava até a ser meio perturbador

— Qual o seu nome? — Hopper perguntou de repente e sem nenhuma explicação, apontando para a ruiva.

— Hattie Williams — A menina respondeu, confusa.

— Você tem certeza disso? — Hopper disse — Mentir para um policial, pode ser dado como crime dependendo da circunstância.

— Seria melhor ser dada como criminosa do que voltar pro Hospício de onde eu saí. — A garota revelou cruzando os braços e se jogando para trás na cadeira.

— Eu entendo o seu medo, mas eu já garanti que nessa sala não têm nenhuma escuta. — Hopper disse, compreensivo.

Hattie revirou os olhos

— Mas ainda não sei se posso confiar em você, não é?

Hopper sacudiu a cabeça se deixando vencer.

彡 𝘿𝘼𝙍𝙆 𝙍𝙊𝙊𝙈 - 𝘚𝘵𝘦𝘷𝘦 𝘏𝘢𝘳𝘳𝘪𝘯𝘨𝘵𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora