— Hey, Jonathan? — Hattie ouviu uma voz familiar e engasgou com a água que bebia. — O que aconteceu?
— Eu estou bem...
— Por que ele está usando algemas?
— Seu filho agrediu um policial — o policial Callahan respondeu Joyce.
— Tire as algemas.
— Receio que não posso fazer isso...
— Tire as algemas! — Joyce falou, mais alto dessa vez.
— Você a ouviu, tire as algemas. — Disse Hopper, se intrometendo na conversa.
— Delegado, eu sei que estão todos nervosos, mas precisam ver uma coisa.
Powell levou Hopper e Callahan para fora da delegacia e Hattie se aproximou da mesa, ficando paradinha agarrando seu copo plástico. Quando Joyce olhou para o lado e a notou, parecia estar mais aliviada do que surpresa.
Depois de algum tempo, Joyce voltou a falar:
— Você está viva! — Joyce disse, puxando a menina para um abraço e a soltando logo em seguida. — Achei que aquela coisa tivesse te levado, procurei por toda parte.
— Literalmente — Disse Hopper entrando na delegacia. — Sem registro Hospitalar, sem registro telefônico, sem registro nos correios, sem ficha criminal... e a única coisa que encontramos foi sua matrícula escolar, e só tinha o seu nome... sem endereço, número de contato ou qualquer outra coisa. — Hooper concluiu, e Hattie coçou a nuca, envergonhada. — Ou sua vida é muito entediante, ou você está tentando se esconder de alguém.
— Vida... entediante...? — A garota respondeu enquanto inclinava a cabeça, mas parecia mais uma pergunta.
Hopper jogou uma caixa, que Hattie reconheceu possuir as armadilhas de urso, e apontou para Hattie.
— Você, na minha sala.
O delegado seguiu para a sala dele.
— Ferrou — A garota respondeu, jogando a cabeça para trás.
Depois que Hattie havia entrado na sala, ele hesitou e mandou chamar os outros, agora estavam Nancy, Hattie, Jonathan, Joyce e Hopper na sala, dispersos.
— Nós achamos que aquela coisa é atraída por sangue, queríamos testar isso.
Jonathan não disse sequer uma palavra, mas entregou a foto para Hopper.
— É atraída por sangue?
— Não sabemos — foi Jonathan quem respondeu.
— É só uma teoria. — A Wheeler concluiu.
Todos ficaram em um silêncio que chegava até a ser meio perturbador
— Qual o seu nome? — Hopper perguntou de repente e sem nenhuma explicação, apontando para a ruiva.
— Hattie Williams — A menina respondeu, confusa.
— Você tem certeza disso? — Hopper disse — Mentir para um policial, pode ser dado como crime dependendo da circunstância.
— Seria melhor ser dada como criminosa do que voltar pro Hospício de onde eu saí. — A garota revelou cruzando os braços e se jogando para trás na cadeira.
— Eu entendo o seu medo, mas eu já garanti que nessa sala não têm nenhuma escuta. — Hopper disse, compreensivo.
Hattie revirou os olhos
— Mas ainda não sei se posso confiar em você, não é?
Hopper sacudiu a cabeça se deixando vencer.
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彡 𝘿𝘼𝙍𝙆 𝙍𝙊𝙊𝙈 - 𝘚𝘵𝘦𝘷𝘦 𝘏𝘢𝘳𝘳𝘪𝘯𝘨𝘵𝘰𝘯
FanfictionQuando Número Dois, que foi amaldiçoada por seu número, vive uma vida escondida em Hawkins. Ou Quando Steve Harrington se vê envolvido em uma situação que trazia risco para cidade, e isso o aproxima da esquisitona de Hawkins, e ele se vê curioso pel...