Por Cima Dessas Nuvens Nubladas

Better in Stereo

Lizze Bellinie

"You
The other half of me
The half I'll never be
The half that drives me crazy"

Dove Cameron.

Luiza vira outra pessoa quando vai chegando perto de seus pais, ajeitando a coluna, levanta a cabeça, funga um pouco, nada perceptível aos olhos deles, sinto minha mão ser apertada com mais força, eu sei o que ela tava fazendo sendo durona por fora para se proteger dos cacos de vidro que sabe que vai atingi-la, mas por dentro está morrendo de medo de que se os cacos de vidro entrarem fosse fundo o suficiente para magoa-la mais, para odiar a vida que tem, aos poucos a menina doce, gentil e brincalhona da espaço a mulher, forte, destemida, arrogante e nebulosa, Seus pais tem esse efeito nela, nem tanto sua mãe agora seus pai...

—O que estão fazendo aqui em plena segunda-feira?—Cospe de uma vez, para afastar qualquer carinho falso —Por mim e pelo Gui que não é —seu tom áspero chega até a me deixar chocada.

Sua mãe a abraça e ela solta minha mão, que já estava começando a ficar dolorida. A observo, tenho certeza de que se não estivéssemos no meio do corredor e seu pai por perto, ela choraria muito.

—Meu amor viemos conversar.—sua mãe a solta, sabia que suas palavras era apenas para sua proteção.—Cadê o Gui?—Victor solta uma risada sarcástica como se fosse Hilária a pergunta da mulher.

—Provavelmente se drogando ou bebendo —ele se vira para a sua esposa pela primeira vez olhando-a nos olhos—Ou em alguma festinha, e só isso que ele sabe fazer—Elena o olha irritadiça.

—Não começa Victor—a mulher mais velha massageia as têmporas—não na frente delas—Apontado o dedo na nossa direção, Victor bufa voltando a encarar o celular. Ok tá na hora de eu ir.

—Família Monet foi um prazer revê-los, mas agora eu tenho que ir —encaro Lu que me olha como, se você for embora eu te mato depois. e eu lhe respondo com, esse assunto é seu, queria poder ficar mas é sua família. Venço-a e ela me abraça.

—Ei não fica assim não, vai dar tudo certo —sussuro —me manda mensagem depois— falo e me afasto, Lu apenas acente.

Por mais que eu queira ficar ali por Lu, não posso, a família é dela os problemas quem tem que discutir são eles. ndando pelo corredor sinto que estou me esquecendo de alguma coisa, mas o que?, checo meu celular abrindo o bloco de notas. E claro os papéis das reuniões, os agendamentos dos passeios que Ali me deu quinta passada, é pra entregar pra diretora. Corro até meu quarto, procuro os papéis e os acho na minha escrivaninha, e antes de sair confiro se está tudo ali, é graças aos céus está. Aproveito e pego minha mochila para assim que acabar já correr para a aula. Viro no segundo corredor depois de subir as enormes escadas desse lugar, poderia usar o elevador mas está bem ocupado, e horário de aula. Terceiro andar, antes de tudo confiro mais uma vez os papéis. Assim que marcho em direção a diretoria vejo um homem. meu Deus ele é o carinha gatinho de alguns minutos atrás. Ele estava mexendo no celular destraido, o homem não parece notar minha presença.

Quando chego na diretoria paro na sua frente, ele não levanta o rosto, o que me empede de admirá-lo, mas isso não impedia de olhar seu corpo.

♡

alguns segundos depois ele levanta o rosto e me olha curioso, sinto que acabei de levar um choque, seus olhos são o que mais me chamou a atenção por que além de serem escuros tinham uma coisa que me prendia neles. ele fazia o mesmo, era como se estivesse me desafiando para, "quem analisa quem primeiro", tive a impressão de que ele estava sorrindo do meu sapato, confesso aquele clima tava começando a ficar interessante, dois desconhecidos, se analisando mutuamente como se quisse saber até o último fio de cabelo o que escondem, ele é misterioso, intimidador, tem um cheiro muito bom e...Credo deveria ser crime ser tão bonito assim. Me permito analisá-lo só mais um pouco, Percorrendo mais seus rosto vi que sua boca era feita em um arco do cupido perfeito, assim que desço meu olhar ele sorri é seu sorriso ladino era realmente...