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...

Saio do banho já sentindo um cheiro de omelete vindo da cozinha.

Meu deus, eu preciso comer.

Coloquei um short jeans que estava em cima da arara que tinha no canto do meu quarto e uma camiseta de uma banda antiga.

Peguei uma escova pra desembaraçar os fios do meu cabelo recém lavados e comecei a pentear rápido, pois estava com pressa.

Quando finalizei, saí do quarto rápido e desci as escadas correndo, chegando na cozinha de uma forma bem barulhenta.

- Achei que você era humana, não um macaco - Emma falou num tom de ironia olhando pra mim com uma cara de desdém enquanto colocava um omelete no prato em cima da bancada.

- Pra sua informação, macacos são muito fofos e cuidadosos - Respondi pegando um garfo e enfiando um pedaço da comida na boca - E eu botei tudo o que eu comi ontem pra fora, então não é culpa minha.

- Aham. Come isso aí que cê tem que me levar pra casa jajá.

- Tá, tá. - Murmurei de boca cheia.

Quando acabei de comer, fui até a pia levar meu prato. Outros talheres e um prato já estava no escorredor, provavelmente os de Emma.

Coloquei meu prato e talheres na pia, quando eu chegasse eu lavava.

Emma estava me esperando na sala mechendo no celular e assim que apareci, ela se levantou em direção a porta.

A porta já estava destrancada e a chave estava engatada na fechadura, então Emma só abriu a porta e pegou a chave, esperando eu sair pra fechar a porta.

- Sua comida tava horrível - Falei enquanto ela fechava a porta

- Tão horrível que você comeu tudo. - Ela retrucou enquanto me acompanhava descendo a escada

- Cê viu? É o que a fome faz com a gente.

Ela deu uma risadinha e eu sorri também.

Chegamos á parte da frente da casa e entramos numa espécie de corredor largo na parte coberta pelo segundo andar que levava até as partes do fundo da casa.

E alí, estacionada toda torta, estava minha moto, o amor da minha vida.

Emma ficou me esperando na calçada enquanto eu ligava a moto e saía da parte coberta da casa com a moto.
Quando cheguei do seu lado ela subiu na garupa como se fizesse aquilo á anos ( e realmente fazia, nós andávamos pra tudo quanto é lugar comigo pilotando desde que nos conhecemos ) .

Dei partida e fui pilotando pelas ruas, saindo do bairro onde eu morava.

As casas eram umas mais bonitas que as outras. Grandes e com estruturas que pareciam valer uma fortuna. Nada comparado a que eu morava com meu irmão quando éramos crianças.

O bom é que os vizinhos quase sempre estavam viajando ou fora de casa, então eu não tinha que dar bom dia pra ninguém.

Fui pilotando sem pressa, só aproveitando a sensação calma que estava naquela tarde de sábado, Emma estava segurando na minha cintura e pude ver pelo retrovisor que ela estava olhando em volta, pelas ruas.

15 minutos até lá.

...

Está entregue. - Falei estacionando a moto na frente da sua casa

- Ai...- Emma murmurou enquanto descia da garupa - Minha bunda ta doendo - Ela grunhiu, fazendo uma "massagem" pra tentar diminuir a dor.

- Meu carro tá na oficina, vou pegar ele semana que vem. - Falei enquanto descia da moto e colocava o capacete no guidão.

𝐒𝐔𝐂𝐂𝐔𝐁𝐔𝐒 - 𝐓𝐎𝐊𝐘𝐎 𝐑𝐄𝐕𝐄𝐍𝐆𝐄𝐑𝐒 Onde histórias criam vida. Descubra agora