II - O ato

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E vamos de fogo no rabo, amores!

Durante a noite, Katsuki ponderou bastante sobre o plano

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Durante a noite, Katsuki ponderou bastante sobre o plano. Parecia genial e estúpido ao mesmo tempo. Genial e desonesto por pegar o sujeito em um momento desprevenido. Estúpido porque o executor seria para sempre lembrado por ter pêgo o cara pelo pau.

O que conformava, era saber que muito provavelmente não partiriam para qualquer envolvimento carnal. Ainda que Katsuki não tivesse muitas reclamações se acontecesse, afinal pelas fotos o tal Blood Riot era bem gostoso e ele não seria um puritano falso ao dizer que se agradaria de experimentar do material um pouco.

"Qual é, isso é perigoso. Pode acabar se envolvendo emocionalmente" repreendeu a si mesmo pelo pensamento.

E qual seria a possibilidade? Ninguém jamais despertou em si mais do que desejo sexual. Sem dúvida seria apenas mais um na lista.

Pensou consigo mesmo enquanto cozinhava o desejum da manhã. Seus dedos habilidosos pareciam meio destreinados por causa da excitação crescente que sentia sempre que pensava no infeliz.

Foda-se, ele estava perdendo tempo discutindo consigo mesmo sobre uma remota possibilidade de se apaixonar por um vilão.

Que estúpido.

Katsuki seria profissional. Seguiria o plano se submetendo a ser a isca da armadilha e o nocautearia. Tendo alguma sorte, poderia quem sabe criar uma história menos vergonhosa do que a de estar fazendo uma dança erótica para um vilão. Sem envolvimento de qualquer tipo, a menos que fosse uma necessidade, um último recurso.

Assim que se sentou para comer, seu celular vibrou alertando sobre a chegada de uma mensagem e ele desbloqueou a tela sem o pegar na mão. O conteúdo era sobre sua entrevista para ser dançarino da boate Fenix, o que o fez corar de vergonha.

Normalmente não tinha problemas ao falar sobre sua vida sexual, ainda que não ficasse espalhando aos quatro vento, sendo sincero quanto aos próprios fetiches. A ideia de estar sendo contratado como uma puta, o deixava desconfortável por ele ser um herói.

Terminou de comer e se arrumou para a entrevista. Se precisava ser feito, ele não ia protelar.

(...)

Um plano bem elaborado certamente contava com a ajuda de infiltrados, e foi isso que ajudou Bakugou a entrar na Fenix sem que seu verdadeiro nome fosse revelado. Seria mais grato se recebesse um nome mais decente do que Hiro Toge, no entanto. Deku tinha um péssimo gosto e criatividade para nomear.

Durante a entrevista ele não usou máscara, mas usaria para as apresentações, e optou por ignorar as que lhe ofereceram por serem terrivelmente ridículas. Se ia fazer isso funcionar, seria com o mínimo de bom gosto.

Seu codinome ficou sendo Ground Zero, e ele precisou de apenas um pouco de sua performance para impressionar os contratantes, os provocando a admitir na equipe se desejassem assistir mais do que já estavam tendo.

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