Esse plot está me deixando de um jeito que sequer imaginei.
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Lembrar de seu ato falho engatilhava a raiva de Bakugou. Ele não somente tinha deixado a chance perfeita escapar por entre seus dedos como também tinha sido feito de otário. O desgraçado o tinha lubibriado, usado e depois descartado sumariamente, finalizando sua representação de pobre diabo estúpido exibindo o quão superior e debochado era.
Ainda o beijou. Duas vezes, no ombro e na bochecha; de um jeito sutil como quem trata uma criança teimosa.
O sentimento amargo de ser passado para trás só piorou quando ao revistar os bolsos, Katsuki descobriu que a seringa tinha desaparecido, o que significava que, em algum momento daquela transa, Kirishima tinha a retirado de seu bolso sem que percebesse.
E agora ele era uma panela de pressão no máximo, contendo de modo ruidoso a ira dentro de seu peito.
— O seu plano foi estúpido! Eu não devia ter lhe dado ouvidos, Deku! — vociferou, exasperado. Izuku se encolheu quando ele bufuo, explodindo um dos objetos de decoração da própria mesa.
— O plano era bom, a sua execução que foi falha. — Todoroki respondeu sem se intimidar pelo olhar mortal e carregado de promessas do colega de trabalho.
Apavorado, Izuku arregalou os olhos em sua direção, movendo os lábios em uma súplica sussurrada para que ele não piorasse a situação. Os olhos de Katsuki também estavam abertos, mas de ódio e indignação por causa do julgamento injusto.
Ok, talvez não tão injusto assim. Ele mesmo sabia que tinha se deixado levar pelo tesão, o que não significava estar disposto a assumir que colocou tudo a perder por causa de uma piroca e vontade de escalar uma montanha de músculos de sorriso afiado e língua solta.
— Talvez você devesse ter assumido a porra da dianteira então, Meio-a-Meio, se é tão bom assim? — zombou, rindo sem humor — Quem sabe não teria tido êxito.
— Eu não sei dançar. E sou comprometido. — respondeu como se falasse do tempo, indiferente à critica.
O movimento de repulsa de Katsuki foi contido pela ação rápida de Izuku que conteve seu avanço ao se colocar na frente dos dois. Bakugou rosnou, o amaldiçoando.
— Kacchan, precisamos focar no que é realmente importante aqui ao invés de gastar energia tentando identificar os motivos do plano ter falhado. — determinou. Katsuki grunhiu — Nenhum plano é a prova de falhas, mas podemos aprender com o que deu errado e tentar evitar no futuro.
Deku estava certo, e saber que a falha tinha realmente sido dele (apesar de não ter compartilhado com eles por desejar preservar o pouco de dignidade que ainda lhe restava).
— Fodam-se vocês. — ele resmungou, marchando de volta para a própria mesa — O que vamos fazer?
