4 - APRENDA A AMAR ERVILHAS

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Já haviam se passado duas semanas que Peter estava com o bilionário, e já era de se esperar a melhora do garoto. Corria pela casa, brincava, o que não fazia direito há muito tempo. Tony conseguira, como sempre, um processo contra o pai do garoto apresentando as provas e todos os quesitos necessários, julgando que isso foi até fácil fora os problemas com a tia do garoto, que solicitara a guarda mesmo com seu histórico ruim e seus problemas com bebida. A justiça decidiu dar a Tony a guarda provisória de Peter, que não pôde acreditar na decisão de pensarem sobre o caso de May Parker. Onde já se viu darem uma criança a alguém com um histórico tão sujo? Ele se forçava a ignorar, o garoto está feliz, apenas isso importa.

-Sr. Stark! - o pequeno entra no escritório do gênio rapidamente com uma bola de futebol. - Tio Bruce me deu uma bola!

Tio Bruce..que adorável! Não pôde deixar de sorrir, mas também se lembrando do caos que uma bola tão inofensiva poderia causar nas mãos de um garotinho tão enérgico como Peter.

-Isso é muito legal, pequeno. Mas vamos tomar cuidado com isso, sim? Nada de jogar em outro lugar que não seja a área de lazer da torre, e longe da piscina para que você não se machuque. Estamos entendidos?

E não bastou o aviso, apenas alguns segundos até que um vaso fosse diretamente pro chão, espalhando cacos ali mesmo. O olhar que Tony ofereceu ao menor ali não foi ruim, nem tanto.

-Peter.. - o bilionário começou.

-Me desculpa! - choramingou o garoto, dando sinais de que logo daria início a um choro sentido. Tony deu pequenos passos até sua criança hiperativa e o pegou no colo.

-Hey, não chore. Não é culpa sua, você apenas não ouviu corretamente. - disse acalmando seu garotinho encrenqueiro. - Hoje darei só o aviso, mas se eu souber que o mocinho me desobedeceu outra vez, não será muito legal pro seu traseiro, me entendeu? - ameaçou ele não sabendo se algum dia chegaria a castigar Peter fisicamente. Era demais pra um garotinho que mal havia saído das garras de um "pai" violento, se é que poderia chamar de pai. Mas Tony jamais machucaria seu garoto, passava longe de seus pensamentos fazer isso, ele não é assim. Mas o aviso deixaria claro que o castigará sim se passar dos limites impostos pelo bilionário.

-Sim, Sr. Stark. - diz Peter escondendo seu rostinho no pescoço do gênio mais velho. Tony, vendo que já estava um pouco tarde, abraçou o menor indo em direção a porta.

-Já é tarde, você precisa almoçar antes que a tarde chegue. - diz calmo

-E o que teremos pro almoço hoje, Sr. Stark?

-Pelo que SEXTA-FEIRA me informou após o café da manhã, carne vermelha, arroz, ervilhas e.. - sua frase não fora completa, o grito estrondoso de Peter o fez parar um pouco assustado.

-NÃO! - ervilhas, onde já se viu? O garoto odeia ervilhas! Apesar de Bruce ter passado uma rotina alimentar saudável com carne vermelha pra anemia do garoto, alimentos ricos em fibra e proteína, não significava que ele iria comer sem reclamar, oras.

O gênio mais velho nada disse, se dirigiu a cozinha com o garoto convencido de que não comeria após seu grito, cuja afirmação infantil se desmentiu quando Tony posicionou á mesa um prato saudável juntamente com os remédios e a vitamina tão abominável em sua frente.

"Eu odeio ervilhas! Eu odeio essa vitamina! Não quero salada! Não gosto de remédios! Isso é ruim!" a cabeça de Tony não poderia doer mais, a cada fração de segundos Peter soltava uma frase que vinha sempre de forma petulante. O que ele faria?

-Peter, você precisa comer. São coisas importantes pra sua saúde, não pode ficar sem elas.

-Eu não vou comer! - esbravejou o garoto. - É ruim, não quero!

Tony respirou fundo. Pensou que talvez Peter deixasse de birra e comesse de uma vez se ele o deixasse ali com uma pressão de leve. - Quando eu voltar, eu quero esse prato limpinho, ou ficará sem sua bola nova, campeão. - disse acariciando os cabelos de seu pequeno encrenqueiro antes de voltar pro escritório pra limpar a bagunça de mais cedo. Ah, e ele ainda tinha esperanças de que Peter comesse a comida. E que desilusão..meia-hora depois o garoto só havia comido a carne e o arroz em um trabalho cansativo de separar as ervilhas e as viraminas.

-Creio que lhe dei uma ordem direta de comer tudo, Peter. - o gênio o fitou sério - Vejo que desobedeceu fielmente. - Os ombros do garoto se moveram pra cima e pra baixo com um olhar desafiador direcionado a Tony, que se alguém mais estivesse presenciando a cena diriam que são pai e filho brincando de espelhar movimentos. E que cena engraçada....Bom, seria se não estivesse se tornando tão séria. Peter estava destinado a levar aquela birra até o fim.

822 palavras.

[HISTÓRIA NÃO REVISADA]

Para Sempre: Iron DadOnde histórias criam vida. Descubra agora