Capitulo 32

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Terça-feira, 16 de agosto, 03:12 horas da noite.

Nikolas corre em direção a área vip e desfere um chute contra a porta para abri-la. Ao entrar, encontra Leonid no chão inconsciente enquanto as mulheres se amontoam sobre ele como abelhas no mel.

- Leonid! - ele grita ao se aproximar, esperando que de alguma forma Leonid o atendesse.

- Sai da frente! - Nikolas empurra todas as mulheres para longe, tentando abrir caminho. Ele se ajoelha e está tão conturbado que nem mesmo sabe o que deveria fazer.

- Por que ele está assim ? O que aconteceu ? - ele grita irritado.

- Nós não sabemos, do nada ele caiu e... - a prostituta hesita, com medo de sua reação.

- Acorde seu filho da puta! - Nikolas a ignora e continua gritando, chamando o seu nome, mas ele não reage.
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- Nikolas, o que aconteceu ? - o homem velho sentado na poltrona de frente para a cama do hospital o questiona com um tom assustadoramente calmo.

- Ele já estava no chão quando cheguei, não sei ao certo o que aconteceu, senhor... - Nikolas contrai sua mandíbula, se sentindo culpado por não estar lá.

- Drogas de novo ? - ele esfrega o queixo e suspira.

- Provavelmente sim!

- Eu te pedi para ficar de olho nele. Então, onde você estava Nikolas ?

- Leonid me pediu para conferir algumas informações... - ele sente um arrepio percorrer sua espinha, como se pudesse pressentir o perigo.

- Que coisas ? Até onde eu sei, meu filho não está fazendo nada além de beber e usar drogas.

- São coisas pessoais, senhor... - Nikolas abaixa sua cabeça, com medo de encara-lo.

- O seu pai é um ótimo trabalhador Nikolas, mas parece que você não herdou essa qualidade... - o homem fala enquanto tira uma arma com silenciador de dentro do seu sobretudo.

- O que eu deveria fazer, Nikolas ? Meu filho está em uma cama de hospital por causa da sua incompetência. - ele aponta a arma em sua direção.

- Estou disposto a pagar com a minha vida, se é isso o que o senhor deseja! - Nikolas fala sem hesitar. O homem sorri e atira em sua coxa direita.

- Saia. - ele ordena. Nikolas respira fundo e tenta de todas as formas se manter de pé, com sua famosa cara de pôquer.

- Sim, senhor! - ele se curva e sai, caminhando com dificuldade para fora do quarto enquanto deixa um rastro de sangue pelo chão.
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Quinta-feira, 17 de agosto, 18:15 horas da noite.

- Onde porra eu tô ? - Leonid murmura ao abrir seus olhos e tenta se levantar da cama.

- Por favor, não se levante! - a enfermeira que estava no quarto o impede de se levantar e tenta acalma-lo.

- O senhor está em um hospital, deve descansar...

- Por que estou aqui ?

- O senhor desmaiou... seu corpo estava exausto.

- Merda! - Leonid sorri, surpreso com o fato de estar oficialmente no fundo do poço.

- Vou chamar o seu pai, então continue descansando. - ela rapidamente sai do quarto e Leonid nota que a enfermeira parecia desconfortável.

- Ele está tão puto assim ? - ele dá risada e se levanta, se senta na cama e dá um longo suspiro. Logo a tempestade viria, era inevitável.

O Amante do Lobo BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora