Priscila vai passar um tempo na mansão de sua amiga, em Fernando de Noronha, mas não esperava encontrar por lá, Carol. Que nem de longe precisaria de 100 milhões de chances pra entrar em seu coração. Pois já era dela, desde o primeiro olhar.
Estrela...
"Essas ruas estranhamente me trazem paz e confusão."
...
12:30 PM Abri meus olhos e me espreguicei. Notei que Carol já estava acordada e sentada na beira da cama.
– Ei, cê ta bem? – Falei chegando perto dela.
– Tô, tô sim. Foi só aquele pesadelo de novo. Mas não tem importância. – Ela levantou e apontou pra parede. – Olha o que deixaram ali.
Me virei e vi que tinha um papel amarelo colado na parede. Desgrudei e li o que estava escrito.
"Bom dia, meus amores! Fomos dar um mergulho e preferimos deixar vcs dormindo mais um pouco.
Estamos esperando vcs aqui na praia, na parte mais calminha do mar."
– Véi, isso tem muito cheiro de invenção da Virgínia. Eu sei que eu tava bêbada e tudo mais. Mas é óbvio que era pra acordar a gente. – Falei fazendo drama.
– É... e agora a gente tá aqui sem ter o que fazer. – Ela falou baixo e olhou pra mim.
– É...eu tô com fome, e você? – Perguntei logo pra não ficar sem assunto.
– Eu também. – Ela respondeu. – Então, bora almoçar né. Acho que tem comida pra esquentar na geladeira.
– Almoçar não, a gente vai tomar café. Acabamos de acordar mano.– Eu disse indignada amassando o papel
– Priscila, já é meio dia. Hora de almoçar.
...
13:45 PM Eu estava sentada no sofá esperando fazer a digestão. E a Carol estava deitada olhando pro teto.
– E se ao invés de nós duas irmos pra praia encontrar com eles, depois de todo mundo ter nos abandonado. A gente poderia conhecer o Vilarejo. – Ela sentou de uma vez e disse empolgada. – Vamos??
– Tá, vamos. Mas a gente precisa de um mapa. Eu não conheço nada daqui. – Falei olhando pra ela.
– É verdade, tem isso. Cê acha que por aqui tem algum?
– Se eu não me engano, no quarto da Vivi tem um pendurado na parede. – Lembrei que ela tinha mencionado isso. – Vou lá tirar a foto e já venho.
Subi as escadas e fui direto no quarto da Vivi e do Juliano. Abri a porta e procurei nas paredes. Estava perto da tv. Tirei uma foto e logo em seguida, desci.
– Prontinho. – Falei chegando na sala e mostrando a foto no celular pra ela.
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– Ah, ficou ótima. Hoje a gente pode começar indo na praça. – Carol disse analisando o mapa. – O que cê acha? – Ela olhou pra mim.
– Você quem manda, Carolyna. – Eu disse e ela sorriu.
– Olha que depois eu vou me lembrar disso, em? – Respondeu meu comentário e me entregou o celular.
Fomos nos arrumar, já que não tinhamos nem tomado banho ainda.
...
15:30 PM Coloquei uma saia curta branca coladinha, e um cropped vermelho soltinho. Nos pés coloquei uma rasteirinha branca também. Eu já estava na sala novamente, mas faltava a Carol. Por incrível que pareça o sol já tinha ido embora e o céu estava nublado, mas isso não ia ser um empecilho. Ouvi os passos na escada. Carol descia vestida com um vestidinho claro florido e um tênis branco nos pés.
– Ta bom? – Ela perguntou colocando a mão na cintura.
– Ta linda. – Eu respondi sorrindo de lado e ela fez uma cara fofa.
Acho que esse elogio saiu bobo demais. Eu poderia ter falado um "Ta ótimo" ou "Tá sim, amei o vestido". Eu nem tenho intimidade com a garota véi. Saí dos meus pensamentos.
– Vamos antes que comece a chover. – Eu falei.
Saímos pela parte de trás da casa. As ruas aqui são de calçamento e cheias de árvores floridas por todo lado. Fomos caminhando em uma reta e já dava pra ver a praça mais na frente. Continuamos andando um pouco.
– Essas ruas estranhamente me trazem paz e confusão. – Carol falou pra quebrar o gelo da caminhada silenciosa.
– Por que? – Perguntei.
– Não sei, eu sinto que já estive aqui. – Ela respondeu olhando cada detalhe que a visão dela pudesse captar.
– Talvez você esteve, em outras vidas. – Comentei e logo chegamos no local.
A praça se chama "Praça borboletas" e é muito fofa. Tem uns brinquedos pras crianças, lixeiras por todo lado, e muitos banquinhos de madeira.
Sentamos em um dos bancos, e começamos a comentar sobre a beleza daquele lugar. Do quanto amamos praia, de quais viagens nós ja fizemos. Estávamos rindo. Eu prestava atenção em cada detalhe do que ela falava. Conversamos tanto que nem vimos o tempo passar.
16:53 PM Chuva forte. Quando sentimos os pingos, saimos correndo desesperadamente. Claro que não éramos de açúcar, mas eu não queria ficar resfriada. Corríamos e ríamos ao mesmo tempo. Pisei em uma poça de lama que sujou toda a minha saia branca, que já estava ensopada. Carol gargalhava de mim.
Tivemos que entrar na casa pela parte que fica virada pro mar, onde fica a área da piscina. Já que a porta dos fundos estava trancada. Quando abrimos a porta. TCHARAM! Todos estavam na sala conversando. O pessoal virou pra olhar pra nós duas quase sincronizadamente.
– As margaridas apareceram. – Começou Vivi. – E estão extremamente ensopadas. INGRID, trás duas toalhas. Por favor! – Gritou ela pra Ingrid que estava no andar de cima.
– Isso ta parecendo cena de filme de romance lésbico. As duas garotas correm na chuva, em câmera lenta e riem uma pra outra apaixonadamente. – Argumentou Allan fazendo gestos no meio da sala.
Todos nós rimos, mas logo Carol falou:
– Meu Deus Allan, já basta a Vivi e a Clara.
– Eu vou ter que defender ele viu. Não da pra resistir a uma química tão presente entre vocês. Bora agilizar. – Malu do nada resolveu falar.
EU VOU MATAR ESSA GAROTA.
– Tchau pra vocês. Doidos. – Eu disse, pegando a toalha da mão da Ingrid e indo pro quarto banhar e descansar.
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AAAA
EU TÔ SURTANDO COM O MAPA Ele ficou tão fofinho 🤧🤧 Me digam se vcs gostaram, prfvrr
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Gente, ontem de noite nós batemos 1K de leituras. Eu tô tão feliz Obrigada por estarem aqui, eu tô tentando fazer dar certo. 🥺😍
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OBS.: Capítulo 04 sai só na quarta (27/07) às 08:30 AM
