Capítulo 09

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MACIOS QUANTO VELUDO

Sua boca quando me toca
desperta oceanos nada pacíficos

- AD

...

Eu olhava para os lados sem nenhuma pretensão de achar que qualquer pessoa apareceria ali, mas ela apareceu.
Quando eu ouvi ela gritar meu nome, eu não sei nem explicar o que senti. Olhei pra trás e ela estava lá. Com aquela calça preta que combina perfeitamente com ela.
Não pensei duas vezes, andei em sua direção. Confesso que eu tava confusa. Porque ela tava ali? Será se eu esqueci alguma coisa?

Notei que ela estava nervosa.

- O que você ta fazendo aqui? - Cheguei perto dela e perguntei.

- Eu...eu vim pedir pra você ficar. - Ela me respondeu sem jeito.

- Por que eu ficaria, Carol?

- Eu não sei porque você ficaria, mas eu sei o porque de eu querer que você fique. - Falou olhando nos meus olhos.

Vi que a fila já tava andando, e ela começou a falar.

- Ok...Quero que você fique porque gosto de você... - Ela continuou.

Meu coração estava tão acelerado que eu não conseguia pensar em nada.

- Carol...- tentei interromper mas ela não deixou e continuava falando.

- ... Mas acredito que sentir antes do toque torna tudo mais verdadeiro. Quero que fique, Priscila. Eu quero que você fique. - Finalizou.

Essas palavras nunca mais vão sair da minha cabeça. Eu jamais iria imaginar que ela se sentia assim e é recíproco.
Uma semana com ela me fez sentir coisas que eu nem sabia que podia sentir tão rápido assim.
Fiquei tempo demais olhando nos olhos.

- Fala alguma coisa, por favor. - Ela chamou minha atenção extremamente nervosa.

- Eu tô surpresa, nervosa e não sei o que falar. - Falei.

- Primeiro, só me diz se você vai ficar. - Disparou ela me olhando.

- Eu vou, a gente precisa conversar. - Respondi por fim.

Ela concordou e voltamos pra mansão.

10:00 AM
Antes de voltar tive que cancelar o voo, toda uma burocracia. Voltamos no buggy que a Carol tinha pego.
Quando chegamos na mansão, entramos pela porta dos fundos. Fui pro quarto e deixei minhas malas lá, descemos e fomos ajudar a Vivi a fazer o café do pessoal. Adentramos na cozinha e ela estava preparando panquecas, quando me viu fechou a cara.

- Priscila, como que tu inventa de ir embora sem me avisar? Tu não tem pena da tua amiga? - Ela disse fingindo um choro.

- Para Virgínia, sei lá. Eu só ia passar uma semana aqui. - Expliquei.

- E ficou porque? - Ela fez uma cara de convencida.

Respondi olhando pra Carol e ela entendeu.

- Não precisa falar pro pessoal que eu tava indo embora, ok? Assim, eu não preciso responder tantas perguntas. - Pedi pra ela.

- Tudo bem, amor. - Falou vindo me abraçar. - Fico feliz que resolveu ficar.

...

00:15 PM
Desde que chegamos do aeroporto eu e Carol não conseguimos ficar sozinhas. Sempre tinha alguém perto. Juliano, resolveu contar histórias na hora do café. Malu, quis fazer maquiagem em todo mundo pela tarde. Clarinha, chamou a metade da casa pra dançar e o resto pra avaliar quando estava anoitecendo. No final, eles resolveram ir pra uma festinha que ia ter aqui perto, na casa dos vizinhos.
Carol e eu decidimos banhar na piscina.

Coloquei um biquíni verde água, sem alças. Carol escolheu um roxinho pra usar. Descemos.
A temperatura da água estava morninha, refrescante e perfeita pra um mergulho. Entramos, na piscina. E agora estavamos uma de frente pra outra.

- Sobre hoje... - Ela começou.

- Agora eu vou falar, Carol. Por favor. - Interrompi e ela concordou. - Confesso que tudo o que você disse me deixou um pouco surpresa. Porque eu achava que você não tava afim de nada. Então, te ver lá gritando por mim foi estranho. Mas um estranho bom, porque no fundo eu queria que você estivesse lá pedindo pra eu ficar. Você estava, você foi. - Segurei sua mão. - Uma semana, uma semana sentindo esse frio na barriga por você. Vamos tentar, Carol. Sem pressão, sem pressa e no nosso tempo.

- Sem pressão, sem pressa e no nosso tempo. - Ela repetiu sorrindo, apertou minha mão e me puxou pra perto.

Nossos corpos se encostaram e aquela eletricidade começava a ficar mais intensa dentro de mim. As costas dela agora estavam na borda da piscina. Ela pôs as mão na minha cintura. Passei meus dedos pela sua bochecha, os levando aos seus lábios que estavam molhados. Ela me apertava. Coloquei minha mão em seu pescoço e a puxei pra mim.
Nossas bocas se tocaram. Os lábios dela, tão macios quanto veludo. Tão molhados quanto a água que estava ao nosso redor. O encaixe perfeito. A língua dela entrou em contato com a minha e parecia que sabiamos cada movimento previamente. Nossas cabeças se inclinavam de um lado para o outro em uma perfeita dança. A lentidão do momento sob a lua começou a ficar intenso. O beijo agora estava com mais vontade. Carol colocou as mão na minha bunda, a apertando. Eu pus minhas mãos por baixo dos seus cabelos acima da nuca. Descolamos a boca para arfar. O beijo continuava, agora cheio de necessidade.

Precisavamos de mais.

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🤭😝

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Eu amo quando vocês leem o capítulo e comentam ao mesmo tempo. Adoro ler a reação e opinião de vocês kkkkk

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Bjocaa

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