7 MINUTOSA se você soubesse que me causa calafrios e vontades absurdas
...
- A escolhida pela garrafa foi... a Priscila. - Jessie falou extremamente contente e todos começaram a gritar.
- Eu nunca sou escolhida pra essas coisas, mano. Como assim? - Falei colocando a mão no rosto.
- Vamo lá, gente. Quem vai acompanhar a Pri no céu? - Ingrid Perguntou para todos.
Ouvi em coro um "CAROL". Ela ficou extremamente vermelha.
- Mas a Carol nem quer ir, escolhe outra pessoa. - Eu disse, porque antes ela tinha perguntado se tinha a opção de não participar.
- Não. Eu vou. - Ela falou olhando diretamente pra mim.
Todos estavam prestando atenção na gente. Então, nos levantamos e fomos caminhando pro banheiro que ficava no térreo. Abri a porta. Luzes vermelhas. Tudo vermelho.
Vivi não brincou quando disse que ia ser uma festa all red.Carol fechou a porta e sentou no balcão da pia. Eu sentei no vaso mesmo. Estava bêbada o suficiente pra não pensar em todas as bactérias que existiam ali.
Sete. Sete minutos. 7 minutos sentindo aquele nervoso.Passamos um bom tempo caladas (3 minutos, pra ser exata), sem falar absolutamente nada. O silêncio pairava e meu corpo só queria uma coisa.
- A gente vai ficar nesse silêncio, sem falar nada? - Perguntei olhando pra ela.
- A gente não precisa falar. - Ela respondeu e colocou o copo de lado. - Vem pra cá.
Me levantei e fiquei na frente dela. Um pouco distante.
- Tá com medo de mim, Priscila? - Ela perguntou dando um sorriso de lado.
- Por que eu teria medo de você? - Dei um passo pra frente encarando-a.
- Eu não sei porque você teria, mas parece. - Ela respondeu me olhando na mesma intensidade.
- Parece? - Dei o último passo e meu corpo enconstou nas pernas dela.
O frio na minha barriga não era mais só na barriga, era no corpo todo. Ficamos nos encarando. Eu poderia passar muito tempo olhando nos olhos dela. Os olhos pretos dela.
PAROU, é o álcool. Chega.- Se eu me aproximar um pouco de você, tem problema? - Ela perguntou chegando perto do meu rosto.
Só movimentei a cabeça de um lado pro outro pra dizer que não.
- E se eu pegar assim no seu cabelo? – Carol colocou a mão na minha nuca e a enfiou de baixo pra cima no meu cabelo. O puxou, fazendo minha cabeça se inclinar para trás.
Me estremeci por inteira.
- E se eu chegar perto do seu ouvido... - Ela aproximou os lábios da minha orelha - desse jeitinho. Tem problema? - susurrou.
Eu novamente movimentei minha cabeça pra dizer que não.
- E se eu chegar perto do teu pescoço? Assim. - Ela colocou meu cabelo pra trás e lambeu meu pescoço.
Só consegui sentir os arrepios.
- Por que você não faz o que te da vontade agora? - Ela questionou abrindo as pernas, me puxando e me deixando agora em pé entre elas, colocando as mãos na minha cintura.
Nessa hora, eu não sabia o que pensar, o que falar e o que sentir. Só sei que senti algo.
- Por que...
Toc, toc, toc.
- SETE MINUTOOSS, acabou o tempo. - Alguém gritou lá fora.
Me afastei dela, extremamente com vergonha. Ela desceu da pia e eu abri a porta indo direto pra mesa de bebida. Tava quente demais e eu só precisava beber, beber e beber mais.
...
03:35 AM
A festa acabou.
Fui pro quarto, liguei as lâmpadas, joguei o tênis em algum canto, e fui tomar um banho.
A água passava pelo meu corpo, fria. Eu só conseguia pensar no que aconteceu no banheiro, melhor, no que não aconteceu. Na minha mente ficavam aparecendo flashs daquele momento, do sorriso dela, dos olhos preto na luz vermelha, da voz dela no meu ouvido, da mão puxando meu cabelo.
Eu conheço-a a quatro dias, meu Deus, eu estou queimando por ela.Peguei a toalha, me sequei e saí do quarto. Carol estava fechando as cortinas, quando olhou pra trás me viu.
- Ah, oi. - Ela falou. - Não sabia que você estava aí.
- Oi. É... eu, eu acho que vou me trocar. - falei nervosa abrindo o guarda roupa rapidamente e pegando meu pijama.
Entrei no banheiro, me troquei e saí. Estendi a toalha na varanda e me deitei no meu lado da cama (o esquerdo). Logo em seguida, Carol também foi banhar, e já saiu do banheiro de pijama. Ela desligou as luzes. Deitou e virou pro outro lado.
- Boa noite! - Ela falou por fim.
- Boa noite! - Eu respondi e virei.
...
04:45 AM
Eu tinha conseguido dormir a pouco tempo. Na verdade, eu já estava cochilando quando ouvi:– Não, não, não. Fica aqui comigo, por favor. – Falava chorando.
Abri os olhos e virei pro lado. Carol estava de olhos fechados se contorcendo e falando isso repetidas vezes. Lembrei que ela disse que tinha o mesmo pesadelo sempre. Então, rapidamente comecei a mexer nela pra que acordasse.
– Carol, Carol. – Chamei mexendo nos braços dela. – Carol acorda.
– Fica aqui, por favor. – Ela continuava repetindo.
Balancei os braços dela com força e segurei o rosto dela.
– CAROL – Falei um pouco mais alto e ela abriu os olhos.
Quando me viu, ela tomou um susto, sentou de uma vez e chorou mais.
– Calma, calma. Eu tô aqui. – Disse abraçando-a.
Ela retribuiu meu abraço e ficamos ali até a mesma se acalmar um pouco.
– Você quer água? Eu vou lá em baixo buscar pra você. – Perguntei.
– Não, não. Quero que você fique aqui, por favor. – Ela respondeu.
Fui pra minha parte da cama, deitei de lado. Puxei ela pra perto. Coloquei meu braço por baixo de sua cabeça. Ela pegou minha outra mão e colocou ao redor da sua barriga, fazendo com que ficássemos abraçadas.
– Eu tô aqui. – Repeti perto do ouvido dela e a vi fechar os olhos.
Fiz carinho nela até pegar no sono de novo.
——————————————
Olha a classificação de idade meu povoo
Tô de olho em vcs, viu?~~~
Opiniões sobre o capítulo de hoje, prfvr KKKKK
😇~~~
Capítulo 06 - amanhã (29/08) às 8:30 AM
(Adiantando que vai ser mais deboinha)Curte e comenta, bjoo
![](https://img.wattpad.com/cover/317149248-288-k531436.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
100 Milhões de chances de ser você
FanfictionPriscila vai passar um tempo na mansão de sua amiga, em Fernando de Noronha, mas não esperava encontrar por lá, Carol. Que nem de longe precisaria de 100 milhões de chances pra entrar em seu coração. Pois já era dela, desde o primeiro olhar. Estrela...