18. He needs you. Final

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6 meses depois

Vegas entrava no quarto de Pete com um sorriso enquanto abria as persianas e trocava as flores do vaso. 

    ⁃    Bom dia minha vida. Desculpa o atraso. Hoje foi dia de fechamento na empresa e o Kinn me segurou até mais tarde. Você pode brigar com ele, se quiser.

Vegas se aproximou de Pete e o beijou demoradamente na testa como fazia todos os dias.  A rotina de Vegas tinha mudado drasticamente desde que voltara para a capital. Aquela noite que chegou no hospital e viu seu amado Pete em coma, cheio de hematomas e sem previsão de acordar, ainda o assombrava, mas agora ele estava focado em cuidar incessantemente de Pete pelo resto de sua vida, afinal Pete havia sofrido aquele acidente por culpa dele. Se ele não tivesse sumido, Pete não teria bebido tanto ao ponto de dirigir sem controle e quase morrer. A culpa o consumia por dentro, mas, por experiência própria, ele sabia que não adiantava ficar remoendo o que passou.

Vegas agora tinha recuperado o dinheiro que sua família havia perdido, havia recuperado sua antiga casa e trabalhava juntamente com o primo no negócio da família. Tudo estava nos eixos, voltando a se encaixar, menos a condição de Pete, que continuava igual durante todos aqueles meses.  

Mas Vegas não desistia de Pete nem de um dia ele poder acordar. Estava ali todos os dias com ele, escutando música, lendo algum livro pra ele, mostrando fotos do pequeno Venice que ele sempre ia visitar quando possível. Vegas cumpriu a promessa ao pequeno e nunca o abandonou também, principalmente quando seu avô faleceu, um mês atrás e o menino ficou sem ninguém no mundo. Vegas prontamente decidiu cuidar do garoto, o trouxe para a capital e estava em processo de adoção legal. Não iria deixar o garoto desamparado jamais, e todos os amigos já haviam se apegado ao pequeno Venice.

Tantas coisas haviam mudado desde que Vegas decidiu sumir, e ainda mais coisas mudaram quando ele voltou. 

Seu irmão agora morava com os namorados, Big e Ken, enquanto Vegas assumiu o apartamento de Pete, nunca deixando de cuidar das coisas dele, do jeitinho que ele se lembrava que o mais novo gostava. Acabou levando Venice consigo para ficar no apartamento de Pete e os amigos se revezavam para cuidar do pequeno enquanto Vegas ia para o hospital. Todos eram completamente apaixonados por Venice, que ainda encontrava certa dificuldade em interagir com quem fosse, exceto com Vegas, que já era chamado de pai pelo pequeno. 

Todos os dias, o menino olhava as fotos de Pete espalhadas pelo apartamento e perguntava para Vegas sobre o rapaz. Ele era bem curioso em relação a Pete e sempre que tocavam no assunto, Vegas fazia questão de contar algo sobre Pete, sempre com carinho nas palavras. Num desses dias, o garoto subitamente deu um salto do sofá enquanto olhava uma das fotos de Pete.

    ⁃    Vee, eu quero ir ver tio Pete. 

    ⁃    Você é muito novo para ir ao hospital. 

    ⁃    Mas Vee, eu preciso ir. Ele tá me esperando.

    ⁃    Quem tá te esperando? 

    ⁃    Tio Pete. Ele tá esperando Venice.

Vegas o encarou com uma das sobrancelhas arqueadas, mas depois sorriu para o pequeno.

    ⁃    Você quer tanto assim ir lá?

Venice balançou a cabeça afirmando.

    ⁃    Por favor, leva Venice pra ver tio Pete.

    ⁃    Hm… e o que eu ganho com isso?

O pequenino se aproximou e deu um abraço em Vegas que o pegou no colo, dando um beijo no topo de sua cabeça.

VegasPete - Rebaixado. [ FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora