𝑴𝒚 𝒇𝒍𝒐𝒘𝒆𝒓

1 -🪷

Um amor proibido, fora o que a mãe de Jeonghan viveu com um semideus, apesar de ser completamente contra as regras celestes, tiveram um fruto desse amor, que ao ser descoberto sofreram consequências, tanto a mulher quanto o ex deus foram castigados da pior forma possível. A criança nascera uma maldição em que não poderia viver uma paixão recíproca, caso contrário, tanto ele quanto a pessoa amada virariam nada mais que rosas brancas, as preferidas de sua mãe.

Jeonghan crescera como uma criança perfeita, dono de uma bela aparência, com suas longas madeixas loiras, junto de sua pele alva como neve, poderia ser facilmente confundido com um anjo, não sabia da maldição que carregava consigo, isso até os seus 14 anos, onde se apaixonou por um garoto da mesma classe que a sua, era pra ser apenas aquele romance juvenil e inocente, se não fosse pelo fato dos garotos sempre sentirem dores no peito ao compartilhar pequenos momentos, não sabiam que era algo sério, até certo dia em que saíram para uma sorveteria juntos, o mais alto apenas sentia o coração acelerado, já o menor estava mais nervoso e ansioso, isso ocasionou uma falta de ar seguida de tosses até este cuspir sangue e desmaiar. Tiveram que ser levados às pressas ao hospital.

Uma semana de internação e nem os médicos sabiam explicar aquilo, mas os pais sabiam perfeitamente do que se tratava, seu filho havia tido seu primeiro amor, os responsáveis pediram para manterem aquele caso oculto e longe da mídia, já que o motivo real não seria compreensível para a humanidade. Por um raio x era possível ver que tanto o coração quanto o pulmão tinham várias raízes espinhosas e pequenos brotos que logo desabrochariam belas rosas brancas.

A mulher chorava desesperadamente com peso de culpa e medo de perder seu único filho, mas apenas o menor se encontrava assim já que o outro garoto de início tinham apenas finas raízes que desapareceram após 3 dias no hospital, não sabiam o que aquilo significava, ou o motivo, poderia ser apenas uma paixão passageira? Não tinham ideia, ficaram cerca de um mês e meio naquele hospital, as raízes sequer cresceram ou diminuíram se mantiveram daquela forma, pareciam até criar espaço para que o órgão bombeasse sangue como sua forma funcional, mas sem soltar ou afrouxar, era como se fizesse os mesmos movimentos de pulsação. Os médicos propuseram uma cirurgia para tentar cortar-las, mas os pais sabendo que não adiantaria ou poderia até mesmo ocasionar algo pior, não aceitaram, o menino já estava bem, alimentava-se e respirava normalmente, mesmo com os médicos avisando que era algo raro, talvez até único, extremamente delicado, os pais voltaram pra casa cientes de que o Deus realmente cumpriria com suas palavras, mesmo que o outro fosse apenas uma criança que sequer tinha culpa, mas pagaria pelo erro que os dois cometeram.

Descobriram que os pais junto do menino haviam se mudado, sentiram-se mal por aquilo, já que era pra ter sido apenas uma história feliz de primeiro amor como a de qualquer outro adolescente, porém seu filho jamais poderia viver algo assim.

Continuaram a esconder a verdade do pequeno, este que passou a ter aulas particulares em casa, consultas frequentes e não podia sair sozinho ou brincar em qualquer outro lugar que não fosse o jardim de sua casa, mesmo com tudo isso, se mantinha uma criança pura e alegre, amava muito os pais e nem ao menos se importava de ter que viver somente dentro daquele lugar sob supervisão dos mais velhos. Isso até os seus 18 anos, havia alcançado a maior idade e já entendia melhor as coisas, desde os seus 16 sabia que havia um motivo para ter que viver desse jeito, queria saber não importa o que fosse, tinha esse direito.

Seus pais também sabiam que era sua obrigação dizer a verdade inteira o filho, este não era mais uma criança e nem poderia viver para sempre debaixo de suas mentiras.

4 anos depois

06:00 AM

O rapaz já estava de pé como de costume, tomou um banho e arrumou-se calmamente para então ir para a faculdade que não ficava tão longe de sua casa, mesmo que fosse muito cedo, gostava de ir esse horário para poder caminhar pelas ruas desertas sem o incômodo das pessoas agitadas e barulhentas, além de poder passar pelo parque que tanto gostava.