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Já devia ser onze da manhã quando Harry despertou de seu sono profundo. Quando chegou em casa, há muitas horas atrás, eram três da manhã, ele não dormiu muito. O ômega era o tipo de pessoa que não conseguia dormir até muito tarde, não conseguia dormir até mais do que meio dia. Ele não via sentido em dormir durante o dia, então mesmo com um pouco de sono, lá estava ele no seu banheiro, escovando os dentes. Tomou um banho e procurou no closet por suas poucas roupas que estavam na casa do seu pai. Estava um pouco mais quente naquela manhã, então o ômega vestiu apenas uma calça larga de moletom e uma camiseta.

Enquanto fazia essas atividades da sua rotina, ia se lembrando aos poucos de tudo o que aconteceu na noite anterior. Se Harry fechasse os olhos, ele ainda conseguia sentir a sensação de ter as mãos de Louis em sua cintura, dos seus lábios nos seus. O ômega estava decidido a não se importar com as possíveis consequências negativas que teria com o seu envolvimento com Tomlinson, o alfa era alguém legal afinal, não se importava com o fato de ele ser um mafioso, afinal o ômega também é, assim como toda a sua família.

Toda vez que o cacheado pensava no alfa, ele sentia uma necessidade de ter mais dele. Harry não iria se privar de poder aproveitar um caso que provavelmente não os levaria a nada maior.

Seus olhos ainda levemente inchados pelo sono, arregalaram ao se lembrar do seu pai. Com toda a certeza os alfas de Desmond haviam os visto, e eles eram fiéis ao alfa, ele deve saber o que aconteceu entre ele e Louis em frente a sua residência. Para o seu alívio momentâneo, quando ele está na sala, o mafioso não está ali. Por já estar tarde, o ômega preferiu não tomar café da manhã, era melhor pular a primeira refeição do dia. Se perguntou se Desmond estava em casa, mas teve certeza sobre sua presença ao sentir o cheiro dos seus feromônios.

Andou até a sala de estar, procurando pelo seu pai. Observou Desmond por um momento em silêncio, quando o encontrou na sala. O alfa estava em um dos sofás, lendo um jornal.

- Achei que fosse dormir por mais tempo. - Desmond diz, sem tirar sua atenção do jornal. Harry estava inquieto o bastante para não conseguir pensar em uma resposta. - Como você está? Chegou tarde aqui.

- Estou bem. - Harry diz, se sentando em uma poltrona a sua frente. - O tempo passou rápido e eu nem percebi, mas eu não bebi o bastante para me embebedar. - Desmond o encarou em seus olhos, como se tentasse entender o que se passa pela cabeça do seu filho caçula.

- Harry, eu sei onde estava ontem, não precisa ficar com essa cara de quem viu um fantasma. - Desmond diz calmamente, dobrando o jornal. O ômega engoliu em seco. - Eu já sabia que isso iria acabar acontecendo.

- Não está chateado comigo? - Harry diz baixo.

- Claro que não, filho. - Desmond diz. - Se você gosta de estar entre aquelas pessoas, e elas serem boas para você, não me incomodo, na verdade fico feliz por você ter amigos. - ele sorriu em sua direção. Ele sabia, Harry tinha certeza. — Taylor Tomlinson trouxe seu carro hoje de manhã, está na garagem.

[...]

Louis não havia conseguido dormir, quando chegou em casa eram quatro da manhã. Estava sem sono e com problemas para resolver, por isso tomou um banho, fez sua rotina matinal e saiu. Quando chegou na sede da Cosa Nostra, eram seis da manhã, poucos estavam ali, em pleno sábado de manhã.

Edward havia embarcado há uma hora atrás, no intuito de resolver pendências. Estavam investigando sobre o assassinato de Lucien Bastien, e tiveram êxito. Bernard Durand mandou a execução. O Styles estava em busca de informações sobre o paradeiro do mandante, querendo cortar o mal pela raiz. Ele queria saber quem estava por trás disso.

Double Life [L.S] ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora