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Semanas se passaram, novembro estava chegando ao fim, o inverno estava se aproximando. Os dias tem sido surpreendente corridos para Harry, assim como tem sido ainda mais para Louis, por isso, os dois raramente se encontraram durante esse meio tempo.

Desmond tem incluído Harry em seus negócios, o que deixava o ômega satisfeito de certa forma, mas ele queria ter um pouco mais de tempo livre. Por conta da sua crescente interação com franceses no seu dia a dia, felizmente seu nível de conhecimentos sobre o idioma tem se elevado aos poucos.

O ômega resmungava baixo, tentando entender a tradução de um e-mail de um chinês, se tratando de uma exportação de mercadorias, essas seriam obviamente ilícitas. A questão é que ele precisava traduzir para o inglês para compreender o que dizia, para tentar resolver o problema. Pelos documentos que havia lido nas últimas semanas, estava admirado com quantidade de armas de fogo que Desmond tinha armazenadas pela Rússia, Inglaterra e França.

Três toques leves ecoaram da porta. Harry escondeu seus desenhos, que o distraiam, em uma gaveta da sua mesa, e deu permissão para entrar.

— Se dê um descanso, esse lugar é extremamente entediante ás vezes. — arqueou as sobrancelhas ao ver que era Edward.

— O que faz aqui?

— Desmond me chamou aqui, para resolver questões burocráticas com Louis, mas tenho um compromisso agora. — ele fez aquela mesma expressão familiar, de quando estava aprontando algo para irritar seu irmão mais novo. — Tome. — Jogou uma pasta com papéis na mesa. — Estou te fazendo um favor.

— O que de tão importante você vai fazer? — Indagou, abrindo a pasta com um olhar curioso.

— Um dia talvez eu te conte. — Harry o encarou com o olhos cerrados. — A questão é que agora é uma responsabilidade sua tratar desses assuntos chatos com Louis, em nome do nosso pai. — Disse, já se retirando da sala. — Boa sorte, Hazz. — Harry sentiu uma vontade súbita de jogar a pasta na cabeça do seu irmão, mas se conteve.

Leu os papéis superficialmente. Pelo que entendeu, era um tipo de tratado, pedindo pela permissão de Louis — que manda em tudo o que acontece pelo território Italiano — para o comércio e práticas ilícitas pela Itália, sem a intromissão da Cosa Nostra. Harry entendeu aquilo como acordo que precisava eventualmente ser assinado pelo líder. O ômega suspirou, colocando tudo de volta na pasta.

Desmond não precisava saber para onde ele iria, ele não iria dizer. Harry não queria ter que conversar sobre Louis com o seu pai tão cedo, por isso, queria evitar qualquer indagação sobre o assunto.

Edward o esperava em seu carro no estacionamento, enquanto conversava ao telefone. Assim que Harry entrou no automóvel, o alfa desligou. O Styles mais velho deixou o ômega em frente a sede da Cosa Nostra e saiu, tendo seu destino desconhecido por Harry.

Entre os inúmeros cheiros presentes no ar, Harry focou sua atenção em um em um específico assim que entrou no edifício. Ele sentiu saudades dos feromônios de Louis, estava ansioso por o ver logo.

Antes que Harry pudesse subir para o andar superior, onde ficam os escritórios do círculo íntimo dos Tomlinson's, uma voz autoritária de um alfa soou alto nos seus ouvidos, o fazendo parar. O ômega se virou, encarando o homem que ousou usar sua voz de alfa para o parar.

— O que pensa que está fazendo, ômega? — Ele cruzou os braços na frente do corpo. Pelo quanto dos olhos, Harry viu Zayn observar a cena com uma expressão ilegível. — O que quer?

— Quero falar com Louis Tomlinson. — Harry sorriu, dizendo da forma mais educada que conseguia.

— Ele não quer ser incomodado. — novamente ele diz de forma rude.

Double Life [L.S] ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora