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Louis podia sentir a tensão quase palpável quando entrou no galpão. Oliver o recebeu com uma cara de poucos amigos, em um aviso prévio de que as coisas estavam complicadas. Quando chegaram ao corredor das selas, avistaram Taylor, Niall e Edward os aguardando ali.

- Ele está aqui? - Louis se certificou.

- Sim, Louis, como você pediu. Ele está na palma da nossa mão. - Taylor diz seriamente. - Os fantoches dele estão a sua procura.

- Por isso, o quanto antes acabarmos com ele melhor, assim poderemos exibir sua cabeça para eles, e nos deixarem em paz de uma vez por todas.- Louis passou por eles e entrou na sala, procurando a cela em que Alejandro estava preso. Zayn estava sentado ali perto, só esperando por uma ordem do alfa lupus.

Alejandro estava elegante como sempre, só que com as roupas um pouco amassadas e sujas por ter sido jogado no chão. O alfa encarou o lupus com um olhar afiado.

- Finalmente você encontrou uma forma de me afetar de verdade, e aqui estamos nós. - Louis diz ríspido. E com um aceno, Zayn abriu a cela, com os olhos atentos sobre o mexicano. - Eu já estava me irritando com você, de qualquer forma.

- Estou surpreso, devo admitir. - Alejandro diz pela primeira vez. - Eu realmente acreditei que não fosse capaz de gostar de alguém além da sua irmã e do seu próprio reflexo, mas parece que os boatos são verdadeiros, de fato.

- Você não sabe nada sobre mim. - Louis o responde em tom neutro. - Espero que tenha se arrependido dos seus pecados no caminho até aqui. A partir de hoje seu comércio ilegal de ômegas acaba, junto com essa toda a sua máfia ridícula. No final, tudo o que você andou roubando dos meus pubs, bares e galpão, vão voltar para mim. - Diz com frieza, indo até uma mesa que havia ali do lado com diversos tipos de armas de fogo. Nesse momento, a ficha de Alejandro parece ter finalmente caído. - J'espère que tu brûles en enfer. - Sussurrou antes de atirar no peito do alfa.

[...]

Harry melhorou com o passar dos dias, com o tempo assimilando todas as informações novas e se acostumando com tudo aquilo. Duas semanas se passaram, ele via Edward frequentemente e ás vezes falava com Gemma e Anne, e nunca com o pai. Talvez um dia, quando Harry sentisse que conseguiria perdoar Desmond, então o ômega teria uma conversa com o alfa, até lá, ele não quer aproximação com o alfa.

Durante esse tempo, Louis o deu espaço para pensar, mas sempre tendo um olho nele. Ele soube em algum momento sobre a morte do líder da máfia mexicana, e que segundo as regras estabelecidas pela Cosa Nostra, quando o líder é morto, o próximo irá o suceder, sem carregar qualquer rancor do que aconteceu com os líderes anteriores. A Cosa Nostra e a Los Zetas voltaram a ter paz, ou o máximo de paz que era possível haver. Quando soube que Louis havia matado Alejandro, o ômega lupus se sentiu estranhamente aliviado. Ele nunca pensou que iria se sentir aliviado com a morte de alguém.

Harry também se sentiu cuidado, o que aumentou a intensidade dos seus sentimentos que estavam sendo construídos em relação a Louis. Seu lobo se sentia derretido pelo alfa lupus quando ele fazia esse tipo de coisa.

O alfa estava o dando espaço, isso era fato, mas isso não quer dizer que Harry havia se afastado do outro. Eles passavam boa parte do dia juntos, sempre que podiam, mas sem tocar em assuntos realmente sérios. Eles apenas aproveitavam a presença um do outro.

Esse era um final de tarde de uma quarta feira, no início do mês de dezembro. Harry presenciava os últimos ventos congelantes do outono levarem as folhas secas das árvores do parque, a nova estação estava tomando seu lugar, o inverno. O ômega carregava uma cesta em uma mão, que continha uma tigela de morangos e outra com calda de chocolate. O lupus abriu uma toalha de piquenique sobre a grama verde do parque e se sentou sobre ela. Ele suspirou, apreciando os sons a sua volta.

Double Life [L.S] ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora