CAPITULO QUARENTA E CINCO

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MARATONA 5/6

AISHA

Hoje é o enterro da mãe do Guilherme, ele ainda não disse nada... ele ta se comportando como se nada tivesse acontecido.

Liguei pra minha mãe me socorrer mais uma vez com as crianças e vou acompanhar ele.

- Como esta se sentindo? - pergunto a ele assim que chegamos no lugar que vai ser o enterro dela, e vejo que o Guilherme esta apreensivo e seu rosto esta todo vermelho.

- Vamos? - ele diz apenas e concordo com a cabeça.

Assim que entramos vimos Arthur e a Atena, tem algumas pessoas que pela aparência não são parentes deles... deve os amigos dela.

- Oi gente - falo quando me aproximo do Arthur e Atena.

- Oi - eles respondem juntos - iai irmão como você esta? - o Arthur pergunta ao Gui.

- Querendo ir embora - o rosto de Guilherme esta cada vez mais vermelho, ele parece que esta a ponto de explodir.

Depois de um tempo entrou um padre e esta rezando por ela... e logo depois que o padre começar a rezar um cara se aproxima e Guilherme aperta minha mão com uma força que me seguro pra não fazer barulho, porque realmente foi forte.

Esse mesmo cara para entre eu, Guilherme, Atena e Arthur ... os meninos olham e depois olham um pro outro mas também não falam nada... mas obviamente eles estão tensos.

- Ela com certeza não queria nenhuma dessas pessoas aqui - O cara diz e da um sorriso de lado.

- Principalmente você - O Guilherme diz com raiva na voz.

- O que você esta fazendo aqui? - O Arthur pergunta.

- A pedido dela - vejo a expressão surpresa deles - ela me ligou.

- Ela te ligou pra que ? - o Arthur pergunta.

- Pra falar muitas coisas e também dizer que me odeia e que arruinei a vida dela.

- Ah então o ódio era coletivo, quase me sentir especial - o Arthur diz com tom irônico.

- Ela teve coragem de falar isso pra você? - o cara pergunta.

- Ela falou varias vezes, mas você não estava aqui pra ver ... não se sinta tão especial assim papai, o Guilherme é a única pessoa do mundo que tinha o amor dela - papai? assim que o Arthur fala tudo faz sentido.

- Me desc..

- Nem termina - o Guilherme diz finalmente olhando pra ele - Nem era pra você esta aqui, e se fosse você eu iria embora daqui... e não, eu não era a única pessoa que tinha o amor dela, a ultima vez que nos vimos ela fez questão de dizer o quanto me odiava também - é automático todos nos olhamos pra ele surpresos e ele não expressa reação nenhuma.

Depois do que Guilherme falou, todo mundo ficou quieto... teve o momento despedida antes de fechar o caixão ... so os dois filhos dela que se aproximaram, um de cada vez.

O Guilherme sai de la e se aproxima ... o olhar dele esta perdido, seus olhos estão vermelhos mas não tem uma lagrima saindo.

- Você pode ir pra casa sozinha? eu preciso de um tempo - ele diz bem perto de mim, ele esta inquieto.

- Você vai aonde?

- Vou so esfriar a cabeça... me espera em casa - Ele me da um selinho e sai.

- GUILHERME - grito mas ele já esta longe.

- Onde ele foi? - a Atena pergunta.

- Eu não sei - Estou com medo dele fazer alguma besteira.

- Ele vai ficar bem, ele sempre fica bem - o Arthur mesmo chorando da um sorriso pra mim e devolvo o com um sorriso de lado pra ele, passo somente as mão nas costas dele, já que a Atena esta abraçada com ele.

- Eu espero que sim - falo.

- Eu já vou embora - O pai deles fala quando se aproxima da gente.

- Nem deveria ter vindo - Arthur diz sem encarar ele.

- Eu sei o quanto vocês me odeiam, e sei o quanto errei com vocês e me arrependo armagamente por isso... eu so queria me desculpar por tudo que causei a vocês.

- Deveria pedir desculpas ao Guilherme que teve que assumir um papel que era obrigação sua.

- Acho que ele nunca vai me perdoar e acho que nem mereço o perdão de vocês - ele abaixa a cabeça e respira fundo - eu casei de novo - o Arthur da uma risada irônica - Vocês tem uma irmã, a Kemilly, e ela queria muito conhecer vocês... - o Arthur levanta a cabeça e encara ele.

- Sai daqui - o Arthur diz interrompendo ele, que não diz mais nada e sai.

- Agora entendo cada atitude de vocês - A Atena comenta.

Minha mente nem esta aqui e sim no Guilherme que não sei se esta bem ou onde ele esta.

(...)

Já cheguei em casa, já tomei banho... já procurei milhares de coisas pra fazer e nada do Guilherme chegar, liguei pra ele algumas vezes e so da caixa postal.

Depois de algumas horas ele chega, e pela primeira vez da pra ouvir o passo dele chegando em casa... geralmente ele sempre chega silencioso... levanto e abro a porta antes dele abrir. Assim que abro vejo que as mãos deles estão machucadas e seus olhos bem vermelhos.

- O que aconteceu com você? - pergunto preocupada e ele não diz nada, so me abraça e abraço ele de volta... e sinto as lagrimas dele no meu ombro - Vai ficar tudo bem meu amor, sua família esta aqui.

Depois de um bom tempo ali, levo ele ate o banheiro... onde ajudo ele a tirar a roupa e a tomar banho e acabo tomando banho junto.

...

- Onde você fez isso? - falo já com ele na cama do nosso quarto, enquanto tento fazer um curativo na mão dele.

- Eu estava com o Christian - ele diz olhando pra mão e não pra mim.

- Ele que fez isso em você?

- Não, eu que fiz... eu precisava extravasar.

- E resolveram sair no soco?

- Basicamente.

- Seu irmão é lutador, acho que ele também gostaria de extravasar.

- Eu não estava com cabeça pra pensar, e o Arthur não pode se lesionar... como ele esta?

- Ele vai ficar bem... a Atena esta cuidando dele.

- Ele falou alguma coisa com você? - ele agora me encara.

- O Arthur? - pergunto confusa.

- Não, o homem que no documento é meu pai.

- Diretamente não, ele so conversou com o Arthur... ou tentou, ele disse que se arrependia, pediu desculpas e disse que vocês tem uma irmã - ele balança a cabeça negativamente e da um sorriso parecido com o do Arthur.

DO MEU VENTRE ♡ (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora