Capítulo três

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Agatha(Beca)

Hugo Caravella era um verdadeiro de um Deus grego, nem mesmo o Apolo se comparava com ele. Ele caia muito bem em roupa social preta. Seu corpo todo era tatuado, até o pescoço inteiro.

—Antônio Tavares. —disse o Domingos pra um senhor que se aproximava. —Bom te ver, você quase nunca aparece nesses eventos.

—Sim, mas temos algumas pendências pra tratar. E quem é essa mocinha? —disse me analisando de cima a baixo.

—Essa é a Rebeca. —o mesmo deu um selinho na minha mão.

—Prazer, Rebeca. —fixou o olhar em meu decote. Limpei a costa da minha mão no vestido.

—Vamos conversar então, temos muito a tratar. —o homem assentiu e virou. Ele foi sussurrar no meu ouvido segurando no meu braço com força —Tenho assuntos importantes de negócios, se você tentar fugir, eu vou te caçar, te matar, e matar todo mundo que significa algo pra você, escutou, cadelinha?

—Se você me chamar assim de novo... —contei até três, não era bom o ameaçar. —Vou procurar o banheiro.

Me virei subindo as escadas, fui andando pelo grande corredor até que eu vi uma porta aberta, e passei olhando tudo, era um escritório com uma prateleira enorme cheia de livros, o que me chamou atenção, eu só queria fugir de perto do Domingos. O jeito que ele chegava perto de mim, era um suicídio pra mim e pra minha família da ilha, pois eu iria matá-lo.

Estava um pouco tonta, o que me estranhava, pois eu não ficava tonta fácil assim. Entrei olhando os diversos livros. Em um passado não tão longe, eu era fascinada por livros. Eu já li todos os livros presentes na ilha, até as enciclopédias e livros de matemática e filosofia, era uma criança meio peculiar, que batia nos meninos e lia livros. Passei a mão por todas aquelas coleções de livros.

Logo eu senti a presença de alguém atrás de mim, me virei correndo achando que era o Domingos. Mas era o Hugo, ele era mais alto e bonito de perto. E tinha a palavra death tatuada fora a fora do pescoço. Tenho que respirar fundo para não atacar esse homem. O álcool, mesmo em pouca quantidade, corria por minhas veias e artérias, e só eu sabia como minha parte íntima ficava dilatada com o álcool. E esse Deus grego não me ajudaria.

—Assustei você. —perguntou se aproximando. A voz dele era grossa, e ele era extremamente cheiroso, o que me fez apertar as coxas.

—Talvez um pouco. —ele se aproximou mais ainda olhando bem nos meus olhos.

—Posso me sentar aqui? —perguntou se sentando.

—Eu creio que sim, a casa não é minha. —dei um pequeno sorriso e ele ficou imóvel me olhando, sem nenhuma expressão facial.

—Você é a mulher mais bonita que está na mansão, só não entendo como tá acompanhada de um idiota igual ao Domingos. —me analisou de novo de cima a baixo. Seu olhar estava com um fogo, um fogo que eu conhecia muito bem e também estava. —Não há dinheiro no mundo que te faça aguentar ser tratada daquela maneira.

Meu olhar de afeiçoamento logo se transformou em indignação. Ele deve estar achando que eu sou algum tipo de prostituta, nada contra a maioria das meninas que eu converso são. Mas pelo o lugar, não o julgo muito por pensar nisso, ainda mais por essa roupa provocativa. Não que a roupe signifique algo, mas o lugar abre espaço pra imaginações. Porém eu me sentia mal por ele pensar que eu era prostituta. Deus sabe como eu as amo e protejo as do bar. Meu passado era pior que isso, mas pensar em vender meu corpo me deixava com uma sensação asquerosa.

Respondi furiosa:

—Isso não é da sua conta. —já estava saindo da sala quando ele se levantou e veio atrás de mim.

O AssaltanteOnde histórias criam vida. Descubra agora