CAPÍTULO 4

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Entrei na casa dele. Era uma casa simples e pequena, mas muito aconchegante e confortável.

- Desculpa a bagunça, não tive tempo de arrumar o quarto hoje.

Seu quarto tinha uma aparência ainda um pouco infantil. Paredes azuis, bonecos de personagens, coleção de carrinhos de Hotwheels e um saco de pancada preso ao teto no canto do quarto.

- Que legal. Você luta?

- Ansiedade mesmo... Me ajuda muito.

Adônis abriu o armário e ficou refletindo um pouco.

- Olha, minhas camisas vão ficar largas para você, mas dá para usar. O problema vai ser calça...

- Não tem problema estar um pouco largo. Até prefiro.

Me deu uma camiseta, e realmente ficaria gigante em mim. Revirou as gavetas e arrancou uma calça de moletom com aquelas cordinhas na cintura que servem para apertar. Também pegou uma escova de dentes nova para mim.

- Tem algum carregador que eu possa usar?

- Tem. Na primeira gaveta.

Peguei o carregador, e quando me virei procurando uma tomada, Adônis estava apenas com uma cueca box cinza.

- Aí meu deus!

- Ah, desculpa... É que eu fico bem a vontade com o meu corpo.

- Percebi! - tampei o olho e liguei o carregador na primeira tomada que vi. - Onde eu posso me trocar?

- Tem um banheiro na segunda porta a esquerda, mas se quiser, posso virar de costas e você troca aqui mesmo.

- Vou no banheiro. Obrigada.

Ok!
Momento análise da situação:

• Eu tô dormindo na casa dele.
• Só deus sabe onde Apolo está agora com aquela menina.
• Não queria fazer nada hoje, mas agora já não sei mais.
• Vi ele de cueca.
• Ele é EXTREMAMENTE gostoso.

Sinceramente, não sei. Fiquei pelo menos 5 minutos no banheiro só pensando nesses tópicos. Me troquei e prendi o cabelo num rabo de cavalo. Logo depois de pronta, ele bateu na porta:

- Anjo? Tá tudo bem? - Nomes bonitinhos. Eu amo... Mas calma, por favor!

- Oi! Tá sim. - Abri a porta com um sorrisinho amarelo - Só não tô achando a pasta de dentes.

Assim, Adônis deu a volta em mim com a mão apoiada na minha cintura, e pegou a pasta de dentes que estava em cima da pia, bem na minha cara.

- Nossa... Se fosse uma cobra...

- Teria te picado.

Me abraçou por trás passando os braços na minha cintura enquanto enchia meu pescoço de beijinhos carinhosos, antes de sair do banheiro. Fiquei lá escovando meus dentes.

Quando cheguei no quarto, ele já tinha deitado de um lado da cama e deixado o outro arrumadinho para mim. Quando me sentei na beira da cama, o loiro me puxou pela cintura, me deixando de conchinha com ele.

- Você ficou tão linda com essas roupas.

- Estão enormes.

- Mas tá linda. Se estiver desconfortável me fala, posso pegar uma da minha mãe.

- Não precisa. Obrigada.

- Ou se não tiver confortável mesmo... Eu posso tirar para você...

Me virei na cama, ficando cara a cara com ele. Já tínhamos ido bem longe, mas nunca tão longe quanto sexo. Mesmo assim, quis arriscar. O beijei e mantive o beijo o máximo que pude.

Um conto de fadas, sem fadas.Onde histórias criam vida. Descubra agora