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Helena

Fiz a janta, coisa simples mesmo e ele disse que tava lindo e tudo mais. Eu apenas estava inspirada e só decorei a mesa.

-Senta ai e janta comigo. -Da ordem

-Queria falar uma coisa com você.

-O que é?

-Eu posso ir na casa da Maitê?

-Sabia, esse jantar todo aqui e o boquete era pra conseguir sair?

- Não, claro que não, só tô com saudade dela.

-Não, tu não vai. Se tivesse feito um bagulho melhor e feito por merecer talvez eu deixasse.

Ele levanta pega o fuzil e sai batendo a porta.

Que idiota mano, eu nunca faria isso só pra conseguir algo. Lavo a louça e subo pro quarto que agora já tinha porta.

Deito na cama e ali adormeço. Barulhos interrompem meu sono, abro a porta e vejo ele entrando em casa com duas meninas.

Gemidos altos não me deixam dormir, agora nem meus fones eu tenho pra ouvir minhas músicas e evitar meus ouvidos de escutar isso.

Mas o que me deixa chateada é que ele não conseguiu nada comigo e ja arranjou logo duas pra satisfazer ele.

Olho o relógio e o ponteiro marca 05:45, madrugada longa essa que não acaba nunca.

Acabei pegando no sono novamente. Quando acordei fui ate o banheiro fazer minha higiene e troquei de roupa.

Sai do quartome tinha sutiã e calcinha jogado no chão, espiei na porta do quarto reserva dele e tinha duas mulheres dormindo mas ele não estava ali.

-Procurando alguma coisa Helena?

-Que susto porra, mas não, não estou procurando nada.

Sai dali e fui pra cozinha tomar café, ele pega uma xícara e puxa a cadeira e senta ao meu lado.

-Ainda quer ver a Maitê?

-Querer eu quero, mas hoje já vejo ela.

-Hoje?

-Escola.

-Tinha esquecido, o vapor te leva e te deixa lá.

-Beleza. -sai dali e fui pro quarto.

Poucas palavras mesmo, não tava com vontade nenhuma de falar com ele.

Cobra

Sinto ela distante, mas fiz por merecer, nao vou negar isso. Nunca senti isso por ninguém viado.

As duas piranhas acordaram e eu dei o dinheiro e mandei sair.

Uma semana depois...

Uma semana se passou e o silêncio tomou conta aqui de casa, eu chegava tarde da noite e saia de manhã cedo, ela ia pra escola e depois que chegava subia pro quarto.

Liberei a Maitê pra vir aqui em casa, as duas passavam a tarde toda no quarto. Ou na sala assistindo filme.

No Complexo Do Alemão Onde histórias criam vida. Descubra agora