How I Meet Your Mother || N.B

1. O vizinho

Mudar para Orange foi como a saída de seus problemas, uma cidade pequena e calma, onde ninguém lá conhecia a ele ou sua família, uma ótima chance de um recomeço. Novos ares fariam bem aos seus filhotes, viveram por treze anos na mesma cidade, estava na hora de conhecer um novo lugar e pessoas novas. Josh esperava ansiosamente o elevador chegar no andar de número quatro, junto dele seus três filhos que carregavam caixas nas mãos disputavam pelo quarto único. Ele era mãe de trigêmeos, em sua primeira gravidez teve a sorte grande de ter três bebês de uma só vez. Nicholas, Matteo e Bella são seus primeiros primogênitos, frutos de uma relação sem firmeza, mas criados com muito amor pelos pais. A porta do elevador se abriu, os três saíram atirados na frente de Josh e correram ansiosos até a porta do apartamento, enquanto a mãe caminhava tranquilamente com a chave nas mãos.

⸺ Saiam da frente, não vão abrir a porta. – Pediu tocando o ombro do filhote, ele destrancou o apartamento e empurrou a porta de madeira envernizada. A antiga proprietária do imóvel era a avó de uma amiga da irmã, Taylor, após o falecimento da senhora, ela comentou sobre ele estar vazio e sua família procurando alguém para alugar. Era perfeito, mas lhe preocupava o fato de ter apenas três quartos.

⸺ É igual as fotos! Eu gostei. – Bella adentrou o lugar, deixando a caixa que carregava sobre a mesa da sala de jantar. A alfa rodopiou pela sala, era espaçosa e ali poderia fazer seus passos de ballet, mesmo que a mãe dissesse que ela poderia quebrar algo. Os irmãos analisavam o apartamento, ainda estranhando estar em um lugar diferente do que o acostumado, Nicholas coçava seu nariz, incomodado com o cheiro de outros alfas que passaram pela casa, ele apoiou o queixo no ombro da mãe, inalando seu cheiro.

⸺ O cheiro está incomodando seu nariz, não é? – Nich assentiu, Josh beijou-o nos cabelos escorridos. ⸺ Depois de limparmos a casa, vai melhorar. – O ômega abraçou o filhote de lado, prendendo seu olhar no outro filho. Matteo caminhava em direção à pequena varanda do apartamento, o sol iluminava toda a área, ali, um ótimo lugar para ler um bom livro. Josh beijou Nicholas mais uma vez e soltou-o, deixou um beijo em Bella, sua alfa ciumenta e foi para a varanda, apoiou seus braços na grade ao lado do filhote.

⸺ Precisamos de uma tela, você sabe – Matteo olhava para baixo, mesmo no quarto andar, ainda era alto. Ele tinha um pequeno medo de altura e a varanda aberta daquela forma o causava vertigens. Beauchamp sorriu e assentiu, tomaria providência disso o quanto antes. Tudo por seus filhotes. ⸺ E também, é perigoso. Teremos um bebê em casa logo, mamãe! – Matteo virou-se para Josh, levando sua mão para a barriga dele. Sim, ele estava grávido, ainda de apenas três meses, os trigêmeos agiam como perfeitos irmãos mais velhos. Seu alfa estava certo, ele não poderia ter uma varanda aberta com um bebê em casa, mesmo que ele ainda estivesse protegido em sua barriga.

⸺ Ainda estou de três meses, Matt. – Josh deu um sorriso terno, colocou sua mão sobre a do filho. Ele era muito sortudo por ter três maravilhosos filhotes que se preocupam com a saúde da mãe e do irmão mais novo. Seus trigêmeos têm sido bem compreensíveis e cuidadosos, principalmente agora que estão longe da tia que sempre estava por perto. Prometeram à Tay que iriam cuidar bem da mamãe e do pacotinho. Josh estava prestes a dizer ao filhote que tudo ficaria bem, mas foi interrompido pela pequena discussão de Nicholas e Bella. ⸺ Ei! Parem de gritar, o que está acontecendo?

⸺ Eu quero ficar no quarto sozinho, deixei a minha caixa lá, mas Bella tirou e agora quer o quarto! – Nicholas acusou a irmã, irritado pela garota ter desrespeitado seu espaço que ainda nem era seu. Josh suspirou, sabia que teria essa conversa mais cedo ou mais tarde, mesmo que gerasse discussões entre seus filhotes. Não queria ver o seu ômega bravo ou chateado, muito menos sua alfa, mas era uma questão diferente. Se eles ainda fossem crianças, até diria para Bella ceder e deixar Nicholas com o quarto, mas agora, na pré-adolescência, envolvia outros assuntos.