14º capítulo

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Peter Parker

Eu não estava com medo de apanhar do Flash, não tem porque ter medo, não é?

Não hora do lanche eu já queria voltar pra casa, eu não aguentava mais, mas por sorte o Ned e a Mj me fizeram companhia. Passamos o lanche todo conversando sobre filmes de ação, ficção científica, alguns romances, e etc. Descobri que eu e Ned temos o mesmo gosto para filmes e HQ's.

A Mj, bom... Ela é legal, e com todo respeito, muito bonita, mas ela tem alguns papos estranho. Tipo: "E se a gente estiver apenas vivendo dentro de um universo paralelo onde um único ser celestial controla a gente como se a gente fosse um The Sims?" Isso é um pouco esquisito, mas estou me acostumando.

Na hora da saída o Flash estava me esperando no portão da escola. Passei reto por ele, mas ele me parou.

- Pensa que vai fugir, nerdola. Você tá fudido. -ele agarra a gola da minha camisa

- Flash, eu não quero brigar com você. - falo de um jeito calmo

- Mas eu quero, e quero muito.

- Procura briga com outro. - encolhi os ombros

- Os outros não tem nada a ver com a nossa briga! - ele me empurra na parede

Ele ia me acertar um soco no rosto, mas eu desviei e ele bateu a mão na parede. Ele começou a choramingar de dor.

- VOCÊ ME PAGA, PARKER! - ele fala e logo um monte de gente faz uma roda para assistir a briga

- Eu não fiz nada, você que ia me bater.

Ele começa bufar de raiva e tenta partir pra cima de mim, mas uma força invisível o puxa de volta.

- Peter! Vamos pra casa agora! - o Sr Strange aparece em meio a roda de gente que tinha se formado.

- Oi pai. - aceno e sorrio

- Pode me explicar o que está acontecendo aqui?! - o Sr Strange fala furioso

- O Flash queria me bater. Eu só deixei.

- É mentira! - Flash tenta se pronunciar, mas o Sr Strange faz ele calar a boca.

- Me explica sobre isso em casa. - ele solta o Flash e o mesmo tenta bater no Sr Strange que com um golpe só o derruba no chão - Garoto, não se meta com os mais velhos! Deve respeito a mim.

- Nunca respeitarei uma pessoa como você!

- O que quer dizer com isso?

- O Peter contou para a turma o quão desprezível a família de vocês. "Devemos respeitar a comunidade LGBTQIA+" ah me poupe de tanta baboseira!

- Do que ele está falando, Peter?

- Eu falei que você e o Sr Stark são tipo meus pais, eu os considero meus pais de coração, e o Flash entendeu que vocês são um casal gay.

- E o que isso tem a ver com ele?

- Ele começou a falar um monte de merda sobre a nossa família e a professora xingou ele, e ele acha que isso é culpa minha e quer me bater.

- Vem, Peter... Você nunca mais vai botar os pés nesta escola enquanto esse filho de Dormammu estiver aqui. - o Sr Strange fala me pegando pelo braço

- Não, eu quero continuar estudando aqui, eu fiz novos amigos. Deixa eu ficar.

- Não Peter. Vamos para casa e não me desobedeça.

- Posso me despedir dos meus amigos primeiro? - pergunto quase chorando

- Claro que pode.

Vou até o Ned e a Mj e os abraço.

- Eu sei que a gente não se conhece muito bem, mas vocês tem um lugar no meu coração.

- Igualmente, Peter. Espero que a gente possa se encontrar de novo. - Ned fala - Podemos pegar o seu contato?

- Claro.

A gente anota os números e eu vou embora com o Sr Strange.

O Sr Strange estava com uma expressão séria. Era doloroso ver ele bravo comigo.

- Peter, você sabe que pode chamar seus amigos para ir lá em casa.

- Sim, eu sei, pai. - falo com a cabeça baixa

- A partir de hoje você nunca mais vai ir para escola. Não quero ver você sofrer bullying por ter uma família considerada "anormal" pelas pessoas homofóbicas.

- Eu... Só queria ter uma vida normal, sabe.

- Mas a sua vida é normal.

- Não, não é. Eu sou obrigado a passar trancado dentro de casa porque a sociedade não aceita minhas condições familiares e socialistas. Isso não é normal.

- Peter eu já falei que isso é pro seu bem!

- Eu sei! Mas me solta um pouco, deixa eu correr perigo. Eu quero me sentir livre!

- EU TENHO MEDO DE PERDER VOCÊ! - ele para o carro e encosta a cabeça no volante

Ficamos em silêncio. O Sr Strange respirou fundo e olhou nos meus olhos. - Se eu perder você, eu não me perdoar, não vou ter motivo pra viver. Deixa eu cuidar de você como eu não pude cuidar da América. Eu sinto tanta falta dela e não quero sentir a sua. - as lágrimas começam a escorrer dos olhos dele - Eu deixei ela ser livre e ela acabou...

- Morrendo... - terminei a frase dele - Desculpa, Sr Strange. - falo tirando o cinto de segurança e o abraçando

Me afasto e ele seca as lágrimas e volta a dirigir. Ficamos o caminho todo em silêncio.

eu e você... *ironstrange* - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora