15º capítulo

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Stephen Strange

Chegamos em casa e Tony estava sentado no sofá assistindo filme.

- Como foi a aula, Pete? - Tony pergunta se levantando e o abraçando

- Ah... Prefiro não comentar. - Peter subiu pro quarto

- O que aconteceu com ele? - Tony pergunta

- Ele se meteu em uma briga. Ele não vão voltar para escola.

- Ele foi expulso?

- Por sorte não. Um garoto queria bater nele porque ele é homofóbico.

- Pelo o que eu saiba o Peter não é gay, nem Bi, muito menos pan, e etc.

- Parece que o Peter contou pra turma dele que era criado por dois pais e o garoto não gostou.

- O que o garoto tem haver com a nossa vida? - Tony pergunta irritado

- Eu não faço idéia.

- Acho que vou fazer uma visitinha pra essa tal garoto. - Tony fala indo até o quarto do Peter

Tony Stark

Bato na porta do Peter e escuto ele chorando.

- Peter, está tudo bem?

- Não, senhor Stark. Pode entrar, por favor. - ele fala do outro lado da porta

Entro no quarto e vejo Peter encima da cama, abraçando os joelhos dele.

- O que aconteceu, Pete? Está chorando por conta do que aconteceu? - pergunto indo até ele e o abraçando

- A nossa família é uma aberração? - ele me olha com os olhos lacrimejando

- Claro que não, foi o garoto que queria te bater que falou isso?

Peter fica quieto.

- Pode me contar Peter.

Ele balança a cabeça negativamente.

- Posso pelo menos saber o nome desse trapo homofóbico? - pergunto passando a mão nos cabelos dele

- É Flash. - ele encosta a cabeça no meu peito

- Não sabe o sobrenome dele?

- Não.

- Ok. Faz o seguinte, vai na cozinha comer alguma coisa, toma um banho e depois vai descansar. Eu e o seu pai temos que resolver uns assuntos. - falo saindo do quarto e voltando pra sala.

- Como foi a conversa? - Stephen pergunta, mas eu não respondo

- Pega o carro e vamos pra escola. - falo pegando minha jaqueta que estava pendurada no cabideiro perto da porta

- Escola? Tony, você não vai fazer o que acho que você vai fazer, não é?

- Depende do que você acha que eu vou fazer... - fico parado na frente dele

- Vai espancar o garoto?

- Eu não estava pensando nisso, mas não é uma ideia ruim...

- Vamos pro carro porque eu também quero quebrar aquele garoto na porrada. - Strange fala pegando as chaves em cima da mesa e me arrastando até o carro.

Chegamos na escola e o garoto estava lá ainda, não fazia muito tempo que Strange e Peter tinham chegado em casa, então era bem provável que ainda tenha mais alguns alunos na escola. Chegamos na escola, saímos do carro e demos de cara com a diretora da escola.

- Em que posso ajudar os senhores? - a diretora chega, olha Strange de cima a baixo e morde de leve os lábios

- Nós viemos por conta de uma reclamação do nosso filho, Peter. Ele falou que um aluno fez bullying com ele por ser criado por dois pais, quando eu vim buscar ele na escola o garoto estava preste a bater nele. Viemos pegar os documentos do nosso filho, ele nunca mais vai botar os pés nessa escola. - Strange fala irritado

- Calma, vamos resolver de outra forma. Vamos até a minha sala para conversar melhor, aqui fora tem muito barulho e o sol está um pouco quente. - ela fala retirando o casaco que ela estava usando revelando seus seios fartos

A diretora nos guio pelos corredores da escola até a sala dela. Ela caminhava ao lado de Strange e eu via a mesma olhando de canto pra ele. Até um certo momento cruzei meu braço ao braço do Stephen fazendo parecer que somos um casal. Ele me olhou de um jeito estranho, mas não se afastou em nenhum momento.

Chegamos na sala e nos acomodamos nas cadeiras que tinha ali. A diretora se sentou bem a nossa frente. Por algum motivo ela abriu dois botões da camisa social que ela está usando, e por incrível que pareça Strange não olhou nem uma vez para os seios marcados dela. A mulher era muito bonita, devo admitir, ela era negra, tinha cabelos compridos e cacheados, olhos verdes, boca carnuda, era simplesmente a mulher que qualquer homem iria querer, mas Stephen parece que não se interessou, assim como eu.

"Será que ele está fazendo isso por respeito ou ele é gay mesmo???"

- Então, podemos começar do início? - a mulher perguntou olhando para nós dois - Então vocês são pais do aluno... Peter Parker. São casados no papel?

- Na verdade não somos um cas- tampo a boca de Stephen antes que ele fale alguma coisa

- Somos casados, temos uma linda família e eu sou gay. - falo olhando para Stephen esperando a reprovação dele, mas ele só me encara assustado.

Stephen consegue destampar a boca. - Desculpe-me senhorita, meu parceiro é um pouco infantil. Ele não está falando sério, nós não somos um casal.
Éramos colegas de trabalho, somos dois dos vingadores, mais ou menos, eu só ajudei em algumas missões, mas não sou oficialmente um vingador.

- Certo. Então, vocês apenas cuidam do Peter como se fosse filho de vocês.

- Nós estamos brigando pelo guarda dele, estamos passando um tempo como uma "família" para decidir com quem Peter vai ficar. - Strange fala

- Entendo.

Strange contou tudo o que Peter tinha falado de um jeito mais detalhado e logo depois eu o ajudei a terminar a história. A diretora chamou o garoto Flash até a sala dela.

Eu encarei o mesmo com sangue nos olhos, estava louco para pular pra cima dele e o encher de soco. Stephen notou que eu estava irritado com a presença do garoto então ele segurou a minha mão e acariciou tentando me acalmar. Deu certo? Não. Eu estava gostando do gesto? Óbvio!

No fim de tudo, resolvemos que Peter vai voltar pra escola e Flash foi expulso. Ele vai ter que estudar em uma escola militar agora.

- Muito obrigado, diretora.

- Obrigado pelo que? Só fiz o que era certo. - ela sorri para Strange, e o meu rosto queima de raiva

- Por resolver o nosso problema. O Peter estaria em depressão severa se não conseguisse voltar pra escola de novo. - Stephen agradece

- Não tem de que, senhor Strange.

- Bom, vamos para casa, meu amor. Peter precisa saber da notícia. - falo puxando o braço Stephen para ir embora, bemmm... Longe daquela diretora.

- Não me chama de "meu amor". - Stephen fala irritado

- Desculpa interromper a conversa, mas vocês podem deixar os números de telefone dos dois, precisamos do número caso aconteça alguma coisa com o Peter. - a diretora fala entregando uma agenda que estava encima da mesa dela e uma caneta.

- Claro. Vou deixar o meu número e o do Tony. Pode mandar mensagem quando quiser. - Stephen sorri e a minha raiva aumenta pra 120%

Finalmente nos despedimos e entramos no carro.

eu e você... *ironstrange* - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora