Me Encantei Por Você. | Jeon Jungkook |

Capítulo 2

Pov:Siyong

- Um polícial? SÉRIO?

- Desculpa mas a gente não manda no coração, e eu tô apaixonada por ele.

- Não é paixão, você só viu ele de homem e acha que ele é sua paixão?

- Isso não é verdade, eu moro com você e os tios.

- Não conta porque eu sou seu irmão, e eles uns patetas.

- Aí.

Os meninos reclamaram juntos e eu segurei uma risada.

- A questão é, policiais são inimigos, eles não entendem e nunca vão entender porque fazemos isso, e eles não querem ouvir uma razão, eles apenas acusam.

- Mas...

- Nada de "mas" Siyong_eu abaixei a cabeça e segurei as lágrimas.

Ele chegou perto de mim e me abraçou, eu retribui porque sei que ele falou tudo isso para me proteger.

- Sei que pode estar triste agora, mas eu só quero te proteger, isso foi a última coisa que o papai e a mamãe pediram.

- Tudo bem, eu sei que quer me proteger, então eu vou obedecer, mas eu preciso de um tempo sozinha.

Me afastei dele e fui até a porta.

- Já está um pouco tarde, então quando quiser voltar, me liga pra te buscar_Tio Jeongin falou quando eu já estava na porta.

- Tá bom tio Innie. Tchau gente.

Eles responderam juntos e eu saí de casa vagando sem rumo, só eu, meu moletom e meus fones de ouvido.

Continuei andando até parar em um beco, onde eu me sentei e me pus a chorar lembrando do passado.

- Sinto saudade mamãe e papai_falei com a voz trêmula por causa do choro.

Fiquei lembrando de quando essa sociedade matou meus pais injustamente.

Tudo começou no meu aniversário de 10 anos.

Meus pais trabalhavam muito para sustentar eu e meu irmão, mas como nada nessa vida é justa, sempre tem algo que dá errado.

Minha família era muito criticada por ser de bruxos, pois essa espécie é a mais poderosa e perigosa, dependendo de quem a controla.

Meus pais nunca fizeram nada a ninguém, mas mesmo assim, a sociedade tratou eles como lixo.

Mas o pior...foi quando nós chegamos aos ouvidos do governo.

Aquele dia, foi o pior dia da minha vida, e se eu pudesse eu apagaria ele da minha memória para sempre.

Meus pais foram levados pelo governo para servir de cobaia, e quando não foram mais úteis, os mataram sem piedade.

Enquanto eu e meu irmão fomos deixados para morrermos queimados dentro da nossa casa, mas meu irmão conseguiu me salvar. Como éramos muito pequenos e não sabíamos utilizar nossos poderes eles nos descartaram como se não valessemos nada.

Enquanto pensava no passado, pingos de chuva tocaram meu corpo, mas mesmo com frio não senti vontade de sair dali.

Eu chorava com a chuva, esperando o frio me tomar e eu morrer aqui mesmo.

- Ei, você tá bem?

Ouvi uma voz suave me chamar e na hora sabia da quem se tratava.

Abaixei meu capuz e olhei nos olhos da pessoa que se surpreendeu ao ver de quem se tratava.

- Você é a garota da loja! O que faz aqui na chuva?

- Não importa, ninguém liga mesmo se eu morrer aqui, só o meu irmão, mas eu vou está fazendo um favor a ele retirando um peso inútil_virei meu rosto para o outro lado.

- Não fale assim, seus pais devem se importar muito com você.

- Correção, eles se importavam, eles não estão mais aqui.

- Eu sinto muito, mas ainda sim é perigoso você ficar aqui na chuva.

- Olha policial Jeon, não precisa fingir que se importa, ninguém nunca se importou, então porque você seria diferente.

- Porque eu vejo que você não é uma pessoa ruim, é só alguém que sofreu bastante e não sabe como completar o vazio que abriu dentro se si.

Me virei para ele.

- Eu sei como se sente, mesmo tendo seu irmão, ainda sente um vazio horrível e não sabe como preenche-lo.

Abaixei a cabeça novamente.

- Mas não importa, você não pode me ajudar.

- Talvez eu não possa ser o que você quer, mas posso resolver o problema da chuva_olhei para ele que estava com a mão estendida_vem comigo.

- Você não liga para o fato de eu ser uma bruxa.

- Bom, meu chefe disse que isso é código vermelho, mas você não parece perigosa agora, e você não tem cara de que me machucaria.

- Você não me conhece policial Jeon.

- Tem razão não conheço, mas sei que você poderia ter me matado hoje, mas não matou, e isso já é o bastante para eu acreditar que você não fará nada comigo e nem eu com você.

Olhei para a sua mão novamente e relutante eu a segurei, sentindo o choque térmico pela mão quente dele na minha mão fria.

Ele me levou até seu carro e me colocou no banco do carona entrando logo em seguida.

- Coloca isso, vai te aquecer por enquanto.

Ele me deu um casaco que estava no banco de trás do carro.

Coloquei ele e ficou um pouco grande pela nossa diferença de tamanho. O caminho todo foi silêncioso e eu pudi apreciar o maravilhoso aroma que vinha desse cheiro.

Quando chegamos a casa dele, ele me chamou para ir até seu quarto e pegou algumas roupas para mim.

- Eu sei que elas são um pouco grandes mas é para você se aquecer, pode tomar um banho se quiser.

- Obrigada_agradeci olhando em seus olhos e ele retribuiu com o sorriso mais lindo que eu já vi_e me desculpe por hoje.

- Deixa isso pra lá. Quando terminar pode descer, eu vou fazer algo para você comer.

- Está bem.
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• Continua •