27 - Chapter twenty seven

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''Pois nós vamos nos divertir hoje à noite.

Sem corações partidos na balada, encha o copo de bebida.

Só temos uma vida, vamos fundo até morrermos.''

No Broken Hearts - Bebe Rexha ft Nicki Minaj


🐰🐤

Uma sessão de fotos foi iniciada e nós dois acabamos tirando fotos com muita gente, pessoas que sequer havíamos visto alguma vez na vida posavam para as fotos de modo desengonçado, o fato é que a bebida já estava deixando alguns alterados.

Encostei na borda do navio e deixei minhas mãos apoiadas ali, enquanto bebericava um pouco de cerveja. Observei alguns conhecidos se divertindo e me permiti sorrir junto, a festa estava sendo incrível e a felicidade dos noivos era notável de longe. Vi um certo rockstar caminhar em minha direção deixando seu cigarro de lado e franzi o cenho.

— Não sabia que você curtia essas coisas. — falei, puxando assunto.

— Peguei o hábito de trocar um vício por outro — Jungkook proferiu, dando os ombros e deixou a fumaça escapar por seus lábios, acabei tossindo e abanei as mãos — Coisinha frágil...

— Veremos o estado do seu pulmão daqui a 20 anos, aí veremos a ''coisinha frágil ''— respondi, lhe arrancando um sorriso presunçoso.

— Touché. Está mais respondão do que antes... — ele falou e encostou as costas no navio, mantendo uma distância pequena entre nós. — Eu vi você na capa da Chanel, parabéns pela conquista! — sorriu.

— E se ficar puto é pior. — repeti a mesma fala nostálgica e nós rimos. — Obrigado, também te vi nas revistas, jornais, em tudo que é canto. Sua banda é um sucesso!

Após ficar apertado, saí de lá após avisar que iria até o banheiro para me aliviar. Tive bastante dificuldade para passar, já que muitas pessoas estavam dançando coladas umas nas outras. Posteriormente, voltei para o local em que estava conversando com Jeon, entretanto, ele não estava mais ali.

— Onde ele se meteu? — indaguei preocupado, negando em seguida. — Nós não temos mais nada, ele não precisa me dar satisfação do que faz ou deixa de fazer.

Iria sair para outro lugar para espairecer um pouco, no entanto, pude ouvir um grito de alguém conhecido por mim. Rapidamente, apoiei meu corpo na borda do cruzeiro, olhando para baixo com os olhos arregalados. Jeon havia caído em cima de uma boia chifruda e colorida.

Eu não costumo pensar muito diante de situações desse tipo, a única coisa que se passou em minha mente foi que pulasse na água para tentar ajudá-lo e foi isso que fiz. Subi para a superfície em busca de ar e logo fui puxado para cima da boia pelo mais velho.

— Você está bem? — ele perguntou preocupado. E ao me ver confirmar, tentou gritar por ajuda.

— Eles não vão nos escutar, a música parece ter aumentado. O que iremos fazer? — indaguei aflito, agarrando-me a ele quando a boia começou a se afastar sozinha, por conta do mar.

— Fique calmo, eu sei que tem medo do mar, mas ficaremos bem, veja, tem uma ilha ali. — o mais velho disse, apertando minha cintura levemente, tentando passar segurança e por sorte, o mar nos levou até lá.

Saímos da boia, puxando-a até a areia. Observamos a ilha ao redor e fomos buscar mantimentos, junto a alguns materiais que poderíamos utilizar. Pegamos galhos, algumas folhas fofinhas, água, entre outras coisas. Fizemos uma barraca simples e logo olhamos para o mar.

— Você acha que irão nos encontrar? — perguntei, com medo. A ideia de ser abandonado numa ilha deserta não me agrada, por mais que tenha companhia, imaginei nós dois ali depois de uns anos falando ''uga, uga'' e agindo de modo selvagem um com o outro, não foi nada legal.

— Acho que sim, não se preocupe. — Jeon sorriu e preparou a fogueira. Por sorte, o vento estava indo para outra direção, dessa forma, o fogo iria durar.

— A sua calmaria diante dessas situações é algo que sempre me choca... — falei. — Confesso que quando te vi no cruzeiro, não quis acreditar e não queria ter você por perto por pura birra, contudo, sinto que se outra pessoa estivesse aqui, talvez eu não me sentisse tão confortável.

— Estou feliz de estar com você, mesmo que nessas circunstâncias. — ele retirou a blusa do nada, quase me fazendo ter um gay panic por ver o seu torso e suas tatuagens à mostra. — A gente vai ficar resfriado, se continuar com isso.

— Por mais que eu ache isso suspeito, tem razão. — comentei, torcendo a camisa e vendo a quantidade absurda de água cair na areia.

— Você pulou no mar, mesmo tendo medo... Por quê? — Jeon perguntou-me, do nada.

— Não sei, foi automático. — declarei, sincero. — Eu queria te ajudar, a situação era desesperadora.

— Não acho — ergui meus olhos em sua direção. — A situação mais desesperadora que já me encontrei foi estar longe de você, é um dos piores castigos... Ainda mais sabendo que fui eu quem provocou isso tudo.

— Jungkook...

— Eu me lembro do dia em que te vi partindo por aquela porta... Lembro da maquiagem escorrendo pelo seu rosto junto de cada desejo que já fizemos. — sua fala me fez engolir seco. — Quando a ficha caiu que tudo havia desabado entre nós, desejei acordar com amnésia, queria esquecer da sensação de como era adormecer ao seu lado e as memórias que nunca consigo escapar.

— Tudo desabou tão de repente, que sequer cogitamos consertar as coisas. Eu não achei que você estava tão mal quanto eu, eu te via na televisão exibindo sorrisos e deveria saber que não era bem assim, porque eu fazia o mesmo. — proferi, abraçando meus joelhos. — Não quero que pense que é o único culpado, também errei quando te culpei por conta da obsessão daquele maluco por você, demorei a perceber isso e não quis aceitar por orgulho. — Citei Kihyun carinhosamente e o clima ficou leve, pois demos risada.

— Nós poderíamos ter tido um final feliz — ele falou e voltou a me encarar. — Me desculpe por não ter te impedido de sair por aquela porta e por conta da briga feia que tivemos, jamais deveria ter deixado o meu mundo escapar de minhas mãos tão facilmente, sei que pedir desculpa não apaga a dor que sentiu...

— Me desculpe, fui tóxico por ter te culpado por algo que não era culpa sua e também pela briga feia que tivemos. — pedi, e o vi assentir. Estava com uma sensação mais leve e tive coragem para dizer algo — Nós ainda podemos, Jeongguk. Nosso relacionamento acabou porque nós dois não tínhamos maturidade o suficiente para lidar com certas situações, afinal era meu primeiro relacionamento e era o primeiro relacionamento que mais durou para você.

— Nós ainda vamos errar, afinal somos humanos, mas estou disposto a lutar por nós — Jeongguk se aproximou, agarrando minha cintura levemente. — Você permite que possamos ter um recomeço e um final feliz?

— Sim, eu permito. Mas temos que prometer que não iremos deixar nosso relacionamento acabar por bobeiras — falei, erguendo meu dedo mindinho em sua direção.

— Eu prometo! — Jeongguk entrelaçou o seu dedo mindinho junto ao meu em sinal de promessa. A gente se beijou com saudade e com uma visão perfeita da lua — Eu senti a sua falta, intrometidinho!

— Eu também, Jungkookie, eu também...


💜

Obrigada a quem chegou até aqui, o motivo de eu ter demorado para postar é que li alguns comentários que me deixaram muito mal, por isso, peço de coração, se você não está gostando do rumo da história, minha escrita ou algum personagem, por favor, não continue a ler. Não sou a melhor autora do mundo, mas estou sempre tentando melhorar. Até no twitter me xingaram, e pensei até em desistir de continuar a fic, mas seria injusto com quem acompanha e gosta do que escrevo. Agradeço pelo apoio que estão dando para Blind, isso é muito especial para mim, obrigada de verdade. <3

BLIND - {pjm+jjk}Onde histórias criam vida. Descubra agora