Eu tinha dezessete anos quando me apaixonei perdidamente. Aos vinte e um acreditei que não haveria mais jeito para o meu coração partido e até repudiava a ideia de me apaixonar novamente, mas aos vinte e dois percebi que, por mais que me doesse conf...
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Namjoon o encarou de forma fria e um tanto impassível. Pelo que conheço do meu irmão, ele com certeza está se segurando para não lhe dar um soco bem no meio da cara. Um soco que eu quis muito que acontecesse, mas que agora, não. Não precisa. Não quero que machuquem o rostinho lindo do meu amor.
— O que ele está fazendo aqui? — Meu irmão me puxa até um canto e pergunta.
Não queria criar caso na frente dos poucos convidados, embora tivessem notado a sua expressão e em seguida a tensão que se instalou. Na verdade, todos sabiam sobre o que se tratava. Mas ele quis ser sutil.
— Nós conversamos e-
— E que é só ele estalar os dedos que você esquece de tudo o que passou e volta? — Sou atingido por sua pergunta e me calo, porque foi exatamente isso o que aconteceu.
Ouvir dessa forma foi ruim demais.
— Namjoon, só escuta o que ele tem a dizer, todo mundo merece uma segunda chance. Você não acha?
Eu sei que ele não é um cara ruim, como também sei o quanto gostava do Jungkook. Eles eram como irmãos, quase que inseparáveis. Portanto sei que lá no fundo, por mais que seu rosto demonstrasse raiva, existia um pouco do garoto que sentiu falta do amigo.
— Eu não quero! — Ele afirma, o maxilar travado e os olhos que escapavam da minha direção e encaravam o Jeon do outro lado da sala.
— Por mim, por favor! — imploro.
Ele solta um suspiro desistente e então assente.
— Por você, Jimin, só por sua causa!
Ele se afasta e segue até onde todos estavam. Olhou-o diretamente e fez um sinal com a cabeça para que o acompanhasse, mas Jungkook não se moveu.
— Na verdade, eu quero falar na frente de todos.
Olhei na direção dele. A repreensão visível em minha face.
— Não quero esconder nada de ninguém. Então não preciso ir pra um canto falar nada, Jonie. Eu sei que fui um filho da puta com seu irmão e sobre isso, eu sinto muito! Mas não fiz por escolha própria. Eu sou louco por ele, sempre fui...
Ouvi-lo falando aquelas coisas me deixava mais mole do que chocolate fora da geladeira. Contudo, precisei manter a pose na frente dos outros.
— Mas eu não suportaria viver uma vida sem ele . Então eu só quero ficar com o Jimin até o fim da minha vida e é por isso que eu quero te pedir a permissão para torná-lo meu esposo.
Meu irmão me encarou, depois estreitou os olhos na direção dele.
— Você sabia disso? — pergunta. Mas estava tão surpreso quanto ele.
Nego, em movimentos repetitivos com a cabeça.
— Você está pedindo a mão do Jimin em casamento? — É o que pergunta, como se não tivesse sido óbvio.
