Capítulo 01

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Ao amanhecer S/n foi acordada por batidas em sua porta batidas essas que eram feitas por seu pai, a moça ainda sonolenta se sentou a beirada de sua cama e informou ao homem que já havia acordado e que logo sairia do quarto as batidas então sessaram e ela pode ouvir os passos do homem se afastando

Depois de coçar os olhos na tentativa de espantar seu sono a moça de levantou e foi até o banheiro onde fez suas higienes matinais em seguida voltou ao quarto para se vestir, já arrumada a jovem saiu de seu quarto e foi até a cozinha e no modo automático começou a pegar o necessário para fazer o café

Ichiro: O que você pensa que vai fazer?

S/n: O café, como sempre...

Ichiro: Se você prestasse mais atenção iria ver que o café já está pronto

Ao ouvir o mais velho a moça apenas guardou o que havia pego e em seguida se sentou em uma das cadeiras próximo a mesa e se serviu enquanto seu pai a olhava de forma séria

Ichiro: Cadê seus modos?

S/n: Você não me mostrou o que é isso então não reclama

A moça disse de forma seca em seguida tomou um gole de seu café, o homem com raiva pelo modo que a moça havia o respondido se levantou e foi para a sala onde se sentou no sofá e começou a mexer em seu celular

S/n continuou a tomar seu café e ao terminar colocou sua xícara junto às outras louças que levaria pouco depois, ela guardou o que havia sobrado e foi até a sala para falar com seu pai

S/n: Vai sair hoje?

Ichiro: Sim, tenho duas encomendas pra hoje e talvez eu volte só amanhã ou depois

S/n: Por que demora tanto uma entrega de bebidas?

Ichiro: Isso não é da sua conta

A moça apenas revirou os olhos e voltou para a cozinha e começou a lavar as louças, minutos depois quando terminou S/n começou a limpar a casa enquanto ouvia música com seu fone, tudo estava tranquilo, seu pai já não se encontrava na sala pois estava no quarto se arrumando para sair

Não era a primeira vez que S/n ficaria sozinha e também não de importava afinal não era mais uma garotinha de 12 anos e sim uma jovem de 19 saberia se cuidar caso algo acontecesse, mas algo o fato do homem ter que passar as vezes noites fora sempre mexeu com a curiosidade da moça

Segundo seu pai ele trabalhava em uma distribuidora 24 horas, mas ele nunca disse o nome e nem o endereço do local, no começo S/n acreditava que era pra ele não ser incomodado durante o trabalho, mas com o passar do tempo a moça imaginou que poderia ser por outro motivo

Ichiro: S/n!

S/n: Tô no quarto, o que foi?

Ichiro: Eu já tô indo, juízo e eu quero essa casa arrumada quando voltar

S/n: Ta, tchau

Ichiro: Tchau

A moça se aproximou da porta de seu quarto e espiou para ver o momento em que seu pai sairia e assim que ele passou pela porta e a fechou a moça correu até a janela da sala e viu o homem entrando no carro preto que sempre vinha o buscar

S/n: Uh... vai pro diabo que te carregue

Mesmo sozinha a moça falou de forma baixa e então correu em direção ao quarto do Ichiro, ela nunca entrava naquele quarto pois ele sempre a proibiu, mas dessa vez ela queria descobrir o que o homem realmente fazia

Ao entrar no local S/n não se espantou ao ver que era bem organizado pois o Ichiro sempre pegou no seu pé para que ela mantesse tudo em seu devido lugar, sem mais esperas ela começou a procurar por um caderno que viu o homem anotar algo aparentemente sobre o trabalho uma vez

S/n: Onde você o deixou papai?

A moça continuou a procurar até que teve a ideia de verificar a parede, ela começou a dar pequenas batidas no espaço em que tinha detalhes como tijolos e ao bater um pouco mais próximo do chão percebeu que o som havia mudado ou seja aquele local era oco, a moça começou a verificar os tijolos até que conseguiu tirar três e lá estava o caderno

S/n: Ótimo agora vamos ver o que tem aqui, mas só tem nomes, será que são os clientes?

A moça olhava cada página com atenção, haviam dez páginas complemente preenchidas por nomes endereços e idades, o mais estranho é que todos os nomes eram de mulheres de 19 anos até os 25

S/n: Por que só tem nomes de mulheres, será que cada uma é uma cliente? Não, ele não venderia apenas pra mulheres

S/n continuou a folhear o caderno até encontrar páginas com nomes masculinos e com o título de clientes

S/n: Ah achei, esse jeito de organizar os nomes e estranho, pra que deixar em páginas tão longes?

Ao ir folhear mais uma página S/n acabou deixando o caderno escorregar, mas ela conseguiu segurá-lo e de dentro do mesmo caiu uma das páginas ela a pegou e a leu, eram nomes de diversas bebidas

S/n: Devem ser as mais vendidas... ah que droga eu tô fazendo? Isso foi perda de tempo

S/n colocou a folha que havia caído no caderno novamente e colocou o mesmo de volta no lugar de antes e o cobriu com os tijolos, bufando por ter perdido tempo procurando por algo que havia só na sua cabeça a moça saiu do quarto e foi em direção ao seu e se jogou sobre sua cama

As horas se passaram e a noite havia chego, S/n estava na sala vendo um filme aleatório na TV quando sentiu seu estômago roncar, era hora de comer alguma coisa então a moça se levantou sem se importar em pausar o filme foi até a cozinha e abriu a geladeira em busca de algo doce, por sorte ela achou uma pequena fatia de bolo

S/n: Será que era pra mim ou ele só esqueceu de comer? Ah que se foda eu vou aproveitar

A moça pegou o bolo sorridente e então foi até o armário para pegar uma colher, ela voltou a sala e se sentou sobre o sofá novamente, quando ela tirou um pedaço do bolo pode ver em seu recheio pequenos pedaços de amendoim o que deixou a moça desanimada pois ela não gostava do salgado

S/n: Certeza que ele comprou de amendoim de propósito, mas se eu não vou comer ele também não

A moça se levantou e correu ate a cozinha e jogou o bolo na pia e começou a desfaze-lo jogando água sobre o mesmo, quando já não havia mais nada ela deixou o prato sobre a pia e voltou para a sala. Quando o filme acabou S/n desligou a TV em seguia apagou as luzes da casa e foi para seu quarto dormir

S/n: Boa noite mãe, sinto sua falta

A moça disse entristecida enquanto olhava para um pequeno quadro com a foto de sua mãe, ela havia morrido por conta do câncer quando S/n tinha apenas 13 anos, desde então a jovem mora com o pai e ambos nunca tiveram uma boa relação pois o mais velho acredita que S/n não é sua filha.

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