Capítulo 02

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Quando S/n adormeceu era por voltas das 22:00 horas, agora eram 00:38 e a moça acabou acordando por conta de um pesadelo, ela se sentou em sua cama e respirou fundo enquanto decidia se iria até a cozinha para beber água até que decidiu ir, ela se levantou de sua cama e descalça mesmo ela caminhou até a porta e a abriu, ao sair de seu quarto ela percebe uma sobra na sala de estar, aparentemente era uma pessoa

S/n assustada voltou para seu quarto tomando o máximo de cuidado para não fazer barulho fechou a porta e a trancou, ela começou a procurar por seu celular para ligar para a polícia, mas por conta da escuridão não conseguia acha-lo

S/n: Meu Deus...

Ela continuou a procurar pelo aparelho até escutar o som de passou se aproximando de seu quarto, ainda tomando cuidado para não fazer barulho ela se deitou no chão e entrou embaixo de sua cama, lá ela pegou a faca que mantinha escondida, nunca achou que seria realmente necessário, mas estava feliz por ter a colocado lá

A maçaneta começou a girar, mas a porta não foi aberta pois a moça a havia trancado

S/n: vai embora, vai embora por favor vai-

A moça parou seu sussurro ao ouvir a porta ser aberta, ela então se encolheu mais ainda e colocou uma das mãos sobre a boca para evitar qualquer ruído pois sentia vontade de chorar por conta do medo

- Deu a dose certa?

Ichiro: Claro que sim, essa não é a primeira vez que faço isso e ela comeu o bolo então vai ficar apagada por um bom tempo

- Acho bom, ela é um produto valioso

S/n além de assustada estava confusa, além de um desconhecido estava também seu pai em seu quarto, mas ela não conseguia entender o porquê deles se referirem a ela como um produto? Porque ela ficaria apagada se tivesse comido o bolo? O que eles pretendiam fazer com ela?

Enquanto várias perguntas se passavam na cabeça da moça a luz do quarto foi ligada o que a fez sair de seus pensamentos

- Cadê ela Ichiro?

Ichiro: Ela deve ter saído, droga! A essa hora tá apagada em algum lugar

- Então acho bom vocês achar uma solução ou então terá uma boa conversa com o patrão

Ichiro: Eu sei, eu vou dar um jeito o efeito do sedativo é rápido ela não deve ter ido longe

A moça continuava calada em baixo da cama quando viu os dois homens saírem de seu quarto, ela decidiu ficar ali por mais meia hora para garantir que eles já teriam saído e então ela poderia fugir e pedir ajuda, o tempo se passou e o silêncio tomava conta do lugar, era hora de sair, a moça se arrastou e saiu de baixo da cama e quando se levantou procurou logo por seu celular, mas não o encontrou o que a levou a pensar que Ichiro o havia pego

Então ela não tinha outra opção a não ser fugir e pedir ajuda a outra pessoa, ainda com a faca em mãos ela caminhou até a porta do quarto que havia ficado aberta e olhou para a sala, não havia ninguém

S/n: Coragem S/n

A moça continuou a andar até chegar na sala, realmente ela estava sozinha no lugar o que a deixou mais tranquila então sem esperar mais ela abriu a porta da sala e correu para o portão que por sorte estava destrancado, ela começou a correr pelas ruas para se afastar ao máximo de sua casa

Agora ela entendia o porquê de Ochiro ter se mudado para um bairro praticamente deserto ele pretendia a usar como mercadoria, faltavam três quarteirões para ela chegar em uma avenida movimentada onde pediria ajuda, mas antes de chegar a esquina um carro apareceu o que a obrigou a se esconder atrás de um latão de lixo, era o mesmo carro que vinha buscar Ichiro

Conforme o carro passava lentamente ela se arredava atrás da lixeira para não se vista e quando ele finalmente passou e dobrou a esquina ela continuou a correr, quando de repente sentiu algo a atingir em suas costas próximo ao seu ombro, ainda correndo ela levou a mão em direção ao local que foi atingida e de lá tirou um pequeno dardo transparente e nele havia um resto de líquido

S/n: Não, não, não não

Ela correu mais rápido enquanto gritava por ajuda, mas logo sentiu seu corpo enfraquecendo e sua vista embaçando já de joelhos no chão ela começou a engatinhar ainda na tentativa de fugir, mas não conseguiria

Ichiro: Ah S/n, sempre me dando trabalho é uma pena que não vai poder apreciar a viagem

Foram as últimas palavras que a moça ouviu antes de adormecer no asfalto. Sentindo sua cabeça pouco dolorida S/n abriu os olhos e quando sua vista se acostumou com a pouca luminosidade do local a moça percebeu que estava sozinha em uma pequena sala, no local havia apenas a maca onde ela estava deitada, uma pequena janela e a porta

S/n: Oi, tem alguém aí? Me tira daqui... EI!

A moça gritava enquanto batia na porta que se encontrava trancada até que ouviu a fechadura sendo destrancada ela então se afastou da porta e voltou para perto da maca, quando a porta foi aberta Ichiro passou pela mesma entrando no local

Ichiro: Até que enfim acordou, acho que exagerei no sedativo

S/n: Que lugar é esse Ichiro?

Ichiro: Isso é jeito de falar com seu pai? Que falta de educação

S/n: Pai? Você nunca me considerou sua filha seu babaca, me fala onde eu tô?

Ichiro: Essa informação é confidencial, mas olhe pelo lado bom daqui a pouco você vai estar se divertindo

Pouco depois da fala do homem acabar uma mulher utilizando uma máscara para esconder seu rosto chegou

- Está na hora de arruma-la

Ichiro: Tudo bem, podem levar

Após a confirmação a mulher fez um sinal em direção a porta e então dois homens também com os rostos cobertos entraram no local e foram até S/n que tentava se afastar, eles a seguraram em seus braços e começaram a carregá-la para fora da sala enquanto ela gritava dizendo para eles a soltarem

Ignorando os gritos da moça os dois homens a levaram até um banheiro e a colocaram no chão logo em seguida a mulher entrou no local e os dois homens saíram

- Tire suas roupas e se lave

S/n: Quem é você?

- Isso não importa agora obedeça

S/n: E seu eu me recusar?

A moça disse se preparando para um possível ataque afinal estavam apenas ela dentro do local, ela só não esperava que a mulher fosse levantar uma arma em sua direção

- Não me faça perder tempo

A mulher disse de forma fria deixando S/n assustada novamente, a moça decidiu obedecer e começou a tirar suas roupas e foi até o chuveiro e começou a se lavar, era muito desconfortável e assustador porque havia alguém a observando enquanto lhe apontava uma arma

Poucos tempo depois quando S/n terminou seu banho pediu a mulher uma toalha, se surpreendeu quando realmente recebeu uma, a moça então se enxugou e levou sua mão em direção a suas roupas para vesti-las novamente, mas foi impedida pela mulher.

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