CAP1: Moure-Ann

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  Estava manhã em Brixtia. Era o momento em que os portões da Bruchez se abria. Na calçada da escola, uma mulher segurando uma bolsa e uma menina uniformizada com um short saia e um casaco de couro dialogam.

— Nissarah, você tomou os hormônios certinho? — Perguntou a mulher.

— Sim! mãe. — falou batendo a pontinha dos dedos no chão.

— Tabom — abraçou a menina impaciente - Boa aula.

— Obrigada. Bom emprego — falou entrando pelo portão azul da escola.

  As duas se despedem. Nissarah — a menina impaciente. Passou pelo jardim que havia algumas estátuas de fadas, duendes e criaturas místicas. Os bancos tinham cores douradas e prateadas.

  Nissarah vai seguindo com os ombros encolhidos, cabeça baixa e passos rápidos. Os alunos olharam de cima a baixo analisando o semblante medroso pregado em sua cara.

  Existe um nome para tal comportamento da garota: Cleo — A menina chata e insuportável do colégio inteiro. Como alguém poderia ser uma completa bosta? A chatinha tem mania de achar que todos estão a disposição dela. Isso causava repudia em Nissarah.

— Tá fugindo de fantasmas, amada?. — Indagou Danilo, com um sorriso.

  Nissarah prendia o seu livro de artes com os braços ao lado de seu armário. Parou e levantou a cabeça para Danilo, ele estava com tatuagens de corações e gatinhos pelo rosto. Abriu e guardou o de artes trocando pelo de história.

— Claro, parecem que vão me comer com os olhos — Sorriu, fechando as portinhas.

  Os dois conversaram e andaram juntos até a sala de aula no vasto corredor decorado com lâmpadas grandes e redondas, cortinas ilustradas com bruxas em Vassouras e gárgulas de pedra. Nissarah estava com a cabeça erguida ao lado de Danilo.

— A nova professora de vocês está vindo 1ª série, façam silêncio e se comportem — disse a diretora, na sala de aula.

  Os alunos esperavam ansiosos pela nova professora que ocuparia a matéria de história. Em meio ao sussurro de conversas dos alunos, a maçaneta da porta girou logo abrindo e tocando um sininho.

  Entrou uma mulher de cabelos ruivos e saltos vermelhos com a capa dourada. Junto da mulher estava um garoto com olhos verdes e cabelos ruivos.

  A diretora andou até eles os cumprimentando com um sorriso no rosto. Alguns alunos não tiravam o olho do garoto, pois era muito bonito.

— Se não for incômodo professora, apresente-se para a turma — disse a diretora, ficando ao lado da professora novata.

— Olá a todos. Chamo-me Moure-Ann e esse aqui é Billy, meu filho. Ele também estudará com vocês. Irei ensinar a matéria de história e espero que nossa convivência seja proveitosa — Palestrou Moure-Ann, séria.

  Cumprimentos feitos. A diretora deixou a sala aos cuidados de Moure-Ann que sentou-se a sua mesa e começou a escrever.

  Billy procurou uma cadeira qualquer e se arremessou rapidamente. Suas mãos estavam geladas e auas pernas trêmulas.

— Nissarah, que gatinho aquele menino, né? — Sussurrou Danilo, sentado atrás.

— Sim, mas você reparou no braço dela? Tá enfaixado — Disse Nissarah, olhando para o antebraço de Moure-Ann.

— O braço "dele" não tá enfaixado não, tá doida? — Rebatou Danilo.

  Pós a mão no rosto e balançou a cabeça, Danilo tinha extrapolado o impossível. Como alguém pode ser tão desatento nesse nível? Tudo por causa do aluno novo?

— Ata, você tava falando da professora. Agora que eu vi. — Sorriu Danilo.

— Fala baixo Danilo, a sala inteira não precisa saber do que a gente tá falando. — resmungou Nissarah.

   Moure-Ann deu início a aula, andando para lá e para cá contando a história de Brixtia, coisa que os alunos já não davam tanta importância. Apesar da escola contribuir para que isso não acontecesse, o interesse partiria primeiro da vontade dos alunos.

  Bruchez é uma escola que continuou a cultura bruxa, diferente de outras escolas em Brixtia. A escola possui corredores decorados com tema bruxo e uma tradição de regar a "Sarah Good". Uma enorme árvore no meio do refeitório.

   Bruchez também tem uma parte divertida na hora do lanche. As comidas tem nomes diferentes, como: Macarrão mágico, sopa no caldeirão e espaguete bruxo.

  Tudo que Bruchez oferecia não parecia o suficiente para os alunos da nova geração da escola. Os mesmos buscavam culturas de outras cidades ou até de outros países. Isso iria com o tempo apagar Brixtia da memória.

— Para começar bem o meu primeiro dia, gostaria de propor um trabalho um pouco ... Diferente em grupo! — Disse Moure-Ann.

Nissarah: Em Brixtia Onde histórias criam vida. Descubra agora