(Não fica com os travessão gente, foi triste;-;)
Moure-Ann e seus alunos estavam na biblioteca. O suspense que a professora havia feito na sala tinha causado curiosidade entre eles.
Teria Moure-Ann, finalmente despertado o lado apagado dos alunos? Será que Brixtia teria o seu valor novamente?
— 6 alunos, escolham algum desses 6 livros. — apontou cada livro acima da mesa. — E depois voltem para seus lugares — terminou Moure-Ann.
Alguns alunos começaram a se aproximar enquanto uns ficavam em seus lugares olhando os demais. Inicializaram a pegar os livros e observavam os títulos que se encontravam em suas capas.
— Corre Nissarah! Pega um livro! — disse Danilo, berrando.
— Calma... Er... Tá! — pegou o primeiro livro que viu — A nobre bruxa? — leu ao pegá-lo.
Os alunos acabaram de recolher os livros e seguiram voltando para seus lugares. Estavam aguardando Moure-Ann finalmente objetivar o que iriam fazer a seguir.
— Agora os alunos que estão com os livros, formem grupos com os demais. Lembrando que só podem ser 5 em cada equipe. — falou a professora.
A batalha infinita começou. De um lado estavam os lobos á procura de bons parceiros para a missão ser bem sucedida. De outro lado estava a minúscula gazela amedrontada vendo aquele caos de longe.
— Bem ... Já somos dois, só falta mais três. — disse Nissarah, segurando o livro afastada dos demais.
— Palhaçada, esse povo parece bicho fazendo as coisas. — resmungou Danilo.
Um menino se aproxima dos dois, era Billy, estava tremendo.
— Posso ser da equipe de vocês? — perguntou com a voz trêmula.
As equipes foram formadas e se nomearam com nomes diferentes, cada uma. A professora parabenizou a todos por estarem participando e continuou.
— Leiam os livros e juntos construam uma peça teatral de acordo com a história. — Propôs Moure-Ann, com as mãos apoiadas na mesa esperando algo positivo.
As reações foram até que aceitáveis, teve aqueles que hesitaram um pouco, uns que adoraram e outros que ficaram no meio. Uma coisa que não se podia negar, era que os alunos pelo menos uma vez voltaram a ter algum interesse.
— A peça vai ser apresentada daqui a três semanas, não percam tempo. — A ruiva terminou, saindo da sala assim que o sino soou.
Os jovens se dirigiram para as outras salas ao passar das horas, o assunto com outros alunos de salas diferentes era a tal peça que cada grupo iria realizar.
O sol estava baixo, sinalizando que mais um dia de aula tinha chegado ao fim. Os alunos foram saindo da escola e indo para suas casas.
Nissarah e Danilo moravam um pouco perto um do outro e por isso sempre voltavam juntos para casa, mas Michelle, a amiga em comum dos dois não tinha ido hoje.
— Olha onde a gente foi se meter, Dani. — Disse Nissarah, olhando a capa do livro.
— Pelo menos o boy fí da fessora tá na nossa equipe, olha que coisa boa. — Sorriu.
— Vai catar coquinho, Danilo! — Gargalhou.
Os dois continuavam a andar em direção de casa por aquela estrada larga e muito povoada. Nissarah se arrependia a cada segundo de ter pêgo o livro. E Danilo por outro lado, amando a ideia.
Chegaram a alguns passos da esquina, mas Nissarah parou de andar e sentiu algo arrepiar sua espinha. O poste que tinha ali, próximo a virada chamou a sua atenção. Danilo estava a frente, cantando alguma coisa alto, estava inaudível.
— Danilo, para de andar e olha o chão! — gritou Nissarah.
— Quê? Que cão? — Percebe fios descascados jogados ao chão na sua frente. — Nissarah, girl... Quase que eu virava o super-choque agora. — Suspirou Danilo, tremendo e parado.
— Nem brinca com isso. — falou Nissarah, indo de encontro com ele. — Se cuida, você precisa prestar atenção nas coisas.
Se despedem. Uma pulga ficou mais uma vez atrás da orelha de Nissarah. Era complexo explicar essas ... Previsões que ela involuntariamente fazia.
Uma vez, Danilo e ela voltavam do centro como toda vez quando saiam. Porém, dessa vez, Nissarah quis fazer um outro caminho. No dia seguinte ficaram sabendo que no caminho de sempre tinha tido alguns assaltos.
O cheiro de sopa vindo da cozinha invadiu a sala. As narinas de Nissarah logo agarraram o aroma e o estômago roncou.
Estava sentada no sofá lendo o livro que pegou mais cedo. Enquanto lia o livro e a compartilhando partes interessantes com Danilo, pelo celular.
— Cheirinho bom! Chefe Geórgia, você está aprovada! — sorriu.
— hahaha! A mamãe aqui não é fraca na cozinha. — falou Georgia, trazendo um prato com sopa.
As duas começaram a conversar sobre a escola, na televisão, passava a novela das 21:30. A rua estava movimentada ainda, por causa da festa que estava acontecendo a algumas quadras dali.
— A professora nova de história se chama Mouri... Alguma coisa — Sorriu para a mãe, enquanto dava colheradas na sopa.
— Preciso conversar com essa professora e pedir o segredo da fórmula do interesse, né Nissarah? — indagou a mãe, trocando o canal da TV.
— A senhora sabe que eu me interesso, mas não esfrego na cara. — Disse a comedora de sopa.
Geórgia virou-se para responder a filha, mas foi interrompida pela escuridão que a casa havia tomado.
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Nissarah: Em Brixtia
FantastikNissarah mora em Brixtia, cidade não tão grande no lado sul do Brasil. Sua vida não foi tão normal como as outras, mas diante de um acontecimento, sua vida teve uma grande virada de chave. Ela e seus amigos vão ter que lidar com problemas na cidade...