Capítulo 04 - Victória Mancini

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Se eu estava brava com o Dante? Com certeza, porém quando eu escutei o que a coordenadora disse ao Dante, a minha raiva pelo Dante evaporou, dando lugar à uma raiva assassina direcionada à mãe do Túlio, ou melhor dizendo, à genitora

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Se eu estava brava com o Dante? Com certeza, porém quando eu escutei o que a coordenadora disse ao Dante, a minha raiva pelo Dante evaporou, dando lugar à uma raiva assassina direcionada à mãe do Túlio, ou melhor dizendo, à genitora.

Fico me perguntando como alguém tem coragem de colocar um filho no mundo e não ter o mínimo de carinho, zelo e amor pelo filho.

Toda vez que vejo e escuto histórias como as do Túlio e do Dante, lembro dos meus sobrinhos imediatamente, pois meus sobrinhos têm pais e mães amorosos, protetores, zelosos e bondosos e não digo isso apenas por serem da minha família e sim porque é a realidade.

E eu queria tanto que todas as crianças tivessem pais maravilhosos, mas sei que a realidade não é essa.

— Eu não sei se alguém já te disse isso, Dante, mas quero que saiba que você é um pai maravilhoso. - Digo, ao estacionarmos em frente à escola do Túlio.

— Obrigado.

— E não deixe que o Túlio o veja assim, transtornado, pois criança reconhece quando estamos tristes, felizes, bravos. - Falo.

— Eu queria proteger o meu filho de absolutamente tudo, Vic, mas eu sei que não é possível e isso me deixa maluco. - Fala, encostando a cabeça no volante. — Eu queria que meu filho soubesse o que é o amor de mãe, pois eu tive e é maravilhoso. Você deve estar pensando que ele tem a minha mãe e a minha irmã, mas ainda assim não é a mesma coisa.

— Quem sabe a mulher que vai roubar seu coração e do Túlio esteja perto de você? - Falo e por algum motivo, sinto meu coração acelerar ao imaginar outra mulher com o Dante.

Que caralho de homem! Como eu posso sentir alguma coisa em relação à alguém com o Dante, sendo que eu não tenho nada com ele?

Merda, merda, merda, merda!

— Nunca sabemos, não é mesmo? - O Dante fala, chegando perto de mim.

— O...que...o que você quer dizer com isso? - Pergunto, sentindo meu coração batendo à mil.

— Quero dizer que não sabemos o que o destino nos preparou.

— Dante...

— O que, principessa? - O Dante pergunta, intercalando o olhar entre minha boca e meus olhos, chegando cada vez mais perto de mim.

— Eu...eu... - Antes mesmo de eu terminar minha frase, alguém bate na janela e em questão de segundos, o Dante já está com a arma em mãos. — Vamos descer? - Pergunto, já abrindo a porta.

— Porra, Victória! - O Dante ralha, vindo até mim. — Nunca mais saia desse jeito, me entendeu? - Pergunta, praticamente gritando, segurando o meu rosto com as duas mãos.

— Sim. Vamos até o Túlio. - Falo, tentando sair o mais rápido dessa situação e quando menos espero, o Dante pega em minha mão e me leva com ele.

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