Maísa 🧿
Depois que a gente jantou eu arrumei as coisas da mesa e deixei a louça na pia pro Marcão lavar, mas quem disse, ele se mandou pro quarto e eu fiz o mesmo.
A semana foi praticamente a mesma de sempre, única coisa que Mudava era o Dantas me trazendo e levando todo dia, o que era um saco pois eu tinha muita fofoca guardada pra contar pro jota.
Hoje era sábado, eu saía do salão meio dia, graça a Deus, o Dantas já tinha vindo me pegar e agora a gente tava subindo o morro em direção a minha casa.
Maísa: vê se segunda não atrasa, você atrasou a semana toda-falei resmungando e entreguei o capacete a ele.
Dantas: pode deixar patroa Mirim- revirei os olhos e saí jogando o cabelo.
Era pra segunda feira o jota já está me levando, mas como os pontos do feio do Dantas infeccionou ele não ia poder fazer muita coisa então meu pai deu mais uma semana pra ele descansar de boa.
Eu entrei em casa e já fui direto pro meu quarto deitar, eu estava morta de cansada e tinha que descansar pro pagode mais tarde que eu ia com o jota, meu pai quase todo sábado sempre fazia baile ou pagode e eu me amarrava.
O jota era meu único amigo pra falar a verdade, eu não tinha muito contato com as meninas daqui porque nenhuma gostava de mim, todas me achavam nojenta por ser que eu sou e eu não fazia muita questão.
Depois do meu cochilo eu resolvi ir comer algo já que eu não tinha comido no almoço e logo após fui me arrumar, fiz uma maquiagem simples, eu amava maquiar os outros, mas em mim eu gosta do mais simples possível e quando eu terminei mandei mensagem pro jota vir me buscar e ele falou que já tava no pagode mas ia dar um jeito.
Marcão: tá achando que vai ir aonde magrela feia? - falou entrando no meu quarto, eu revirei os olhos e ele me deu maior Olhão.
Maísa: vou no pagode, vai me levar ou vai levar outra?
Marcão: tá a maior folgada achando que pode nessa bronca toda, bora lá Maísa ainda tenho outro corre pra fazer - sorri feliz e ele já foi descendo as escadas na minha frente.
Eu peguei tudo o que era necessário primeiro e depois desci indo em direção a moto dele que já tava na rua, meu pai reclamou da demora como sempre e deu partida até o pagode. Eu pensei que ele ia ficar mas ele só me largou lá e foi pra outro lugar que eu nem ousei a perguntar.
Eu vi o jota em uma mesa cheia de uns conhecidos e fui até ele abraçando por trás e ele perdeu a marra me beijando na cabeça.
Jota: visão, nojenta, nem manda mensagem pro cara.
Maísa: você também não, só porque não me leva mais pro trabalho fica se achando porque tá na boca- falei me sentando do lado dele.
Jota: ih, o pai tá naqueles pique, só essa semana umas dez vieram rendendo, quando o pai era moto-táxi da filha do patrão ninguém queria- ele falou na maior marra e a maioria que estava na mesa riu.
A gente ficou ali na nossa bolha conversando, o jota ficava fazendo drama falando que quando voltasse a me levar pro trabalho ia acabar a pose de encantador dele e as gatinhas não iriam mais querer, mas sinceramente era tudo caô porque ele é lindo e várias rendem pra ele de qualquer forma.
+4 comentários e eu solto cap novo
João Arthur (Jota), 22 anos