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Pete não entendia toda a desconfiança que Vegas sentia por sua mãe, era estranho sim ela ter ido embora e voltado como se nada tivesse acontecido, mas, Pete acreditava que ela teria uma boa explicação para isso, foi por causa desse pensamento de Pete, que ele e Vegas acabaram discutindo. Mesmo estando para baixo, Pete ainda saiu com sua mãe para o shopping, sempre quis fazer essa coisas com ela.

No shopping, eles foram ao cinema e depois tomaram sorvete. Agora, estavam caminhando pelo shopping, quando Kanya avistou uma multidão reunida ao redor de um pouco improvisado, a mulher pegou a mão de Pete e levou o mesmo até lá, Pete não contestou. Eles não conheciam essa banda, mas eles cantavam uma música um tanto animada, fazendo com que as pessoas pularem e dançarem. Pete descobriu neste momento que não gosta de estar entre tantas pessoas, sentiu-se a beira do desespero. Sua mãe olhava para o palco sorrindo, sequer ligando para a careta no rosto de Pete.

Quando chegou no refrão da música, todos pularam mais animados, Pete de repente já não segurava mais a mão da sua mãe e nem avistava ela. Olhou para todos os lados, procurando-a e não encontrou, sentiu o ar faltar em seus pulmões, as mãos transpirando e o coração batendo acelerado. Pete rodava por entre as pessoas, se sentindo cada vez mais perdido e com medo. Sentiu uma mão em seu ombro, achou ser sua mãe, mas, quando virou-se viu um homem desconhecido, ele trajava roupas pretas, uma máscara e um boné da mesma cor, impossibilitando que fosse possível reconhecer o seu rosto.

- Achei você - Pete não entendeu o que o homem quis dizer, mas, sentiu medo de sua fisionomia grande e suas palavras.

Pete engoliu em seco e tentou virar-se e sair andando, mas antes que pudesse dar um passo sequer, Pete sentiu um pano em sua boca e nariz, com um cheiro forte. Em alguns segundos, Pete sentiu sua visão ficar escura e o corpo perder a força total, quando deu por si, já estava entregue a escuridão total e acabou por cair nos braços de alguém, esse alguém era o desconhecido em meio a multidão.


Pete acordou com a cabeça levemente latejando, tentou se mexer, mas foi sem sucesso. Quando abriu os olhos, percebeu que estava amarrado em uma cadeira em um quarto com pouco iluminação, não tinha nenhum móvel além da cadeira onde Pete estava amarrado. Pete sentiu uma angústia em seu peito e os olhos começaram a querer transbordar, estava bastante assustado, também preocupado com sua mãe, ela sumiu na multidão e agora Pete apareceu aqui, onde estaria sua mãe.

- Socorro! Alguém me tira daqui! - Pete começou a gritar, mas não obteve retorno, escutou apenas o eco de sua própria voz.

Pete estava com muito medo, começou a pensar em Vegas e em quando ele o salvou daqueles homens, desejou que Vegas aparecesse para salvá-lo agora. Mas, mesmo que Vegas pudesse, o pensamento de Pete era que por estarem brigados, Vegas não viria atrás dele e nem o salvaria.

- Vegas, meu amor, me desculpa! Eu estou com medo! - Pete disse em um bom tom, como se Vegas estivesse ali para escutá-lo.

Vegas não estava, mas, alguém observava Pete do escuro, um homem de sorriso maldoso.

- Que nojento! - Pete escutou alguém se pronunciar, ainda em meio a escuridão, reconheceu a voz de um homem, fria e com ar de superioridade.

- Quem é você? Me tire daqui - Pete olhou para todos os lados atordoado, procurando pela pessoa.

- Prazer, sou o seu sogro! - Quando o homem saiu da escuridão e aproximou-se mais de Pete, o mesmo pôde identificá-lo.

O pai de Vegas.

O senhor Gun. Pete sabia que o pai de Vegas não era uma boa pessoa, mas nunca sequer cogitou que ele faria uso consigo mesmo.

- Por que está fazendo isso? - Pete questionou surpreso.

- Eu não vou te contar, claro - Gun disse - Mas, fique tranquilo, não vou te matar.

Se era para que Pete ficasse mais tranquilo, não funcionou, se tratando de Gun.

- Só vou mandar um videozinho para o filhão.

Depois Gun chamou um homem para entrar na sala, Gun falou alguma coisa com ele e em seguida o mesmo veio até Pete. O homem parou na frente de Pete e, quando menos esperava recebeu um murro no estômago, fazendo Pete se contrair na cadeira, depois o homem bateu no rosto de Pete, ferindo sua boca, Pete levantou o rosto e avistou Gun gravando com o celular.

- Vamos, Pete, mande um Oi para o seu namoradinho! - Gun aproximou mais o aparelho do rosto de Pete, no mesmo momento em que outro soco o atingiu, ferindo agora sua sobrancelha.

Pete levantou o rosto, mesmo temendo levar outro soco, quando a porta foi aberta novamente e por ela passou Kanya. O medo de Pete deu lugar a confusão.

- Mãe, me ajude! - Pete ainda pediu inocentemente, mas a mulher ficou em silêncio e apenas assistiu Pete apanha maisr do homem.

Mas, Pete não sentia mais tanta dor física, neste momento o seu coração doía muito mais.
Ele não reconhecia aquela mulher de olhar frio e maldoso.

- Ela não vai te ajudar, Kanya nem mesmo te ama - Gun revelou, fazendo o coração de Pete sangrar ainda mais.

- Mãe, isso é mentira, certo?

Kanya era uma mulher tão dissimulada, que não teve pena de Pete em momento algum.

- Não, não é.

Pete agora sentia vários sentimentos em seu coração, como a culpa por não ter acreditado em Vegas, ele nunca escondeu seu descontentamento em relação a mãe de Pete. Mas, Pete foi ingênuo e acreditou em tudo e ao mesmo tempo nada do que Kanya disse, ainda estava brigado com Vegas.




Enquanto isso, Vegas encontrava-se desesperado em busca de Pete, passou o dia todo procurando por pistas, ele mesmo foi ao shopping, fez uma limpa no prédio e assistiu as câmeras de segurança.

Vegas estava sentado no sofá da sala, com Nop ao seu lado, buscando o paradeiro de Pete no notebook, quando de repente o celular de Vegas vibrou. Ele pegou o aparelho no bolso e abriu a mensagem de um número desconhecido. Tinha um vídeo e uma mensagem. Vegas botou para assistir o vídeo e sentiu seu coração se apertar quando viu Pete recebendo vários socos.

A mensagem dizia "Quer o seu Pete de volta? Vamos fazer assim, uma morte por uma vida, mate o líder da família principal, Kinn, e você irá encontrar com seu Pete novamente, com sorte vivo!

Vegas sentiu o sangue ferver em suas veias, estava com muita raiva, ele nem mesmo precisou de identificação pra saber que aquele era o seu progenitor, o maldito a quem um dia Vegas quis orgulhar.

Então, cego de raiva e preocupação, Vegas levantou-se do sofá em um rompante, deixando Nop confuso com seus movimentos, Vegas então seguiu até a saída da casa, pegou o carro e dirigiu até a casa da família principal.

Quem ama protege, então Vegas daria sua vida por Pete e também mataria por ele.

Para que o seu garoto ficasse seguro.

Love in the midst of chaos - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora