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Nop e Arm conseguiram rastrear Gun através do número que ele usou para se comunicar com Vegas. O endereço era de uma área mais afastada da cidade, uma zona florestal, mas foi deduzido que ele não estaria longe dali, então procuraram mais e encontraram uma casa antiga, que a muito tempo não tem moradores.

Eles planejaram invadir a casa essa noite, Vegas, Kinn, Porsche, Nop e mais alguns subordinados iriam nessa missão, essa que não poderia falhar em hipótese alguma.

Agora mesmo, eles dirigiam até o local, Vegas estava em um carro com Nop, Kinn e Porsche, enquanto o restante seguiam em mais dois carros. Vegas sabia que Gun não tinha muitos subordinados, pois foram poucos os que foram com ele, quando o mesmo fugiu, então eles tinham uma chance grande de executar seu plano com sucesso.

Decidiram parar um pouco mais afastado da casa e seguir a pé, se fossem de carro tudo já começaria a dar errado. Vegas e Kinn repassaram o plano mais vez e depois começaram a caminhar floresta a dentro até avistar a casa.

Na frente da casa já podia se ver dois subordinados, Vegas que empunhava uma metralhadora com silenciador, derrubou os dois e foi a passos lentos até a porta de entrada. A mesma não estava trancada, Vegas apenas empurrou com o pé, podendo ver uma sala vazia e escura, com a pouca iluminação de uma iluminaria que piscava constantemente no teto, deixando o lugar com um aspecto sombrio.

Vegas subiu as escadas, enquanto os outros ficaram vasculhando lá embaixo e vigiando caso aparecessem mais subordinados de Gun. Vegas seguiu pelo corredor que assim como a sala tinha uma iluminação miserável, ele aponta sua arma para todos os lados, ao escutar o mínimo barulho que fosse. Todas as portas que encontrava, Vegas abria e verificava lá dentro, já estava ficando sem paciência por ainda não ter encontrado Pete em nenhum lugar.

Mas, uma luz no final do corredor chamou sua atenção, Vegas prendeu a respiração e segurou firme sua arma, andando até lá na ponta dos pés, não querendo fazer muito barulho. Ao chegar perto da porta, empurrou a madeira de leve e olhou para dentro, procurou e achou. Gun estava sentado em uma poltrona, de costas para a porta, bebendo um bom Whisky. Vegas sorriu maldoso, poderia apenas atirar logo e acabar com isso, mas pretendia tornar isso o mais torturante possível.

Vegas abriu a porta o suficiente para que pudesse passar, o mesmo adentrou a sala sorrateiramente e aproximou-se de Gun, mirando sua arma mesmo na cabeça dele.

- Posso beber um Whisky com você, papai? - Vegas disse, entre dentes, era perceptível a raiva em sua voz.

O mais velho sorriu ardiloso, não sentindo medo em ter uma arma apontado em sua cabeça.

- Claro, mas antes me diga, você fez o que eu pedi? - Gun perguntou se levantando da poltrona e virando-se para encarar Vegas, o mesmo acompanhava seus movimentos com a arma.

Vegas ficou em silêncio e Gun riu.

- Não, você não fez - Gun tomou um gole do seu Whisky e sorriu com ironia - Eu conheço o filho que eu tenho, sei que você é apenas um covarde.

- Eu vou te matar ao invés disso - Vegas ameaçou.

- Faça isso, deixe de ser covarde ao menos uma vez - Gun pousou o copo sobre a mesa e começou a se aproximar, encostando seu peito no cano da metralhadora - Vamos, acabe logo com isso!

Gun gritou, pedindo que Vegas o matasse logo. Mas, Vegas não queria que ele morresse assim tão fácil, o mesmo queria descontar toda a sua raiva nele. Então, Vegas usou a arma apenas para atingir a cabeça de Gun, este que cambaleou para trás.

Vegas jogou a arma de lado e partiu para cima dele, o jogando no chão e começando uma sessão de golpes no seu rosto, descontando toda raiva que estava sentindo e não ligava que aquele fosse o seu pai. Os socos eram tão fortes e certeiros, que logo o rosto de Gun ficou ensanguentado. Mas, em algum momento, Gun conseguiu trocar de posição com Vegas, prendendo-o no chão e começando socar seu rosto, Vegas usava seus braços para se defender, os colocando na frente do rosto. Gun conseguiu segurar o pescoço de Vegas e começou a enforca-lo, Vegas logo sentiu falta de ar e o seu rosto ficou vermelho. Gun sorria sádico, satisfeito com o que estava causando, então aproveitou a fragilidade de Vegas e saiu de cima dele, correndo pra fora da sala.

Vegas ainda permaneceu no chão, tossindo e tentando recuperar o ar, quando conseguiu, pegou a arma que largou antes e correu para alcançar Gun. Mas, acabou por encontrar uma outra pessoa no corredor, Kanya. A mesma parecia desesperada com aquela situação, era visível o medo em sua face. Vegas sorriu um tanto diabólico e começou a se aproximar da mulher.

- Olha só o que temos aqui - Vegas disse em um tom de diversão, fazendo a mulher se assustar mais ainda ao perceber sua presença - Feliz em me ver?

Vegas ficou próximo o bastante a encurralando na parede.

- Vejo no seu rosto que estava tão ansiosa quanto eu por esse encontro - Vegas levou sua mão até o pescoço da mulher e pressionou, fazendo o mesmo que o seu pai fez minutos antes.

- Por-por favor! - A mulher pediu com a voz por um fio.

- Você tem sorte, eu não vou te matar, apenas por causa de Pete, mas não vou deixar que saia ilesa.

Dito isso, Vegas puxou uma adaga e perfurou a barriga da mulher, os olhos da mesma dobraram de tamanho e a sua face se formou em uma careta de dor.

- Eu vou deixar a faca, caso você mesma queira acabar com a sua vida miserável - Vegas disse entre dentes, forçando mais a lâmina na barriga da mulher, fazendo-a gemer mais ainda de dor.

Nesse mesmo momento, Kinn chegou correndo no corredor e arregalou os olhos ao ver a cena, ele sabia que Vegas era cruel e impiedoso, mas nunca viu com seus próprios olhos.

- Vegas! - Kinn o chamou.

Vegas olhou para Kinn e afastou-se da mulher.

- Fique de olho nela, eu vou atrás de Gun, você o viu?

- Eu não o vi.

Vegas assentiu e saiu, deixando Kinn e a mulher para trás.

Vegas teve que vasculhar todos os cômodos outra vez, em busca de Gun e não o encontrou em lugar algum. Foi quando sentiu seu celular vibrar, pegou o aparelho rápido e viu o nome Nop brilhando na tela. Assim que Vegas atendeu, Nop disparou um tanto desesperado:

- Sr. Vegas, ele esta no telhado... com Pete... ele tem uma arma -

Dentre tudo o que Nop disse, Vegas só conseguiu escutar claramente o nome de Pete, mas, não deixou de se atentar ao fato de que ele corria muito mais perigo agora.

Enquanto corria em direção ao telhado, o nome de Pete se repetia várias vezes em sua cabeça. Teria que salvá-lo agora ou nunca... se não saísse com Pete vivo daqui hoje, Vegas nem mesmo se permitiria sair vivo também. Mesmo com seus defeitos que não eram poucos, Vegas amava Pete da maneira mais intensa e verdadeira possível e viver sem ele já era algo que Vegas não conseguia nem mesmo pensar.





NT| Não sou boa com cenas de ação, eu mesma não gostei do resultado, mas, espero que vocês gostem.
Quando eu estiver com bastante tempo livre, vou revisar esse livro e melhorar alguns capítulos.
Porque meus dias estão bastante corridos, então eu quero finalizar as duas histórias logo, para não deixar vocês na mão e não me deixar na mão também.

Love in the midst of chaos - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora