Love in the midst of chaos - VegasPete

11

Na noite passada, Pete acabou por dormir no quarto de sua mãe, e Vegas dormiu abraçado ao travesseiro. Agora, pela manhã ele foi para o escritório, trabalhar. Mas, assim que entrou no mesmo, viu Kanya dentro, ela segurava uma bandeja com uma xícara de café sobre e tinha um sorriso nervoso nos lábios.

- O que faz aqui? - Vegas perguntou, sem se importar se estava sendo educado ou não.

- O Pete me pediu que trouxesse um café para você, ele me disse que você não come nada pela manhã.

Vegas não acreditou em nada do que ela disse.

- Então já pode sair.

A mulher assentiu envergonhada, pôs a bandeja sobre a mesa e saiu. Vegas não bebeu, poderia ter veneno dentro.

Vegas sentou-se em sua cadeira e começou a ler uns papéis que Kinn o enviou. Um tempo depois, Vegas escutou batidas na porta, pediu que entrasse. Quando levantou a cabeça, avistou Pete.

Pete aproximou-se dele e sentou- se na mesa, na sua frente.

- Esta bravo comigo? - Pete segurou as mãos de Vegas entre as suas.

- Não.

- Então, olhe nos meus olhos e diga - Pete pediu a Vegas que olhava para o lado.

- Eu não estou - Vegas disse olhando nos olhos de Pete, mas ainda tinha uma carranca no rosto.

- Me dá um beijinho? - Pete pediu, fazendo um biquinho com os lábios e aproximando o rosto ao de Vegas.

Vegas não aguentou a fofura que Pete exalava fazendo biquinho, mas ele não beijou, Vegas mordeu o lábio de Pete.

- Ai - Pete resmungou passando a mão na boca - Isso foi uma vingança?

- Foi - Vegas admitiu com um sorriso - Agora vem cá!

Vegas puxou Pete para o seu colo e o abraçou, ficando assim por um tempo bom, até que os olhos de Vegas recairam sobre a bandeja que Kanya trouxe.

- Você me mandou um café, amor? - Vegas perguntou, com a cabeça apoiada no ombro de Pete.

- Não - Pete respondeu um tanto confuso - Por que?

- Por nada - Vegas deixou o ombro de Pete e aproximou-se do seu rosto, acariciando sua boca com os lábios.

Para fazê-lo esquecer esse assunto e também porque queria muito um beijo seu, Vegas colou seus lábios aos de Pete, enfiando sua língua na boca dele e explorando sua boca, por mais que não fosse a primeira vez, Vegas nunca ficaria cansado dos lábios dele e do próprio Pete em si.

- Eu vou ao shopping com a minha mãe, ela quer muito sair comigo - Pete disse ao terminar o beijo, o corpo de Vegas ficou rígido.

- Você não acha perigoso? - Vegas trincou o maxilar, encarando Pete sério.

- É a minha mãe, Vegas - Pete soltou uma risada desacreditado - Que mal ela poderia me fazer.

- Pete, ela foi embora sem te explicar nada, agora ela volta sem explicar porra nenhuma também - Vegas exclamou, sentindo a raiva ferver em seu sangue - Eu simplesmente não confio nela.

- Ela não está preparada pra falar sobre isso, Vegas, temos que entender isso - Pete se levantou do colo de Vegas.

Ambos já estavam estressados.

- Não seja bobo, Pete, ela está te enganando.

- Você pode provar isso? E, por que ela estaria me enganando? - Pete cruzou os braços.

- Não precisa de provas, Pete, tudo isso é muito estranho, só você não percebe - Vegas segurou Pete pelos ombros e falou exasperado - Só confia em mim, porra!

Vegas não era muito bom em controlar sua raiva, não era bom em controlar qualquer sentimento que fosse. Por isso acabou gritando com Pete, era o que ele nunca queria fazer com Pete.

- Não grita comigo - Pete sentiu um bolo na garganta, queria chorar, sua cabeça estava uma confusão.

Então, Pete achou melhor sair logo dali antes que as coisas só piorassem. Pete tirou as mãos de Vegas de si e saiu do escritório. Vegas apoiou-se em sua mesa, bagunçando seus fios de cabelo, frustrado.

Aquela mulher estava causando confusão na cabeça de Vegas e no relacionamento dele com Pete.

Vegas pegou seu celular e discou o número de Nop, que logo atendeu.

- O Pete vais sair com Kanya, vá com eles - Vegas deu a ordem - Não tire os olhos deles nem por um minuto, eu não confio naquela mulher.

- Sim, Sr. Vegas, pode deixar - Nop concordou e Vegas encerrou a ligação em seguida.

Vegas ainda ficou no escritório, mesmo não conseguindo mais se concentrar, pois não parava de pensar em Pete e em tentar entender o que aquela mulher estava tramando.

Algumas horas depois, quando Vegas finalmente conseguiu se concentrar um pouco, sua porta foi abruptamente aberta por Nop.

Vegas olhou para Nop apreensivo, esperando que que falasse algo.

- Sr. Vegas, eu sinto muito - Nop abaixou a cabeça, evitando olhar para Vegas.

- O que houve, Nop? - Vegas levantou-se e deu a volta na mesa, parando na frente de Nop.

- Eu os estava seguindo no Shopping, assim como o senhor pediu, mas derrepente os perdi de vista - Nop confessou ainda de cabeça baixa.

- Como isso aconteceu Nop? Eu te pedi que não tirasse os olhos deles.

- Eu fiz isso, só que estava tendo um show ao vivo lá, eles entraram em uma multidão de pessoas e eu não consegui mais vê-los.

- Porra, porra, porra! - Vegas pegou a primeira coisa que encontrou sobre sua mesa e rebolou na parede, sentindo uma raiva crescente em seu peito - Eu sabia, aquela maldita levou ele.

- Eu sinto muito, Sr. Vegas - Nop voltou a dizer, temendo o pior, Vegas não era uma pessoa muito piedosa quando estava com raiva.

- Sai da minha vista, Nop, só volte aqui quando souber de algo útil - Vegas não queria descontar em Nop, ele não tinha culpa, então ordenou que ele saísse logo.

Nop assentiu e saiu do escritório, sentindo o ar voltar aos seus pulmões quando pisou em um ambiente sem o Vegas.

Vegas estava possuido de raiva e preocupação, acabou fazendo um estrago em sua sala, jogou tudo no chão, como se isso fosse trazê-lo de volta ou até mesmo acalmar seu coração agoniado. Mas, o que mais afligia o coração de Vegas, também, era o fato dele e Pete estarem brigados quando isso aconteceu, ele nem mesmo pode dizer que o amava, e agora nem sabia onde Pete estava. Deveria o ter agarrado em seus braços e não tê-lo deixado sair. Mas, Vegas faria de tudo para encontrar Pete, o seu amor por ele seria o seu combustível, Vegas seria capaz de dar sua vida e matar, algo que ele fazia sem piedade alguma, por Pete. Porque ele o amava, tanto que chegava a doer agora.

NT| Eita, eita, preparem os corações, menines!