Cap 10; Pesadelo

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Publicando pra dizer que não abandonei essa estoria e espero que vocês ainda queiram ler ela 🥹.

O último capítulo já está escrito e pretendo publicar ele antes do fim das minhas férias.

É isto, espero que gostem.

X

      OS FLOCOS DE NEVE caíam graciosos sobre a janela de madeira, era dia doze de janeiro e Zayn completava doze anos, ele estava feliz, de fato estava, seus aniversários costumavam ser a melhor época do ano, e ele tinha acabado de ganhar seu tão sonhado carrinho de bombeiro, havia pedido aquilo para o papai Noel, mas talvez tivesse se perdido no caminho e só chegado agora, e ele entendia completamente, afinal papai Noel era um velhinho muito ocupado.

      O garoto de bochechas rosadas e casaco vinho corria pela neve entre o bosque com seu melhor amigo, ele era um adulto, mas Zayn não ligava para aquilo, até porque no fundo o achava um tanto imaginário, pois apenas ele parecia o ver, nem se quer sabia o seu nome ou se lembrava de todas as brincadeiras e de como o havia conhecido. Um tronco de árvore foi alcançado por si em alguns minutos de corrida, seu amigo corria atrás de si, mas de repente toda aquela neve branca e macia se tornou escura e pegajosa, o frio agradável de antes virou congelante como um iceberg, a sensação úmida era desconfortável a pele e o cheiro salino irritava o nariz. Abruptamente o moreno abriu os olhos e focou onde realmente estava, e não era há doze anos no passado.

— Ele acordou - Uma voz inesperada soou no ambiente, aquilo assustou Zayn, tentou se mover, mas as cordas que o prendiam a cadeira de ferro se quer facilitavam apertar as juntas presentes nos dedos das mãos — Oi - O ser loiro sorriu com seus dentes pontudos, afiados e completamente ensanguentados.

— O que? - O local frio e mal arejado se apossou da visão do moreno, a cada canto que olhava via somente as paredes cobertas por limo, as quais só eram possível de ser visualizadas por conta das frestas de luz vindas do esburacado teto — O que querem comigo?

— Nada muito importante - Algo pontudo e áspero se deslisava pelo pescoço magro e de veias saltadas do ainda humano ali — Você sabe onde Liam se esconde?

— Se eu não te disser você vai me matar?

— Você vai morrer de qualquer jeito, mas se você me disser eu posso te matar o mais rápido e indolor possível - Apanhou a cadeira para que pudesse ficar na altura que Zayn estava sentado — Mas se você não me contar... dai então eu e todos aqui - Apontou para os cinco vampiros ao redor da cena — Vamos te drenar aos pouquinhos, cada parte do seu corpo de canudo, te garanto que vai doer muito  - Rasgou uma parte da pele presente no pescoço, o sangue escorreu por ali, prontamente lambeu o líquido plasmático viscoso de forma obscena, era doce como caramelo e viciante como cocaína, provavelmente o melhor que já tinha provado — E então, o que me diz?

— Não - Zayn disse, olhos amarelos como o sol, travou o maxilar, a raiva, o medo e o desespero tomavam conta do seu corpo, mas não deixaria o semi difunto ali presente saber, por mais que ele já o farejasse.

— Ótimo. Teremos jantar para hoje - O loiro se ergueu brusco da cadeira, era sarcástico enquanto se equilibrava até um outro vampiro para lhe dar uma ou duas ordens a respeito do vivo ali.


         LIAM NUNCA NEGOU UM PEDIDO DE AJUDA, ele nunca se quer negou um confronto por algo que acreditava ou amava, aquele era o restinho do seu lado anjo gritando dentro da escuridão da alma corrompida pelo veneno demoníaco de Victoria, e foi aquilo também que o levou até onde estava. Harry a sua frente chorava descontrolado, lágrimas gordas quando finalmente a ficha caiu a respeito de tudo que tinha acontecido no covil dos vampiros, o qual descobrira a pouco menos de vinte minutos o que era.

Yin Fen - Ziam VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora