O guardião do Conde (Livro Dois )

Ravy e Galany

A cerimônia foi um sucesso, todos os Elfos e as criaturas do reino de Algantar agora conhecia seu príncipe . E todos falavam entre si como ele era bonito e ao mesmo tempo cheia de vitalidade, uns diziam que lembrava a rainha Galany quando era pequena, outros falavam que lembrava o rei seu avô.Mas havia um pequeno grupo de elfos que não gostaram muito do novo príncipe e tinha uma adoração particular pelo outro irmão , e Galany sabia disso ninguém ousava dizer o nome do outro irmão , aquele por ordem da rainha, não podia ser mencionado. Todos do reino de Algantar não podiam mais falar no nome do irmão gêmeo de Gulf . Alastar . 
Ravy ficou tempo todo ao lado de sua rainha, mas por dentro ele não tirava uma coisa da cabeça. Queria dizer seus sentimentos a rainha o quanto ele a amava a mais de 300 anos, quando Galany conheceu o pai de Gulf, ele já não queria mais esperar e decidiu aquela noite tão especial em se declarar para Galany.Ravy tinha encontrado a rainha perto da pequena cachoeira no palácio, a rainha estava em seu lugar preferido, depois de ter se despedido dos convidados e deixado seu filho e seu genro sozinhos.
- Ravy a noite esta tão bela, não acha ?
Galany estava olhando para o céu estrelado, nunca tinha visto o céu a noite tão bela como naquele dia. E a rainha aproveitou o clima da lua e ficou admirando o céu estrelado.
- Sim minha rainha, esta muito bela, tão bela igual a soberana com todo respeito.
Galany sorriu dirigindo o olhar para o elfo guardião, percebeu que aquele belo elfo tremia e não conseguia desviar o olhar dos dela.
- O que te preocupa meu guardiao ?
Ravy se surpreende com a pergunta da rainha, como se ela pudesse ler seus pensamentos e o elfo ficou olhando para o teto de luz e folhas feitas em pequenas ondas que brilhavam junto as pedras preciosas. Na verdade Ravy estava tomando coragem para se declarar. Horas ele ficava olhando para sua rainha e ela sorria esperando ele dizer alguma coisa. Mas Galany notou o nervosismo do guardião e perguntou.
- Ravy nunca vi você falar de amor, ou que quisesse se casar, em seu coração não há uma bela elfa ?
Galany encarou o elfo e ela sabia que o guardião tinha sua beleza. O rosto de Ravy era de um rei, um guerreiro herói daquelas fabulas antigas que se contava por ai. Tinha uma beleza curiosa seus olhos de um verde intenso, os longos cabelos loiros tao loiro que emoldurava seu belo rosto. Ele era mais alto que a rainha que as vezes ela precisava ficar nas pontas dos pes. Ela deu um sorriso gentil a ele, e Ravy sorriu novamente e respondeu.
- Não encontrei a elfa que pudesse balançar meu coração e me fizesse parar de respirar com tantas dores de amor. Sua rainha sorriu se aproximou dele olhando fundo em seus olhos e disse.
- É um belo elfo Ravy qualquer elfa seria sortuda em ter você como marido. - Obrigado pelo elogio rainha, mas desculpa minha audácia tenho que ser sincero com minha soberana eu... eu tenho sentimentos por uma bela elfa a uns 300 anos não consigo deixar de amá-la.
- Ravy eu sei, eu sempre soube.
- E minha soberana, me desculpa eu me sinto um tolo.
- Meu guardião, não se sinta envergonhado por isso, es um belo guerreiro, sempre te admirei mas eu fui muito incencivel com você por não perceber seus sentimentos por mim.
- Então a soberana sempre soube ?
-Sim!
- Então eu...
Ravy se calou com aproximação inesperada de sua rainha. Galany se inclinou e ambos se olharam até que a rainha se ergueu nas pontas do pé para beija-lo. Seus lábios tocaram os lábios do elfo e seu sangue começou a latejar com o toque macio dos lábios da rainha.

No quarto dos noivos.
Depois de Gulf tomar um banho ele colocou um pijama um pouco sensual . Mas ele não queria usar o tal pijama que mais parecia uma roupa de fetiche de Bdsm, com uma tanga roxa, ele se olhou no espelho do banheiro e riu em desgraça ao ver  e não gostou do que viu.
- Isso esta tão brega, eu não vou usar isso na minha primeira noite com meu marido, por que raios mamãe me deu esse pijama horrendo ! O pijama era em tons vermelho com rendas em branco, e a tanga roxa era feita das mais belas linhas das Fadas de Algantar. Galany disse que Gulf precisava usar o tal pijama sensual para a noite de nupcias, mas quando ele vestiu não gostou alem que estava coçando toda sua pele deixando bolas vermelhas em seu peito.
- Droga esta ardendo , que coceira .
- Amor você esta bem ? Posso entrar ? - perguntou Mew do outro lado da porta.
- Não amor, por favor não entre, eu não estou pronto.
- Tudo bem então, eu vou lá na cozinha já volto.
- Ok, vai ! Merda e agora eu to ficando toda empolado. Gulf não aguentando mais tirou a roupa e percebeu que o tal pijama estranho tinha um efeito alérgico , seu corpo todo estava com bolas vermelhas que se explodiam, aquilo só podia ser um pesadelo.
- Droga, isto esta muito feio, eu não posso ter minha noite de lua de mel assim, ele vai me achar horroroso, mamãe o que eu faço ?
Gulf se enrolou no roupão e ele nem podia colocar outra roupa, pois as bolas de pus que estouravam fazia arder, ele mal conseguiu colocar o roupão sem gemer de dor.
- Meu deus, isso é um castigo só pode, ansiava tanto por essa noite, e não vou poder me entregar para ele, depois que Mew se tornou um fada, ele me respeitou e entramos em um acordo de só voltarmos a fazer amor depois que nos casarmos, droga e agora!
- Amor voltei !
- Droga e agora, ele não pode me ver assim.
- Gulf ! Posso entrar ?
- NÃO ! - Que foi Gulf, deixa eu entrar ?
- Não! Vá embora Mew por favor.
Mew não entendeu o porquê Gulf não deixou ele entrar, ele ficou preocupado e insistiu. - Amor fala comigo, o que aconteceu, porque não posso entrar ? Gulf ligou a banheira e esperou em menos de dois segundos a banheira se encheu de água, uma água rosada com espumas surgiu ali como magica, tinha um aroma agradável, sem pensar ele tirou o roupão e pediu que Mew esperasse, então ele destrancou a porta e entrou rapidamente na banheira. Mew entrou no banheiro e viu o pijama vermelho jogado no chão junto ao roupão e viu ele deitado abraçado aos seus joelhos chorando na banheira.
- Gulf ! O que foi, porque esta chorando ?
- Não me olha, eu ... eu estou horrivel .
- Espera amor, como assim, deixa te ajudar o que foi ?
Os olhos de Gulf se voltaram para Mew em silêncio ele levantou o braço direito e Mew viu as bolhas vermelhas em sua pele, ele notou que havia as mesmas bolhas em seu peito perto do pescoço e nas pernas.
- O que é isso Gulf, você esta cheio de bolhas.
- Eu não sei o porque, minha mãe deu esse pijama para eu vestir na nossa noite de nupcias e quando vesti, minha pele começou a queimar e essas bolhas apareceu. Esta doendo Mew.
Gulf inclinou a cabeça no peito de Mew chorando de dor, ele não sabia o que fazer para aliviar a dor que ele sentia.
- Calma amor, tenta se levantar, eu vou chamar sua mãe, ela pode resolver isso .
- Não Mew, esta doendo muito, chama ela aqui, pode chamar, eu não vou sair daqui. Mew nervoso saiu do quarto a procura da rainha, ele estava nervoso preocupado porque um simples pijama tinha feito aquilo com Gulf.
Mew correu por todos os lados a procura da rainha, até que viu Ravy e ela conversando em uma cachoeira dentro do palácio, Galany viu o genro correndo em direção a eles e perguntou.
- O que aconteceu Mew ?
- Galany, seu filho aconteceu alguma coisa com ele, ele esta todo vermelho com bolhas pelo corpo e não se aguenta de dor.
- O que ? mas... vamos lá me leva até ele.
Galany, Mew com Ravy foram até o quarto dos noivos e quando Galany chegou no banheiro vendo o filho encolhido na banheira, ele viu o pijama e todo resto da roupa íntima e achou estranho.
- Filho você vestiu isso ?
- Sim mãe, você me deu não lembra ?
- Não Gulf eu não te dei esse pijama , eu dei sim um presente de casamento a vocês dois, mas não foi isso.
- O que, como assim, o cartão que eu recebi dizia seu nome mamãe.
- Filho eu não dei esse pijama.
- Droga! O que esta acontecendo ?
- Alguém quer envenenar o príncipe - disse Ravy olhando para Mew.
Gulf estava com dores na pele, ele mal conseguia se levantar, então Galany pediu que Mew e Ravy saíssem por uns minutos. A rainha pegou algumas folhas e uma pasta especial e jogou na água da banheira, com algumas palavras em linguagem elfico antigo. Galany estava curando as bolhas do filho, enquanto ela fazia a mágica acontecer ela perguntou a Gulf quem foi que deu o pijama.
- Ninguém me entregou mãe, encontrei em cima da minha cama embrulhado com seu nome em um cartão.
- Você ainda tem o cartão ?
- Sim esta ali na pia.
Galany depois de passar as folhas e deixar em contato na água, ela foi até a pia e viu o embrulho com um papel, umas linhas com garranchos tortos escrito em seu nome. Ela no momento percebeu do que se tratava.
- Não escrevi isso Gulf, mas acho que sei quem foi, tentaram te envenenar com uma peça intima na sua lua de mel, e sei quem foi.
- Quem mamãe ? Quem tentou me matar ?
-Os elfos negros meu filho, os escravos de Allastar.

Até o próximo capítulo pessoal.