𝙛𝙤𝙪𝙧

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ᴘᴏᴠ's ɴᴇᴡᴛ

SAI MINHO! — ouço o grito de Liz e assisto ela correndo de Minho e ben.

Já faz um mês que Liz chegou, e praticamente tudo mudou, afinal, temos uma criança aqui. Fizemos uma rotina pra ela, pra nao ficar desregulado, ela acorda, fica com algum dos clareanos nas tarefas, almoça, brinca, depois toma banho, janta e dorme. Se ela não seguir isso, fica sem brincar.

Hoje ela ficou com os corredores, óbvio que não deixamos ela entrar no labirinto, nem chegar perto, - ela só chegou perto uma vez, para escrever o nome dela no muro - mas quando eles voltam pra comer, ou algo do tipo, eles ficam com ela.

— Tá na hora do almoço pirralha! — diz Gally, por incrível que pareça, ele trata ela bem.

— TO COM FOME. — grita.— ME SOLTA MINHO! — tenta sair do colo do asiático que apenas ria.

— Vamos lá! — ele corre com ela até o refeitório, sorrio e sigo eles.

Chegando no refeitório, vejo Liz já comendo, pego meu prato e me sento na mesa em que eles estão.

— Oi loirinho! — a garotinha sorri pra mim.

— Oi loirinha! — sorrio. — correu bastante? — pergunto rindo.

— Sim! Consegui passar o ben e o Minho de uma vez só. — ela diz animada.

— Foi só uma vez. — ben resmunga.

Terminamos de comer, Minho e ben voltaram para o labirinto. Liz ficou brincando no meio da clareira, onde conseguimos ficar de olho nela, e eu voltei para horta.

[...]

Já estava quase na hora de acabarmos as tarefas, Minho e ben estavam saindo do labirinto. Liz, ainda estava brincando.

Até que ouvimos o barulho da caixa subindo, como já faz um mês que Liz chegou, esse mês tem que chegar um fedelho novo.

Fomos todos em direção a caixa, olho na direção que Liz estava e vejo ela vindo até nos.

— Não è pra ir ali Liz! — Gally pega no braço da pequena e a puxa pra um pouco mais longe da caixa.

— Eu quero ver! — ela retruca e o mesmo a pega no colo e se aproxima.

A caixa abre dando a visão de um garotinho, gordinho, cabelos cacheados, pele clara. Devia ter uns doze ou treze anos.

— Ei gente! È um gordinho. — Gally diz rindo acompanhado de alguns clareanos.

— Cala a boca trolho! — falo.

— Vem garoto! — alby o chama, puxamos o menino pra fora da caixa e outros clareanos pegaram os suprimentos. — Como você chama?

— E-eu não lembro. — ele faz uma cara assustada.

— QUE?! Como assim você não lembra o seu nome?!?!?! — Liz diz chocada, olhamos pra ela a repreendendo. — desculpa. — deita a cabeça no ombro de Gally.

— Liz! — alby a repreende. — Fica tranquilo fedelho, isso è normal aqui, alguns lembram, outros não. Daqui alguns dias você deve lembrar, ou até hoje mesmo. — O garoto assente. — Bom, eu sou o Alby, líder daqui.

— Newt. — sorrio pro menino.

— Gally. — ele diz sério e seco.

— Minho. — o asiático continua com sua cara de bravo e braços cruzados.

— Ben. — o loiro sorri.

— Esqueceram de mim?! — Liz resmunga. — Eu sou a Liz! — ela diz animada fazendo nos rirmos.

— Newt vai te levar pra conhecer a clareira, o resto vai tomar banho e ajudar a montar a fogueira, até mais fedelho. — Alby diz e sai.

— Eu faço o que? — Liz diz. ela me olha.

— Vai tomar banho! Vou te ajudar, tem que estar bem bonita pra fogueira. — Minho diz pegando a menina dos braços de Gally.

— Verdade! Vamos. — ela diz animada e logo Minho sai, Gally segue os dois e ben faz o mesmo.

— Bom, fedelho... — começo a andar e o mesmo me segue. — aqui è a clareira, onde você vai morar a partir de agora.

Apresento o lugar todo pro garoto, falo como as coisas funcionam e as regras.

— Quem era aquela? — ele pergunta e eu o olho confuso. — a menina pequena, loira...

— ah, è a Liz. — sorrio.

— Ela não è muito nova pra estar aqui? — ele diz

— È! Mas não somos nós quem escolhemos pra mandar pra esse lugar, nem sabemos quem nos mandou pra cá. — sorrio fraco. — Mas enfim, vamos lá dentro pra você tomar banho, jaja começa a fogueira.

— fogueira? — ele me olha confuso.

— Fazemos isso toda vez que um novo fedelho chega, tipo uma festa, e dessa vez è pra você. — falo e ele assente.

Andamos até o dormitório, entramos e tinha poucas pessoas, alguns clareanos tomando banho, outros apenas conversando, Liz estava sentada na rede desenhando.

Ela já estava de banho tomado, vestindo um shorts preto e uma blusa rosa, seu cabelo estava em um penteado torto, que a deixava mais fofa.

— Oi! — o fedelho diz chegando perto de Liz que nos olha e sorri.

— Oi! — ela me olha. — Newt vai tomar banho! Eu já tomei o meu. — chego perto da mesma e cheiro seu pescoço.

— Tá cheirosa. — ela sorri assentindo e volta a atenção pro desenho.

— pode ir tomar banho primeiro,quando sair, eu vou. — o garoto assente e caminha até o banheiro.

[...]

— Quer? — ofereço suco a chuck que pega.

Sim, ele lembrou o nome dele.

— Obrigado. — ele sorri.

— NEWT, ME AJUDA! — escuto o grito de Liz, olho em sua direção e vejo Ben fazendo cosquinha nela.

— A criança vai morrer de tanto rir. — Minho diz olhando a cena.

— Quer brincar chuck? — Liz diz indo até o garoto, logo após ben a colocar no chão.

— Não sei...— diz chuck.

— Vai lá cara. — falo, chuck se levanta sorrindo e Liz pega não mão dele.

— Não vão longe! — diz Alby.

— TÁ BOM! — escutamos o grito de Liz.

Eles vão pra um canto, mas que mesmo assim nos conseguimos ver os dois.

[...]

— a não newt. — Liz resmunga.

— você tem que dormir! — falo com ela no colo.

— mas eu quero brincar mais. — ela me olha.

— Amanhã voce brinca mais, agora vamos dormir. — falo.

Já está tarde, todos já foram dormir. Ando com Liz nos braços até o dormitório, em silêncio, deito ela em sua rede e me deito com a mesma, sei que ela iria me pedir isso. Começo a fazer carinho em seus cabelos e logo sinto sua respiração leves

𝙖 𝙥𝙧𝙞𝙢𝙚𝙞𝙧𝙖 𝙚 𝙪𝙣𝙞𝙘𝙖 𝙘𝙧𝙞𝙖𝙣𝙘̧𝙖 𝙙𝙖 𝙘𝙡𝙖𝙧𝙚𝙞𝙧𝙖Onde histórias criam vida. Descubra agora