O orfanato

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•Pov narrador•

Tokito se lembrava perfeitamente da missão em que Mitsuri havia acolhido Yukime.

Ele tinha acabado de terminar sua primeira missão do kisatsutai, ele estava andando sem rumo quando viu a koibashira e acabou ficando com ela em sua missão. Era algo sobre uma lua inferior, mas a pilar do amor não estava conseguindo sentir a mínima presença de um oni.

Ela achou um senhor idoso, sua filha disse que seu pai havia enlouquecido após perder o emprego, mas o velho contou sobre quando ele era “o dono” do orfanato entre as montanhas Hana e Tsuru, mas que na verdade era um fantasma que o possuía e ele era o verdadeiro dono.

Os caçadores subiram a montanha e começaram a observar a grande residência que consistia em uma grande casa em formato de retângulo com um espaço vazio no meio onde há um jardim, na parte lateral direita havia uma anexo de madeira, relativamente pequeno, principalmente se comparado ao resto. Mitsuri e Muichiro ficaram entre as árvores de frente para o anexo, tentando pelo menos sentir alguma presença de oni.
Nós dois dias em que eles ficaram observando a mesma rotina aconteceu, havia alguma movimentação no jardim, homens carregando coisas pra lá e pra cá, uma garota de cabelos brancos com um olho roxo pastel, quase branco e outro vermelho vinho saia de dentro da casa principal com uma cesta de comidas e entrava no anexo, ela passava alguns minutos lá e saia sem a cesta, mas com um garoto extremamente parecido com ela a seguindo.

Eles passavam o dia cuidando do jardim enquanto alguns homens observavam e a noite ela o levava de volta para o anexo e voltava para dentro da casa.

No terceiro dia Mitsuri estava triste, a pista provavelmente era falsa, o senhor só deveria estar velho e confuso. Quando ela e Tokito estavam descendo a montanha, por um momento ela sentiu a presença fraca de um oni e decidiu voltar seguida do Mizunoto.

Lá eles viram a garota que seguia calmamente para o anexo com sua cesta, mas antes de entrar ela olhos de um lado para o outro e largou a cesta de repente. Ela abriu a porta de correr e disse alguma coisa, ela se apressou para dentro e alguns minutos depois saiu com dois bebês no colo, seguida do garoto também de cabelos brancos com outro bebê e varias crianças de 6 a 10 anos. Nesse momento alguns dos homens do orfanato chegaram gritando e sacando adagas.

A garota mandou as criança correrem para a floresta, todos eles seguem para dentro da mata, a neve espessa do inverno atrasando-os.

- Ajude eles, eu vou cuidar do oni- mandou a Hashira e pulou da árvore em direção a casa.
Mas Tokito não queria ajudar aquelas pessoas, ele só queria matar o oni e ir embora.

Ele pulou dentre as árvores seguindo com facilidade o grupo.

-Yukine, eu vou buscar o Yuu, leve as crianças daqui- ela gritou com a voz abafada pela nevasca.

Ela deu o bebê que carregava para um garoto de uns 9 anos e voltou correndo em direção ao orfanato. Conforme voltava, ela tentava o máximo possível apagar as pegadas do grupo, sem muito sucesso. Ao ouvir vozes dos funcionários do orfanato, a garota se escondeu atrás de uma raiz de árvore coberta pela neve.

  Eles passaram sem a notar e ela seguiu de volta para dentro do jardim, se escondendo entre arbustos e pilastras ela desamarrou um cachorro grande e peludo e saiu correndo de volta para a floresta, dentro da casa era possível ouvir sons de luta e quando a menina ia sair a parede foi estourada na sua frente. Assustada ela só pode correr com o cachorro em seu encalço.

No meio da floresta, Yukine, estava apontando uma faca de pão para um grupo de funcionários que o haviam cercado quando ele parou para ajudar Natsu, uma criança do orfanato, que tinha se machucado e estava mancando. Os caçadores riram da sua pobre presa e esfaquearam o garoto no abdômen, o sangue carmesim manchando a neve branca. Ele sinalizou para que Shiru ajudasse Natsu a seguir junto com o resto do grupo.

Flocos de neve- Muichiro TokitoOnde histórias criam vida. Descubra agora