CAPÍTULO XII

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BÔNUS

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BÔNUS

Restaram apenas lembranças daquele passado...

Imagine viver todos os acontecimentos do ano de 1900. Para um humano normal que tenha nascido nesse ano e que estava com 14 anos a Primeira Guerra Mundial começou e terminou quando completava 18 anos, resultando em mais de 22 milhões de mortos como resultado das escolhas humanas.

Logo após esses eventos, uma pandemia mundial, uma gripe chamada ′′ Espanhola ", vitimiza 50 milhões de pessoas. Aos 20 anos essa mesma pessoal, consegue sobreviver e continuar sua vida.

Então, aos 29 anos, eu esbarro sem querer num ancestral da família Magnus de novo, juntos sobrevivemos à crise econômica global que começou com o colapso da Bolsa de Valores de Nova Iorque causando inflação, desemprego e fome. Usei meus conhecimentos e o ajudei a formar a fortuna que hoje a família usuflui. Como pagamento Georgius Magnus e seu filho me adotaram como parte da família deles.

Os nazistas chegaram ao poder quando Georgius completou seus 33 anos de vida. Aos 39, a 2ª Guerra Mundial começa e termina quando ele já tem 45 anos. Durante o Holocausto, 6 milhões de judeus morrem. Lutei ao lado de outros guerreiros nessa guerra em prol da liberdade. O tempo continuou a não passar para mim.

Houve num total de mais de 60 milhões de mortos. Quando Georgius atinge os 52 anos, a Guerra Coreana começa. Nisso o gosto por armas e guerra já haviam voltado a me consumir, virei um mercenário. Mas nunca aceitei dinheiro para isso, meu desejo inicial era que os braços da morte me levasse ao encontro de minha amada Esperança. Mas as minhas decisões e escolhas dessa época não me levaram como podem ver.

Com os contatos e conhecidos de Georgius ele conseguiu adulterar documentos e assim eu acabei sempre recolocado como um parente dele.

Quando ele completa 64 anos, a guerra do Vietnã começa e termina quando atinge os 75 anos. Um bebê nasceu nessa época cresceu e se desenvolveu bem, mas a guerra o tiraram da família Magnus. Georgius ordena que eu o substitua... Aquilo já estava me incomodando, mas não havia uma alternativa para mim.

Georgius e sua esposa agora eram meus avós e eles não fazem ideia de como a vida é difícil, ninguém imagina como é difícil sobreviver a várias guerras e desastres, eu vi meus amigos e companheiros morrerem diante de meus olhos. Não posso dizer que não me interessei por mulheres nesse tempo todo, mas fiz questão de que os nossos envolvimentos não passasse apenas disso, breve momentos de prazer e divertimento.

O tempo passou novamente e eu foi sendo arrastado por ele, ano após ano. Vi diversas gerações da família Magnus nascer e morrer. Eles acabaram se tornando os meus guardiões, e eu cuido para que a prosperidade dessa família se mantenha intacta.

Um segredo guardado a sete chaves pelos mais velhos da família Magnus.

Na década de 1960 um bebê nascido da união de Kiros Daddario e Acácia Magnus, Nicholas Daddario Magnus com seus 20 anos ao viajar para o brasil acaba conhecendo uma descendente de grego por lá, Rhea Palvos Silva... Ambos se casam dois anos depois. A família Magnus estava crescendo tanto em descendentes como em fortuna como sempre. Em 1988 seu filho Aléxandros Magnus morre em um acidente de carro na Alemanha onde estava fazendo negócios com exportadores, as empresas Magnus são responsáveis pelos produtos petrolíferos e, em particular, os combustíveis para aviação, representando 55% do total das exportações. Os medicamentos são a segunda maior categoria de exportações de nossas outras empresas, seguida por produtos confidenciais, binóculos e dispositivos de cristal líquido e lâminas e navalhas. Demos o início também em alguns investimentos visando a tecnologia, principalmente a internet que revolucionou o mundo de uma maneira inacreditável.

Por um tempo foi recolocado nos ramos mais inferiores da família Magnus, mas mesmo assim estive sempre a frente dos negócios principais dessa família. Me mantinha mais afastado do convívio deles, quando esbarrei em Nicholas num momento bastante difícil para a família deles.

Era inverno na Alemanha e Nicholas junto de sua esposa acompanhavam Aléxandros Magnus quando o jovem de 28 anos acabou sofrendo um grave acidente, passou por uma semana em coma num dos hospitais de Berlim. Os médicos já haviam notificado os pais que o filho havia sofrido morte cerebral, nessa época eu vivia pelos arredores de Berlim. Por causa dos acasos do destino voltei a esbarrar com Rhea, a sua esposa que num momento de desespero saiu correndo do hospital transtornada, eu a salvei de ser atropelada por um carro.

Assim que ela me viu apenas se agarrou em mim gritando desesperada, Nicholas nos olhava assustado. Tentei me afastar mas Rhea não me soltava e continuava com seus gritos, nisso descobri que eu era a cópia de seu filho Aléxandros Magnus. E mais uma vez acabei substituindo outro membro da família Magnus. Ao voltarmos para Atenas todos acreditaram que eu havia perdido a memória e que precisa reaprender a conviver com eles. O mais difícil foi viver juntamente com uma família novamente, Pétros tinha dezoito anos e essa foi a parte mais complicada. Pois nunca consegui senti-lo como meu irmão de verdade.

Sendo o filho de Nicholas e de Rhea, as duas pessoas que me amam como se eu fosse seu filho realmente, prometi no leito de morte do homem que me ajudou a ter um pouco de alegria que iria fazer de tudo para que seu filho fosse feliz e que conquistaria a minha também.

Hoje olho em volta e vejo como os jovens dessa geração acredita que é fim do mundo quando seu pacote de internet demora mais de três dias para ser atualizado ou se eles não conseguem as coisas da moda, digo, os últimos lançamentos do momento.

Nessa era, muitos de nós vivemos com conforto, temos acesso a várias fontes de entretenimento em casa e muitas vezes temos mais do que necessário e, apesar dos problemas, podemos dizer que temos uma vida infinitamente melhor que nossos antepassados.

A história mudou tanto e ela não começa com os computadores. Ferramentas como o telégrafo (1792), telefone (1890) e o rádio (1891), davam a oportunidade de enviar e receber mensagens à distância. E eu vivi tudo isso, pude ver cada evolução com os meus próprios olhos. E sim isso trouxe alegrias, mas muitas tristezas também.

Mas mesmo assim, as pessoas reclamam de tudo. Elas têm eletricidade, telefone, comida, água quente e um telhado sobre as suas cabeças, mas ainda estão infelizes, incompletas.

Mas a humanidade sobreviveu a circunstâncias muito mais sérias e nunca perdeu a alegria da vida.

Talvez esteja na hora de ser menos egoísta, parar de reclamar e começar a viver, se importando mais com o próximo.

Eu posso dizer isso com propriedade na verdade, pois sou um imortal e estou vendo para onde a humanidade está caminhando. 

1142 Palavras

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