5. Significados

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Bom dia!

Aqui vai a att! 💕

Boa leitura❤️

💍

Uma semana depois, Harry estava diante de sua penteadeira ao ter seus cabelos modelados por Rose, que usava um utensílio de metal aquecido na lareira do quarto e fazia cachinhos mais definidos no ômega. Ele se olhava no espelho enquanto ela ajeitava a parte de trás de seus cabelos, seu rosto pálido estava um pouco abatido e parte do brilho de seu olhar tinha sumido, ainda estava ligeiramente abalado pelo que Timothée dissera e aquilo não saía de sua mente. Seu filho não parecia se lembrar das palavras duras que disse a ele e Harry também não o repreendeu ou afastou seu pequeno, amava muito seu garotinho e agiu como se nada tivesse acontecido.

Ele não sabia o que fazer em relação aquilo e nem sabia se tinha realmente o que fazer, foi uma fala infeliz de uma criança de sete anos dita da boca para fora, Timothée o amava muito, era um gatinho manhoso que se enroscava no pai sempre que podia, após o jantar ficavam grudadinhos e, não raro, dormiam juntos. Harry consolava o garotinho que às vezes lamentava a perda do pai e Tim o confortava em seus momentos de solidão, dando-lhe forças. O ômega sabia que seu filho o amava, Timothée havia falado aquilo porque tinha sido contrariado, como reflexo de sua personalidade mimada e incentivada por Arthur, que não impunha consequências aos atos do menino e fazia vista grossa. Foi uma fala cruel e Harry ainda estava ressentido, talvez nem com o filho em si porque Timothée era uma criança e sua criação até então não lhe ensinou nada de bom e poderia relevar; sua mágoa, na verdade, era pelo marido falecido.

Não sabia se um dia conseguiria perdoar Arthur, o ressentimento que tinha por ele era muito grande, primeiro ele o controlou e o podou dia após dia, o confinou naquela maldita propriedade em Nottingham e depois excluiu o ômega de qualquer aspecto da educação do seu filhote para fazer aquele desserviço. Às vezes Harry até tentava absolver o marido de seus pecados, pensava que Arthur também era fruto de uma criação que subjugava e controlava os ômegas, mas sua tentativa de perdão sumia quando lembrava que, diferente de Tim, Arthur não era uma criança, era um homem adulto que sabia discernir entre o certo e o errado, poderia ao menos tentar ouvir Harry, mas aquilo nunca aconteceu. E doía muito ver que seu garotinho estava seguindo pelo mesmo caminho, mas Harry não desistiria fácil, ainda dava tempo de agir e resgatar aquele menininho doce e bondoso que os tutores tentaram tirar dele.

No mesmo dia que Timothée cuspiu palavras duras na cara de Harry, o ômega foi a uma boa escola, na mesma em que os filhos de Zayn estudavam, e matriculou seu pequeno ali. Harry era o pai de Tim e assumiria o papel que lhe foi tirado, demitiu os dois tutores sem pestanejar e o matriculou ali. Em uma semana, já havia comprado os materiais para o seu filho e encomendado os uniformes, na próxima segunda-feira o garotinho teria seu primeiro dia de aula em um lugar adequado, não mais em casa.

Como o ano letivo começava somente em setembro e ainda era abril, ele o colocou em um curso livre de três meses, para que tivesse dois meses de descanso entre o curso e o início das aulas. O pequeno sabia ler e escrever e fazer contas de adição com números pequenos, então o matriculou para se aperfeiçoar naquilo e ter atividades extracurriculares, como alguns jogos e atividades voltadas para sua faixa etária. Honestamente, Harry achava que tinha feito uma boa escolha, seu filho não podia ficar o tempo todo isolado em casa, precisava de contato com outras crianças e ficaria boa parte do dia na escola, voltaria para seu lar apenas no meio da tarde e seria recebido com um abraço apertado e beijinhos de seu pai! Harry estava empolgado, com certeza bem mais que Tim.

Ele estava determinado e nada parava um ômega determinado. Recuperaria seu papel na vida do filho e alfa nenhum o controlaria novamente. Não se permitiria ser silenciado ou ignorado outra vez, assumiria seus deveres naquela família e casa, seu papel na sociedade como pai de um conde e daria a Timothée uma educação exemplar, como sempre deveria ter dado.

De Volta a Londres | Larry Stylinson Onde histórias criam vida. Descubra agora