Pov Henrique
5 meses depois
Ouço passos se aproximando vejo uma bandeja passando por debaixo da porta e os passo indo embora como sempre o mesmo padrão nunca muda, me arrasto pelo chão sentindo a pele das costas queimando ou melhor carne por que tenho certeza de que não a mais pele nenhuma lá atrás, posso sentir o sangue escorrendo aos poucos a dor já se tornou uma companheira constante no meu cativeiro.
Me lembro de sair pra fazer uma ligação e recebi uma mensagem de um dos meus homens me dizendo pra ir encontra-lo nos fundos do hospital assim que abri a porta recebi uma picada no pescoço e o mundo se apagou e então eu acordei aqui , nem sei aonde é aqui , podem ter se passados meses ou anos e eu não saberia . Não sei como a minha rosa e meu filho ou filha estão , não sei de nada apenas quem me mantém aqui e o nome de quem eu mais quero matar quando eu sair e eu vou sair nem que passem anos mais eu vou caçar e matar todos que me mantiveram longe da minha rosa por todo esse tempo e me impediram de ver sua barriga crescer com a semente do nosso amor .
Pego a bandeja e como o que está lá sem nem olhar preciso de força e paciência pra esperar a melhor hora de ir embora eu sei que meu irmão e primo me procuram agora ou talvez achem que eu já estou morto mas vou lutar pra sair daqui só preciso ser cuidadoso e paciente só espero sair antes de meu captor decidir que não é mais divertido brincar comigo . Escuto a porta abrir e sou levantado ficando de frente pro meu carcereiro que tem no rosto um sorriso que faria muitos tremerem mas não me movo nem desvio o olhar do seu , já estou cansado de ver os seus olhos castanho lamacento e seus cabelo preto tão meticulosamente arrumado com gel que não deixa nem um fio fora do lugar , parece até que boi lambeu .
- E então Reali curtindo o seu hotel cinco estrelas ? - o sarcasmo de sua voz pinga como acido mais apesar de estar acabado faço esforço e me cento o olhando mantendo o rosto impassível e segurando para não fazer careta de dor .
- Já estive em acomodações bem melhores que essa .
- Bem então me deixe melhorar as coisas - ele abre os botões do terno sorrindo pra mim - levantem .
Um dos seus macacos de circo corre para acionar a alavanca que faz as correntes presas nos meus pulsos subirem me obrigando a ficar nas pontas dos pés para continuar tocando o chão , olho pro maldito que continua sorrindo ao arregaçar as mangas da camisa .
- Vai sujar as mãos hoje ? - pergunto e ele sorri de um jeito que daria inveja até no coringa , desde que cheguei aqui ele se mantém no escuro e olha enquanto os seus empregados fazem o trabalho sujo .
Ele se aproxima e dá um soco no abdômen que me tira o ar mais não lhe dou o prazer de ouvir nenhum som vir dos meus lábios.
- Sabe o que os seus parentes andam fazendo? - a cada palavra foi um soco desferido contra mim , ele é tão contido normalmente o que quer que Drago e Henrico fizeram o tirou totalmente do sério.
- Infelizmente não sei já que as suas instalações não permitem ligações - falo cuspindo sangue no seu rosto que perde totalmente o sorriso e se fecha .
- Eles explodiram os meus carregamentos - ele fala enquanto limpa o rosto com um lenço .
- Quais carregamentos ? - pergunto demonstrando curiosidade .
- Todos eles , minhas armas , minhas drogas , um caminhão blindado com mais de 20 milhões de dólares.
- Um Reali nunca abandona aqueles aquém seu sangue pertence - falo o lema da minha família vendo o rosto do maldito americano a minha frete se contorcer de ódio - o que você achou ? Que me sequestraria , se divertiria e que o Dragão e o Ceifeiro não viriam atrás de você ? .
- Você se acha muito esperto não é ? Mais não sou eu que estou acorrentado - ele dá um passo em minha direção e volta a sorrir , acho que esse cara é bipolar - sou eu que tenho uma arma engatilhada que pode te matar a qualquer momento .
- Se eu estou vivo minha família não descansa até me achar e se eu estou morto eles não descansam até te matar , de qualquer jeito você tá ferrado .
- E o que acontece se eu soltar você ? - ele pergunta com pura zombaria na voz me fazendo dar um sorriso de volta pra ele .
- Se eu sair daqui eu te caço até a morte então você está em uma faca de dois gumes bem afiados parceiro - falo imitando o seu sotaque do sul e ele me da as costas como se quisesse se controlar de fazer alguma besteira e depois se vira .
- Você sabe por que está aqui ? - ele finalmente pergunta depois de passar um minuto em silêncio me encarando , arqueio uma sobrancelha e inclino a cabeça pro lado indicando que não - uma vida por outra o seu irmão matou o meu então a sua vida é minha em reparação .
- Quando isso ? .
- Mandei meu irmão pra fazer negócios com malditos italianos e só a cabeça dele voltou pra casa .
- E por curiosidade por que o meu gêmeo matou o seu irmão ? .
- Pelo que eu ouvi foi por que ele deu em cima de uma vadia qualquer da boate dele , sabe como eu me sinto puto por saber que o meu irmão morreu por causa de uma ninfeta barata .
- Pelo que eu saiba o Jake morreu por não conseguir guardar o pau dentro das causas .
- Eu vou ter muito prazer em te ver definhar aqui nesse buraco até a morte e pode ter certeza de que eu vou me certificar de que seja lenta e dolorosa , muito dolorosa .
Ele pega um bisturi o começa a fazer cortes que doem como o inferno mais não letais pelo menos não por enquanto já passei por coisas piores , ele desconta a raiva até que ele enfia o bisturi novamente e sinto a picada mais aguda de dor quando o desgraçado bate contra uma das minhas costelas .
Você quebrou o meu brinquedo - ele diz mostrando que a ponta afiada do distrito não está mais lá , ele enfia o item quebrado no meu braço e o deixa lá - pode ficar com ele .
Ele se vira sai e logo depois as correntes são soltas me fazendo cair no chão o homem que controla a alavanca das correntes me joga um balde de água fria e sai sorrindo quando ele passa pela porta eu escuto a mesma ser trancada e então as luzes se apagam me deixando novamente no completo escuro . Eu sairei daqui não importa o quanto custe e irei levar Mason Walter comigo assim como meu irmão levou seu irmão mais novo Jake depois de ter mexido com a minha cunhadinha , isso é uma promessa .
Penso na minha rosa e em como ela deve estar linda com a barriga inchada do nosso bebê , não sei a quanto tempo estou aqui mais tenho quase certeza de que quando eu sair nosso filho já terá nascido , saber que estou perdendo esses momentos tão importantes me deixa puto mais logo eu estarei com eles e seremos uma família feliz , e pensar que faz anos que os Reali se resumiam apenas em mim meu irmão e primo e agora temos um monte de crianças , sempre posso me distrair pensando na minha família eles são o que me move não a minha vingança mais sim a minha família.
Horas mais tarde depois de muito trabalho eu consegui tirar os pedaços do bisturi de dentro da minha carne e com a parte afiada as algemas não me restringem mais agora é só esperar pelo momento de ter o meu caminho pra fora daqui deixando uma trilha de corpos e sangue pelo caminho , durmo para guardar forças até que escuto a porta abrindo de novo , essa é nova Mason nunca vem duas vezes no mesmo dia mais deve ser o destino antecipando minha saída .
- Está acordado Reali ? , ainda tem disposição pra brincar ? - quando a porta se fecha atrás dele e ele se aproxima levanto os olhos e o encaro depois aos cinco homens que estão com ele isso também é novo normalmente ele só vem com um subordinado pra "brincar" comigo - trouxe uns amigos pra brincar com você , o que acha de ser vadia de um monte de marmanjo ? .
- Então é isso ? Você trouxe os seus amiguinhos viados pra eu conhecer ? - os cinco homens se aproximam enquanto Mason se afasta para se encostar na parede .
- Pra te comer na verdade - olho pra todos os cinco homens e me levanto do chão os encarando enquanto eles riem , então começou a cantar enquanto dou passos curtos em direção a eles .
Às cinco, eu acordo
Às seis, tomo café
Às dez e meia, eu coloco meus sapatos, saio a pé
(A pé, a pé, a pé)
Eles só olham e quando menos esperam deixo as algemas caírem no chão e ataco o que estava mais próximo de mim cortando sua garganta com o bisturi quebrado que retirei do meu braço , todos ficam paralisados por um instante enquanto o idiota estrebucha no chão enquanto morre e então todos começam a convergir pra mim enquanto vejo Mason sair correndo como o grande medroso que ele é .
Enquanto eu ando, às três
Meu próprio eu maligno diz que eu sou um doente
Então minha mente me perturba às seis
Tento não dar atenção
O que habita na minha mente é tipo assim
(Fa-fa-fa-fa-fa-fa-faça desse verme um manequim)
(Pe-pe-pe-pe-pe-pe-perfure com facas esse rim)
Minha mente rabisca e cospe tudo que há em mim
(La, la, la, tá, ra, tá, ra, pa, ra, pa, ra, ra, ra, ra, ra)
Quebro o braço de idiota que me jogou água fria mais cedo , pegando a arma da sua cintura começo a atirar nos outros três homens sem deixar de cantar , cinco balas minhas depois eles estão mortos e a porta pende aberta a minha frente mais posso ouvir vários pares de pés vindo pra cá , pego as armas dos outros mortos com os pentes de recarga e pego as roupas de um que me sirva e sigo em frente .
Às cinco do dia seguinte, acordo
Às seis, é como um café amargo
Às dez e quinze, é como se tu estivesse em meu armário
(Empacotado, empacotado, empacotado)
Foi ridiculamente fácil matar os americanos que apareciam pela frente mais eles se acham tão importantes não deveriam ser tão fáceis de matar mas facilita pra mim chegar ao meu objetivo .
Enquanto eu ando às três
Meu próprio eu maligno diz que eu sou um doente
Então minha mente me perturba às seis
Rabisco corpos no meu caderno
A minha mente é tipo assim
(Fa-fa-fa-fa-fa-fa-faça desse verme um manequim
Pe-pe-pe-pe-pe-pe-perfure com facas esse rim)
Minha mente rabisca e cospe tudo que há em mim
(La, la, la, tá, ra, tá, ra, pa, ra, pa, ra, ra, ra, ra, ra)
(Fa-fa-fa-fa-fa-fa-faça desse verme um manequim)
(Pe-pe-pe-pe-pe-pe-perfure com facas esse rim)
(Minha mente rabisca e cospe tudo que há em mim)
(La, la, la, tá, ra, tá, ra, pa, ra, pa, ra, ra, ra, ra, ra)
Encontro Mason na garagem tentando entrar em um carro pra fugir , encosto o ombro na parede para me apoiar depois de um passeio tão animado e deixo uma bala passar de raspão do lado do seu rosto o fazendo virar pra mim .
- Bem , você realmente saio de lá , impressionante .
- Eu gosto de brincar mais diferente de você eu não sou idiota - um tiro em cada perna e depois um em cada braço e o vejo no chão encolhido como o ratinho que é .
- Anda logo acaba com isso - sua voz tenta ser firme mais falha miseravelmente , lhe sorrio me aproximando e prendendo suas mãos com algemas que eu encontrei em um dos homens que matei , tiro uma faca do casaco e lhe mostro antes de enfia-la em sua barriga e começar a abri-la de um lado a outro ouvindo seus gritos .
- A vingança é uma vadia - falo quando enfio a mão dentro do corte que fiz e puxo as suas tripas pra fora o desgraçado grita e tenta puxar de volta , sorrio e arranco seu estômago - sinto muito mais tenho um encontro com a mulher da minha vida e mãe do meu filho .
Pego a arma novamente e atiro em sua cabeça, não gosto de deixar nada ao acaso vai saber se por um milagre o desgraçado continua vivo de algum jeito , empurro o corpo que estava encostado no carro pego as chaves e parto .
Eu estou voltando pra você minha rosa me espere só mais um pouco .
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Série Mafiosos : O Caçador Livro III
Romance" Ele um mafioso conhecido por nunca perder uma presa . Ela uma garota decidida . Ele a ama e fará de tudo para tela . Ela luta contra o que sente por desavenças do passado . Será que em meio às diferenças o seu amor pode vencer e criar raízes em co...