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ONE SHOT
Happy and sad nights
goose & bradley
maverick & bradley
kory, 2022
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Bradley sorriu, apertando seu ursinho de pelúcia entre os braços, enquanto olhava com os olhos quase se fechando de sono, para seu pai, Goose, que estava ao seu lado, quase caindo da cama de solteiro, tocando violão e cantando em tom baixo e calmo para ele.
Enquanto sua mãe, Carole, era encarregada de contar histórias para dormir quando Goose estava fora por causa da marinha, seu pai era quem cantava.
Não é que ele não amasse ouvir Carole contar histórias, mas é que eram poucas vezes que seu pai estava em casa para fazer isso. Como também cantar e tocar piano. Era um dos momentos preferidos do pequeno Bradshaw em família, incluindo, é claro, seu tio Maverick.
Aos poucos, Bradley foi se deixando levar pela música e sono que tinha pelo dia cheio de comemoração pela volta de mais um compromisso da marinha, e fechando os olhos, enfim caindo no sono, não conseguindo sentir o beijo que Goose lhe deu na testa.
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— Ei, ei! — Maverick entrou apressado no quarto do Bradley, indo até o garotinho que chorava na cama, soltando resmungos sofridos. Sentou no canto disponível na cama e acariciou o braço do menor para despertá-lo do que parecia ser um pesadelo. — Brad, amigo, abra os olhos.
Bradley abriu os olhos molhados e vermelhos, soluçou, respirando com dificuldade pelo nariz trancado.
— T-Tio Mav?
— Eu mesmo, garoto. Em carne e osso.
Bradley se lançou sobre Mav, este que o acomodou em seu colo, o abraçando forte e acariciando suas costas como conforto.
Os dois ficaram em silêncio por um tempo, apenas com o som dos soluços e do nariz trancado de Bradley.
— S-Sinto falta...do papai — diz Bradley com a voz abafada e rouca.
— Eu também sinto, amigão.
Bradley se afastou de Mav e esfregou os olhos vermelhos e marejados.
— Pesadelo?
O menor assentiu, suspirando.
— Quer me contar?
Maverick esperou pacientemente pela resposta do Bradshaw.
— Eu...sonhei que...o papai, a mamãe e você tinham...
O garoto não terminou sua fala, mas sequer precisava.
Maverick soube que Brad sonhou com não só a morte de Goose, como de Carole e dele.
Maverick acariciou o cabelo bagunçado de Bradley e esfregou o polegar na bochecha vermelha.
— Garoto, sua mãe está bem, do outro lado do corredor e eu estou bem aqui com você. Nada no mundo vai separar a gente e estamos aqui para você. Mas saiba que seu pai vive em você — cutucou-o no peito, onde fica o coração. — Agora mesmo ele deve estar aqui com a gente, nos bisbilhotando, mesmo que não consigamos ver. Porque ele te ama e jamais vai te deixar — ele piscou, dando um sorriso fraco e recebendo outro de Bradley. — Tá bom?
— T-Tá bom...
— Eai, vai me dar mais espaço para seu tio Mav caber e dormir aqui?
Bradley assentiu, ainda sorrindo, mesmo que um sorriso pequeno, e deu espaço. Maverick deitou de barriga para cima e estendeu o braço para o lado, para apoiar a cabeça de Bradley, que se aconchegou mais perto dele. Maverick começa a fazer cafuné com a ponta dos dedos, com os olhos presos no teto do quarto de criança com desenhos que Carole mesma pintou, podendo ser vistos pelo abajur estar ligado.
Ele tenta não se assustar quando do nada um ursinho de pelúcia com a cabeça arrancada aparece na frente do seu rosto.
— 'Tava bravo com o Paddington.
— Oh...— Maverick se esforça para não rir. — Consertamos ele amanhã, o que acha?
— E ele vai ficar vivo de novo?
— Vai sim.
— Eu queria que o papai ficasse vivo...— Bradley murmurou, e foi como mais uma flecha no coração de Maverick.
Maverick envolveu o braço no pescoço de Bradley com um aperto como se estivesse dizendo 'eu também', porque a garganta dele estava apertada demais para dizer qualquer outra coisa.
Bradley pôs o ursinho em cima dos dois, com a cabeça separada do corpo mas ali também.
— Boa noite, papai — Bradley sussurra com voz rouca de sono, já quase se entregando ao mundo dos sonhos novamente, com a esperança de que tivesse sonhos melhores. — Boa noite, tio Mav e Paddington.
Maverick sorriu fraco e esperou Bradley dormir para beijar sua testa e murmurar 'Boa noite, bebê Goose'.
— Boa noite para você também, Goose, onde quer que esteja.