Renasci em um mundo paralelo - ObaMitsu

Missão: Resgatar a Mitsuri

Capítulo 37° - Missão: Salvar a Mitsuri

P.O.V.'s Mitsuri

Por mais que estivesse em pânico, não devo e não posso surtar, estou "apenas" com minhas mãos para trás amarradas na cadeira e meus pés também estão amarrados, é uma situação complicada.

Estou com o rosto doendo, aquele boneco de satanás ousou bater no meu rosto e ainda por cima o jarro que ele lançou contra a parede, pelo que sinto, um pedaço de caco voou e está preso na minha bochecha.

Por mais que pense que já me aconteceu coisa pior, pensar isso não me ajuda nadica de nada. Tenho que manter a calma e controlar meus pensamentos.

Pelo o que ouvi, parece que a ficha caiu e com certeza alguém descobriu quem é o Muzan Kibutsuji, só é questão de tempo até acontecer a justiça, é aquele ditado, a justiça tarda mas não falha.

Pelo que ouvi alguém entrou dentro da casa do Muzan, a polícia deve ter encontrado uma pista que levou até ele.

Tentei me soltar das cordas e isso me faz relembrar que quase fugi, se não tivesse pegado o caminho errado, com certeza estaria longe daqui.

Prefiro ter pensamentos positivos, mesmo que a minha situação esteja na pior...quem quero enganar? Tô na merda, ferrada, lascada, não sei se tem como piorar mais ainda, tenho que ir embora.

Só é uma corda, devo conseguir quebrar...Se tivesse a força do passado, tenho que aproveitar a oportunidade de sair, aquele lunático, o que ele quer comigo?

Me sinto mal só de lembrar que ele iria me beijar, o próprio ficou tão próximo do meu rosto, a minha "sorte" foi porque se o Douma não tivesse entrado e interrompido, não quero pensar que o pior teria acontecido...

Me deixa aterrorizada, tentei soltar minhas mãos, parece que o nó foi bem forte, se balançar todo o meu corpo, a cadeira pode cair por fim pode quebrar e se fizer muito barulho?

Se bem que devo fugir assim que conseguir, se não posso ser ferida gravemente e não ter sorte.

Assim fiz, balancei meu corpo de um lado para outro ao mesmo tempo que sacudi, senti no momento que a cadeira caiu com tudo para o lado.

O som não foi alto, mas a cadeira não quebrou. Vou chorar novamente.

- Não solta, não solta, ele vai voltar. - Chorei tentando desatar o nó estando amarrada.

Fechei os olhos contendo as lágrimas, só preciso soltar as cordas, se pelo menos conseguisse correr com os pés amarrados e a cadeira.

Um ruído chamou minha atenção debaixo do chão, estranhei, com dificuldade coloquei a orelha sobre o chão de madeira e escutei uns murmúrios.

Tá oco?

Meu Kami, tem alguém debaixo do chão?

O barulho de quando cai, o som foi meio oco... se tiver preciso ajudar...

Com muita dificuldade e sentindo a corda me machucar de tanto tentar me soltar, conseguir desfazer o nó, assim me sentei e desamarrei.

Encarei o chão e a porta na minha frente, não posso deixar alguém preso no chão, não me perdoaria se fugisse assim, talvez por isso devo ser uma tonta. Mas é meu dever ajudar alguém quem precisa.

Puxei o caco de vidro da minha bochecha, sentindo dor e vendo que quando cair da cadeira, caí em cima de mais cacos, a sorte é que estava de calça, então não me machucou, apenas cortou meu pé, pois a sandália que estou é aberta.