Capítulo 18

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De fato eu não consegui dormir, toda vez que eu fechava os olhos tinha alguma coisa que me puxava a abrir, Isaac chegou e invadiu meus pensamentos e planos de uma tal forma que eu não sabia explicar aonde começou, só havia acontecido, e eu tinha receio aonde isso poderia me levar, quando amanheceu eu me levantei, inquieta, fui até a cozinha sentei no balcão com uma fatia do bolo de ontem e tento comer, mas sem sucesso, não conseguia pensar em nada.

-Oh meu Deus, me lembre de nunca mais beber assim na vida!-Grace desce as escadas com a mão na cabeça.

-Vou pegar um café pra você!- vou em direção a cafeteira me despertando do me transe solitário.

-Obrigada!-Ela caminha para sala com a mão na cabeça-Oh que dor de cabeça!
Observo ela sair e pego seu café,um remédio e uma bolsa térmica, levo até ela na sala que estava jogada no sofá.

-Não repita o meu exemplo!-Resmunga.

-Toma isso!-Entrego tudo na mão dela.

-Me diz pelo menos foi legal ontem né?-Ela sorrir e leva a bolsa térmica na cabeça.

-Foi sim!-Sorrio e abaixo a cabeça.

-Que colar bonito, foi presente?-Ela pergunta curiosa.

-É...-Penso-Eu acho que foi, talvez!-Digo-Oh tem um pra você também!-Pego a jóia que eu havia deixado no bolso para entregar a ela.

-Pra mim?-Ela sorrir.

-Sim, você promete que vai usar todos os dias?-Pegunto para garantir que esteja segura

-Sim, prometo!-Ela me olha confusa- Eu ajudo ela a colocar o colar, também era de prata e tinha um pingente bem menor do que o meu, mas era lindo.-Obrigada!-Ela sorrir.-O seu, foi o bonitão que te deu?-Pergunta rindo malicioso.

-O que?-Arregalo os olhos.

-Você sabe do que eu estou falando, Isaac Mallory. Pra sua informação eu fiz o convite a ele, porque ele não veio?

-Bem é...digamos que Isaac e eu não fomos muito amigáveis!-Sorrio sem jeito.

-Mas você gosta dele!

-Grace!-Repreendo

-Olha eu não sei o que aconteceu, mas acho que talvez vocês só precisam se ouvir, não sei muito bem o que estou falando, minha cabeça tá um caco!-Ela resmunga e deita denovo.

-É...-Digo pensativa, talvez ela tenha razão, a gente só precisava se ouvir e eu queria ouvir o que se passa com Isaac.-Eu posso usar o carro?

-Aproveita e enche o tanque!-Ela fala, eu rápidamente me arrumo, pego minha bolsa, a chave do carro e saio, tinha que terminar isso de uma vez por todas, se ele me quer longe, eu precisava pelo menos enteder o porque.
Dirigi até a casa dele, saio do carro com a minha bolsa e bato na porta, o carro de Victoria e Vladimir não estavam aqui, só o carro dele, bato novamente e no terceiro toque ele abre a porta supreso.

-Camille?-Ele fala surpreso.

-Eu preciso falar sim você!-Entro na casa sem mesmo esperar ser convidada.

-O que? Não temos coisas para falar!-Ele ainda estava na porta com ela aberta -Eu estou sozinho e se algo acontecer não terá ninguém para te ajudar!-Afirma e eu cruzo o braço como um sinal de quem me recusava sair dali, ele respira fundo e fecha a porta-Por sua conta e risco!-Ele vem pra mais próximo.

-Não quero ir embora, e não vou até que você me conte tudo, me fale o porque me odeia tanto!

-Eu já te disse, é o seu sangue, ele é...

-Eu já sei que é o meu sangue, assim como eu sei que você não me fará mal

-Não teria tanta certeza assim Camille, você não pode fazer testes comigo, naquele dia eu poderia ter matado você!

-Mas não matou Isaac!-Olho para ele teiste-E se tivesse feito, seria o motivo para o descontrole.

-Você não entende, eu não posso me descontrolar.

-Por ser um Toreador?E isso?

-Não é por ser um Toreador, Toreadores e Nosferatus é apenas uma forma de nomear aqueles que sua aparência e mais humanoide possível, existem Toreadores que agem como verdadeiros Nosferatus. Nem todos os Toreadores são bons, guarde isso, nossa guerra não é só contra os Nosferatus.

-Mas você não é assim, eu sei que não!-Dou um passo até ele.-Eu quero saber, entender o que se passa, me conta!-Suplico com os olhos cheios de lagrimas e ele se vira de costas-E aí, só aí eu tirarei minhas conclusões se devo ou não ficar longe de você.

Meus olhos se mantinham inundados mas eu apreendi todas as lágrimas nele querendo não derramar, era um lugar de muita dor, e eu podia sentir isso na forma como ele respirava, o que se passava com ele? Eu me preocupava e não queria ver ele dessa maneira, porque tanto medo?

-Esta bem...-sua voz soa pesada-Eu vou te contar!-Ele se vira para mim-Mas depois disso eu tenho certeza que vai preferir ficar longe de mim e se já me via como um ser monstruoso antes, agora eu serei o seu pesadelo!-Afirma, minha espinha e todos os pelos do meu corpo se arrepiam, ele passa por mim e vai pata perto da lareira, eu me sento na poltrona de frente a ele esperando que ele comece a contar.

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