Era quase que Impossivel não está como eu estava esses dias, eram muitas coisas a pensar, tudo estava diferente, em alguams semanas tentaram me mantar várias vezes, perdi minha mãe, me mudei, conheci vampiros, comecei a namorar com um vampiro, terminei o namoro e minha amiga virou vampira sem ao menos saber o que estava acontecendo, sem ao menos saber que eu estava longe dela para a proteger, em ficar entre uma linha tênue sobre contar a verdade e não trazer mais uma preocupação a cabeça da minha tia, eu não sabia o que fazer, não mesmo, mas ainda dentro de todas essas coisas, eu ainda tinha tempo pra pensar em única e exclusivamente em Isaac... Seria mais um dia onde passaríamos assim como estávamos.
Me recomponho logo após a minha higiene matinal, na verdade ainda era 07:00 da manhã e como eu fui dormir cedo, eu despertei cedo. Saio do quarto e desço as escadas, minha bolsa estava ali no mesmo jeito que eu deixei, vou até ela e começo a guardar as coisas.- Bom dia!
-Aahh!- como um reflexo eu pego um dos livros e me viro acetando em cheio.
-Aii!- Marcos resmunga com olhos arregalados e colocando a mão no rosto
- oh meu Deus! Desculpe!-Vou a seu socorro pra certificar de que estava bem, mas ele gargalha.
- Está tudo bem, não está doendo!- ele abre e fecha a boca com a mão na buchecha- Eu acho!
- Sério, me desculpa,eu não ouvi você chegar!-Insisto e guardo finalmente as minhas coisas.
- Não foi sua culpa, tá cedo, e eu cheguei sorrateiro!-Ele caminha para a mesa de bebidas.
- Vai iniciar o dia?- pergunto rindo ao ver que ele pegou um copo e depois uma garrafa de whisky...
-Uma das vantagens de ser um vampiro é o fato disso aqui não fazer nada!-Ele estende o copo observando o líquido.
- Se eu beber mais de 2 desses eu não respondo por meus atos!- Me sento no sofá
- Eu ainda tô me acostumando com essas coisas!- ele da um gole na sua bebida e faz uma careta.
-Se acostumando com o que? Beber?
-Com o sabor das coisas humanas, é novo pra mim!
-Espera, você não comia nada?
-A minha família adotava um tipo de dieta bem restrita, mas fomos evoluindo e estamos nos acostumando com as comidas humanas, é novidade pra mim!
-A sua família é bem especial né?-Pegunto, ele me olha e sorrir de lado.
-Eu não sei porque mas minha família tem casos bem únicos!
-Hibridos são com toda certeza casos únicos!-Afirmo rindo.
-A minha irmã pode e sentir emoções!
-Como? Meu Deus isso é...-Começo a pensar em palavras.
- Como eu disse minha família tem casos e habilidades únicas!-Marcos caminha para perto da lareira
-Ham... Marcos!-O chamo e ele se vira- Eu estou preocupada.
-Com a sua amiga né?
- Não só com ela, tem muita coisa acontecendo eu....eu ..-Um turbilhão de informação vem a minha cabeça.
-Camille...- ele se senta ao meu lado- Eu já vi muitos vampiros criados, um deles é a minha cunhada e irmã adotiva, acredite, ela ficou bem, a Ruby também vai ficar, os Mallory estão dando tudo deles pela causa!-Ele estende a mão para por o copo na mesa de centro a frente- Não estava com um gosto tão ruim!
-Espera!-chamo sua atenção - Você disse que sua família adotava uma dieta restritiva, né?
-Sim, a gente só bebi sangue!
-Se vocês só bebiam sangue, o que fez vocês adotarem o paladar humano?- questiono
-Somos vampiros desde nascença, a necessidade e vontade de provar a comida humana é menor ainda, ainda mais na região que morávamos, com o passar dos anos e a modernidade os vampiros de nascença foram evoluindo, é tudo uma questão de evolução!
-Os Mallory disseram que não sentem vontade de comer igual os humanos.
-De longe é igual, vocês precisam de um prato de comida para sobreviver, nós vampiros comemos um prato de comida pra nos tornar humanizados e se camuflar no meio dos humanos!
- Então os vampiros recém criados comem facilmente a comida humana para se lembrarem de suas almas humanas?
-Alguem prestou atenção na minha explicação!-Marcos brinca.- Acontece que sim, a diferença é que os vampiros criados não precisam se acostumar com o sabor, mas os de nascença sim, mas o objetivo de ambos é o mesmo.
-Deve ser difícil pra um vampiro de nascença.
- Camille...se você tem um problema e você vive ele gradativamente, quando o problema te atingir de fato, você já vai está imune aquilo, entende?
-como assim?-Franzo a testa.
- Tudo que você prova, vive, cheira, sente, come pouco todos os dias, uma hora aquilo não te atinge mais com tanta força! Assim faço com a comida humana, se eu provar todo dia um pouco, uma hora o sabor desgastante não vai me afetar mais, entende?-ele explica, aquilo por algum motivo pareceu abrir uma janela na minha cabeça, como se fosse a explicação para algo que eu buscasse a muito tempo, se o que ele estivesse falando fosse verdade absoluta, isso poderia de fato ser a solução para o meu problema com Isaac, eu tinha mais perguntas!
- Você acha mesmo que viver o problema minimiza a forma como o problema colide com você?
-Espera, ainda estamos falando de comida?-Ele franze a testa rindo.
-Não!
-Oh, saquei!- faz uma cara como se estivesse entendendo que de fato não se tratava mais sobre comida.
-Responde Marcos porfavor!- o invoco.
-Foi mal eu tava tentando raciocinar,mas acho que realmente não se trata mais de comida!-Fala- Bem, sim, Isso é uma teoria simbólica, mas pensa comigo, tudo que você vive continuamente, uma hora vira parte da sua rotina, não acha?- questiona.
-ACHO!- Falo e me levanto- Eu já sei o que fazer, já sei o que fazer com Isaac!-Afirmo.
-Ham.... você não está planejando matar meu amigo, né?- ele se levanta do sofá.
- Eu preciso mesmo ir, obrigada!-Agradeço caminhando para as escadas.
- Tudo bem...eu vou...- foi a última coisa que eu ouvi e também acho que foi a última coisa que ele disse, eu não sabia direito já quando sentia que tudo estava claro, eu Finalmente sabia como ajudar Isaac!
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Alma de Sangue
VampireApós perder sua mãe em um trágico acidente de carro, a jovem Camille de 17 anos é mandanda devolta para sua terra natal pra morar com sua tia Grace na Georgia. Sabendo sempre ser uma menina diferente, Camille mal esperava que se muda para um lugar...