Capítulo 29

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-Como...como vocês fizeram pra limpar tudo lá na escola?-Pegunto enquato brinco com seus dedos.

-Não precisa falar sobre isso Camille pra tentar me absorver de culpa ou coisa do tipo, eu não me sinto culpado!-Ele fala com um voz levemente impaciente.

-Eu apenas fiquei impressionada, não sei se conseguiria fazer algo do tipo!-Digo.- Até mesmo matar alguém...eu seria incapaz dê...

-Por esse motivo sou eu quem faço!-Afirma me interrompendo

-E??-insisto.

-Droga...-Ele suspira- Vladimir logo chegou, me ajudou na tirar os corpos, a melhor forma naquele caso era queimar até porque tinha uma vítima que não possuía mais sangue no corpo, e bem, o que diria a policia ?

-A melhor decisão era queimar!-Afirmo.-Mas como assim a biópsia deu que estavam drogados?

-Porque realmente estavam, provavelmente antes eles se drogaram e aí acabou na tragédia do Steve matando a moça e o resto você já sabe, chega de perguntas!

-Não existe a chance de algum outro vampiro que mora na cidade ter transformado o Steve?-Me levanto do seu colo ignorando quando ele mandou eu parar de perguntar, ele revirou os olhos- Quero dizer, ele não era da espécie Nosferatus.

-Ele não era!-Respode, ele sabia que eu não me calaria e perguntaria tudo que eu quisesse agora- E não, o clã sabe exatamente quem são os vampiros da cidade, e o Steve de fato não era um  vampiro do clã.-Isaac responde, me sento de frente pra ele.

-Sei que não quer falar sobre isso, mas eu sentia que precisava ouvir de você, a verdade é que estou em choque!-Fico meus dedos da mão.

-Eu sei!-sua voz soa calma e eu volto meus olhos para ele- Eu escuto seu coração, e sei exatamente quando está assutada, porque acha que eu consegui te achar?

-Vive em constante alerta sobre mim?-Questiono me sentindo segura, se eu deveria.

-Preciso fazer isso se a pessoa que está a sua frente agora tem um lado que planeja mil formas de possuir você!-Ele pega com a mão esquerda na minha mão.

-Se...-Começo a falar, eu já não me assustava tanto como no início de quado nos conhecemos, eu sabia exatamente o que eu queria dele e que pra isso eu precisava o ajudar porque me cortava e partia o coração o vê limitado perto de mim-Se acontecesse de me morder ou me matar, me deixaria viva?

-Eu tenho vontade de te morder a todo momento Camille!-Ele completa.

-Eu sei, mas digo se alguma coisa acontecesse, não sei, quero dizer, eu nunca quis ser uma vampira,iria preferir que...

-Morra?-ele acrescenta e eu concordo com a cabeça - Não quero falar sobre isso, nós não vamos precisar decidir sobre te transformar ou não Camille!

-Mas....

-Mas nada!-Ele recolhe os braços impaciente e parecia chateado- Só de cogitar a ideia em que o contexto teria a gente decidindo se condenava sua alma ou não, eu fico atordoado, não quero essa vida que eu tenho pra você, estou condenado, você não!-Ele fala e eu volto a abaixar a cabeça, me dava uma sensação de segurança saber que ele também não queria esse final para mim, mas eu sabia que era um risco diário escolhendo namorar um vampiro e todo o perigo que me rodeia, o celular dele apita, ele se move para retirar do bolso e logo olha suspirando fundo ao encarar a tela.

-Esta tudo bem?-Pegunto.

-Sim, é apenas o Vladimir dizendo que acabaram de marcar o enterro do Steve para amanhã de manhã no cemitério da cidade!

-E a garota?-Pegunto com o coração partido.

-Parece que a família dela já levou para a cidade dela!- Isaac fala e eu respiro fundo, ele sorrir de lado e abre os braços, eu me jogo em seu peito e o abraço firme, não sei se eu iria a esse enterro, precisava ser solidária a Abi e família, mas não queria pensar nisso agora mas acabou que eu pensei tanto que meus neurônios foram desligando e eu acabei cochilando ali mesmo agarrada em seus braços...

Não sei ao exato quanto tempo passou mas eu me acordei e estava sozinha na cama, coloco minha calça minha bota, arrumo minha roupa no corpo adequadamente e saio do quarto, desço as escadas e lá embaixo na sala estavam ,Isaac, Vladimir e Victoria conversando.

-O clã já está ciente!-Isaac fala cruzando os braços, pareciam está em uma conversa muito séria que mesmo em meio a tantos sentidos de vampiros aguçados, eles não me sentiram chegar.

-Tudo bem, eu vou falar com ele amanhã!-Vladimir diz, mas assim que estou no último degrau da escada, Isaac olha para trás- Não vi você chegar!-fala e vem para o meu lado,em seguida beija minha testa

-E eu não vi você sair do quarto!-Digo baixo olhando pra ele

-Eu precisei descer para me alimentar!-Fala e eu concordo, em seguida olho aí redor e percebo que eles de fato estavam no meio de uma conversa.

- Problemas?-Pegunto.

-Assuntos do clã, é um saco isso as vezes cunhadinha!-Victoria se joga no sofá.

-Imagimo que sim, vocês estão planejando ir amanhã?-Pegunto.

-Enterro? Não cogitei a ideia!-Vladimir leva a mão no queixo queixo.

-Não está pesando em ir né?-Victoria pergunta.

-Bem...-olho para ela e depois para Vladimir e por último Isaac que parecia em negação - Eu não sei ainda.

-Não é uma boa ideia!-Isaac fala

-Eu acho que preciso decidir se é uma boa ideia pra mim ou não, mas....tenho tempo pra isso!-Afirmo e Victoria se levanta do sofá

-Você quase sempre tem razão!-Vlad brinca me arrancando um sorriso.

-Preciso ir para casa, tia Grace essa hora já está voltando do trabalho!-Olho no relógio.

-Levarei você!-Diz Isaac e eu concordo.

-Adeus pessoal!-Afirmo caminhando para a porta, Isaac passsa na frente e pega a jaqueta me entendendo ela de forma que fique mais fácil de vestir com sua ajuda.

-Ate!- Os dois dizem e sobem as escadas abraçados, não existia casal mais radical e melosos de um jeito extremamente fofo e satisfatório do que eles dois.

Eu sabia que na primeira oportunidade que teríamos a sós ele me perguntaria, estava conhecendo todas as vezes em que ele não estava satisfeito com alguma coisa, e eu sabia que ele falaria, agora...

-Você realmente pensa em ir amanhã?-Pegunta assim que entramos no carro

-Eu não sei direito, mas eu me sentiria menos pior indo até lá.

- Você não deve ir!

-Eu acho que eu tenho que decidir isso Isaac, eu!- viro o rosto para o ladoficando em completo silêncio o resto do caminho.



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