Capítulo 8

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Acordei cedo, Rodolffo dormia tranquilamente ao meu lado, me livrei de seus braços e sai da cama, escolhi para aquele dia, um vestido curto e justo, rosa de tricot com mangas longas, ainda estava um pouco frio. Fui até o banheiro e tomei um banho demorado, lavando meus cabelos. Em algumas horas iria com Sarah até o atelier, para a prova dos vestidos.

Seria a segunda vez que encontraria minha "cunhadinha", ela seria madrinha junto com Arthur. Era estranho encontrar com ela de novo, sem ela nem saber quem eu sou, isso provavelmente intrigaria a todos da minha família, todos ficariam surpresos em saber que a nova namorada do meu amigo é irmã do meu suposto noivo.

Minha mente ficava vagando e eu me perguntava, qual desculpa inventaria, para não saber quem era ela, nem mesmo por foto, já que, Rodolffo e eu éramos noivos há um ano.

Precisava resolver isso o mais rápido possível, só não sabia muito bem como.

Já de banho tomado, vestida e com os cabelos penteados, resolvi chamar Rodolffo, que continuava a dormir preguiçosamente.

- Ei. – chamei fazendo um carinho em seus cabelos. – Acorda dorminhoco.

Ele suspirou e abriu um olho para me olhar.

- Volta pra cama. – chamou com a voz sonolenta. – Tá frio.

- Deixa de ser preguiçoso, vou sair daqui a pouco, para a prova dos vestidos, vou encontrar sua irmã de novo. – ele passou as mãos nos cabelos, que estavam uma bagunça só.

- Deita aqui comigo um pouquinho, até dar a hora d'ocê ir. – chamou novamente já puxando os cobertores para eu deitar ao seu lado.

Neguei com a cabeça e deitei, ainda tinha um tempinho. Novamente ele me puxou pela cintura, me abraçando por trás, já estava até me acostumando a dormir assim com ele, quando comecei a fechar os olhos, percebi ele começar a se movimentar, a mão que repousava em minha barriga, começou a descer por minhas coxas, subindo meu vestido, numa carícia ousada.

O toque dele era gostoso, e me fez arrepiar inteira, ele puxava meu corpo cada vez mais pra perto do dele, e acabei deixando escapar um gemido baixo, quando senti seus dedos tocarem minha intimidade por cima da calcinha.

- Não me admira que seu ex ainda a queira tão intensamente, você é muito gostosa, boca de chupa péda. – sussurrou com a voz rouca no meu ouvido.

Ele roçava a barba em meu pescoço, e eu sentia um choque percorrer todo o meu corpo, entreabri meus lábios a espera de um beijo, que não veio. Ele cessou os toques e voltou a dormir como se nada tivesse acontecido.

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Me livrei de seus braços e sai quase correndo daquela cama, minhas pernas estavam bambas, meu coração batia descompassado e eu sentia minhas bochechas queimarem, a humidade em minha calcinha, demonstrava o quanto eu queria senti-lo dentro de mim.

Mas eu não podia de forma nenhuma ceder, mais do que já tinha, tudo aquilo era uma farsa, a maneira como ele se comportava, suas palavras, o beijo, tudo não se passou de um teatro, e eu não podia me deixar levar por isso. Não podia me apaixonar por ele.

Em poucos dias, tudo aquilo acabaria, ele teria cumprido suas obrigações e eu não tinha tempo para curar um coração partido. Precisava manter o foco, e de preferência, ficar bem longe dele, por que quando eu estava perto, eu queria provar aqueles lábios novamente.

Calcei minhas botas, peguei minha bolsa e sai mais cedo do que tinha previsto, a minha vontade era de voltar pra cama e pedir para ele fazer amor comigo. E eu precisava, urgentemente sair dali, antes de fazer besteira.

Um noivo para Juliette!Onde histórias criam vida. Descubra agora