Decido enfim entrar naquela abertura para ver o que há mais a frente, está muito escuro e por isso sou obrigado a usar a visão noturna da câmera, olho para a direita, apenas canos, então o único caminho que me resta é a esquerda.
Vou pela esquerda e mais a frente vejo um caixote que pode me ajudar a passar por um buraco que há um pouco mais acima, vou chegando perto do buraco e ouço alguém falando.
"Devagar. Devagar. Devagar. Devagar. Devagar. Devagar. Devagar."
Quando enfim subo, sou surpreendido por um cara olhando diretamente para mim, o que me faz levar um grande susto, mas ele apenas olha fixamente para mim encostado na parede, e não fala mais nada. Porém, ao seu lado há uma barreira com umas camas de lado, e do outro lado desta barreira há um outro cara que diz me olhando.
-Agh! Droga! Que diabos há de errado com você? Você não foi convidado para isso, seu louco. O que, você gosta de assistir? Isto e doentio. Você e doente.
Enquanto ele falava, percebi que, junto a ele, havia mais dois caras, um amarrado a uma camisa de força do outro lado, não sei se estava vivo ou morto, e um outro com sua cabeça decepada e com uma enorme poça de sangue no chão.
Não sei se foi esse doente que fez isso, mas se foi, eu precisava sair dali o quanto antes se eu quisesse sobreviver ainda.
Vou em direção ao portão que há nesta mesma sala, e então saio, mas só ai que eu percebo que eu sai exatamente no mesmo lugar que aqueles gêmeos estavam.
Avanço com o extremo cuidado para não dar de frente com eles. Vejo um corredor a minha esquerda, porém não há nada nele além de um portão trancado, mais a frente tem mais um portão, porém trancado também, só ai que decido ir a cela que há a minha direita, no chão a um homem morto com uma poça de sangue gigante contornando seu corpo sem vida.
Assim que entro na cela, a minha esquerda vejo que parte do chão foi destruído, sobrando apenas uma pequena parte, o suficiente para eu passar de lado para eu continuar o corredor, eu espero que essa coisa não caía comigo.
Consigo enfim chegar ao outro lado, ando um pouco e um homem chega correndo e fala.
"Ah, você não esperou até que eu terminasse. Mas eu guardei um pouco pra você. Apenas espere. Espere."
Claro que eu decido não esperar e continuar para ver se encontro uma saída desse "inferno na Terra".
Estou em um corredor, no fim dele vejo uma frase escrita a sangue que dizia o seguinte.
"Deus sempre mostra o caminho. Siga o sangue."
Por que tenho a impressão de ter sido aquele padre maluco que escreveu isso?
Isso me deixa um pouco apreensivo, mas decido seguir os rastros de sangue.
Abaixo da frase, há uma seta apontando para a esquerda, um tipo de cápsula de esterilização, logo que entro, as portas se fecham automaticamente e um gás começa a sair dos canos, mesmo esses gases tendo uma cor aparentemente verde, não me fizeram mal, logo depois desse processo, a porta se abre eu eu me dou de frente com um corredor.
Nesse corredor, há uma escada em espiral, decido subir ela, um pouco mais acima, ouço sussurros, mas não consigo distinguir muito bem o que este sussurro estava me dizendo, apenas prossigo seguindo as marcas de sangue espalhadas pela escada. Quando chego ao fim da escada, vejo um homem falando.
"Para dentro do ralo. Com o sangue, ele disse. O único caminho é para baixo. Para dentro do ralo. Para dentro do ralo."
Ele falava isso se esfregando em uma parede que estava escrito "PARA DENTRO DO RALO" em sangue, com uma seta apontando para um buraco.
Decido então ir para o buraco, não é uma queda grande, quando estou lá em baixo, vejo a trilha de sangue e uma porta entre-aberta.
Dou uma vasculhada no lugar antes de entrar na sala e vejo que é para lá que eu tenho que ir mesmo, por enquanto, filmando com uma mão, com a outra abro a porta com muita cautela, porém a porta faz um rangido ao ser aberta, então decido entrar de vez.
Lá, há um homem que quando me vê, fala o seguinte.
"Eles não eram experimentos, eles eram rituais. Uma conjuração.*"
Saio da sala e vou para o outro lado do corredor aonde há uma barreira de móveis, atravesso ela com facilidade saltando por cima, logo depois estou numa sala cheia de "gaiolas", e em uma dessas gaiolas há um homem falando com alguém.
"Apenas cale a boca e deixe-me pensar um minuto. Quieto! Quieto! Ah!"
Vou me esgueirando pelo corredor e vejo uma janela de vidro, nela, vejo um homem com uma faca matando alguém, passo agachado pela janela de vidro. Logo que passo a janela, para me certificar que ele não me viu, olho com calma para a sala aonde ele está, ele olha diretamente para mim enquanto fala.
"Eu gostaria que você ficasse quieto."
Tento passar com calma torcendo para que ele não venha atrás de mim, porque se ele vier, esse pode ser meu fim.
Passo dele com êxito e co tinto pelo corredor, mais a frente, vejo uma porta escrito "SEGURANÇA", decido então abrir a porta, isso foi um erro, pois na sala havia um homem com uma barra de ferro nas mãos, e assim que eu abro a porta ele sai correndo atrás de mim, corro o mais rápido possível e atravesso o corredor aonde está a porta que eu preciso destrancar, e sigo para a sala aonde aquele homem está preso e me escondo em um armário que tem lá
Fico um tempo escondido no armário torcendo para ele não me achar dentro do armário.
Saio enfim e volto aonde há aquela janela de vidro, passo por aquele cara de novo, parece que ele não me ataca, mesmo assim não me arrisco de me aproximar dele.
Tento voltar a sala de segurança, torcendo para aquele maluco não estar lá novamente, quando chego lá, a porta está arrombada e ele não está lá, para a minha sorte. Nos consoles, há um botão, eu aperto e ele libera as portas de onde eu preciso ir.
Poucos segundos depois, ouço passos chegando na sala e decido me esconder no armário, logo que eu me escondo, aquele homem chega, procura algo e abre o armário ao meu lado, por sorte ele não abriu o que eu estava escondido, logo após sua tentativa frustrada de me encontrar, ele vai embora.
Volto ao corredor e passo ao lado de uma sala com a porta destruída, dela sai mais um cara com uma barra de ferro na mão, por sorte ele não correu atrás de mim, então vou direto na porta que eu preciso ir. Mais uma daquelas cápsulas, logo após a porta abrir vejo mais sangue me indicando o caminho, sigo as setas de sangue e paro num corredor quando ouço a voz daqueles gêmeos novamente dizendo.
"Nos demos uma chance para ele. Sim a gente deu. Eu diria que foi mais do que justo. Os paragonos da paciência. Como se fosse uma supressão dos nossos desejos. Agora. Eu quero a língua dele."
Perto da grade aonde eles estão presos, há uma janela com o vidro quebrado, minha única passagem é eu ir me pendurando. É exatamente o que faço, logo chego a uma outra janela sem vidros, porém ouço passos no corredor e não posso ver quem, o que, está se aproximando.
Tomo coragem e subo enfim na janela, para a minha sorte não há nada bem ninguém no corredor. Nesse mesmo corredor, há uma sala com o vidro quebrado, entro nela e encontro uns documentos sobre uma coisa chamada WALRIDER, aquela coisa que o padre me mostrou antes de me sedar.
*CONJURAÇÃO - uma espécie de evocação.
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Outlast : O Pesadelo
HorrorMiles Upshur, é um jornalista autônomo, que um dia recebe um email de fonte anônima, conhecida apenas como "The Whistleblower" (O Denunciante), sobre um hospital psiquiátrico que pertence e é operado pela corporação Murkoff. Porém ao chegar ao local...