Sempre Grato

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|•NaruSasu•| |•Mpreg•|



O fraco vento frio daquela manhã chuvosa atravessou as cortinas entre abertas do cômodo escuro, se espalhando pelo local. Sasuke praguejou, ainda de olhos fechados, amaldiçoando-se mentalmente por não ter fechado as cortinas na noite anterior. Espreguiçou-se, sentindo o braço tocar em um corpo quente ao seu lado, assim, sorriu pequeno; completamente realizado pela vida que tinha.

Virou a cabeça para olhar quem dormia ao seu lado e suspirou, satisfeito pela visão. Naruto dormia de costas para si, uma perna dobrada até a altura do estômago e a outra esticada, os bravos embaixo do travesseiro e, mesmo sem ter a visão do rosto alheio, Sasuke tinha certeza de que a bochecha dele estava prensada contra a almofada macia e sua boca, aberta, com saliva escorrendo pelos lábios avermelhados.

Negando com a cabeça e sem tirar o sorriso bobo do rosto, Sasuke se levantou, sua derme arrepiando-se pela corrente de ar fria que ainda entrava pela janela. Rapidamente, ele fechou a janela e as cortinas, cobriu Naruto melhor com o edredom grosso e foi em direção à suíte. Ali, ele se aliviou, lavou o rosto e escovou os dentes, os fios escuros de tamanho curto roçavam sua nuca e, com agonia, ele os prendeu em um coque frouxo, antes de sair de vez só cômodo.

Chegando à cozinha, olhou no relógio do microondas, vendo-o marcar sete e quarenta e cinco da manhã. Era dia quatorze, segundo domingo de agosto, o dia em que comemoravam o dia dos pais. Com isso em mente, ele apressou-se para preparar um café quente e forte para si e, enquanto saboreava o líquido preto e fumegante em sua xícara, também se esforçava para fazer panquecas simétricas e ovos mexidos para o marido.

Quando tudo estava pronto, ele colocou suco de laranja em um dos copos e o apoiou, junto aos pratos que continham as panquecas com mel, chantilly e morangos e os ovos mexidos junto às torradas, na bandeja de prata. Ele subiu as escadas com certa dificuldade, tentando equilibrar tudo em um braço só ao passo que abria a porta do quarto da filha.

A menininha de cabelos pretos e curtos, iguais os seus, ressonava tranquila na pequena cama em formato de casinha. Ele deixou a bandeja na mesa de cabeceira, sentando-se no colchão, balançando-se com delicadeza.

— Sarada, princesa, acorde.

A voz mansa fez a pequena abrir os olhos com preguiça, bocejando. Ele ajudou-a à sentar na cama e, ainda sonolenta, ela engatinhou para seu colo, escondendo o rosto em seu pescoço. Sasuke sorriu, acariciando os fios escuros.

— Hoje é dia dos pais. — Lembrou-a. — Vamos parabenizar o papai? Ele ainda está dormindo.

— Hm... Feliz dia dos pais, papai.

— Levante-se, vamos falar isso para papai Naruto. — Avisou, risonho.

A garotinha de quatro cinco anos de vida espreguiçou-se e desceu do colo do pai, esperando-o na porta do cômodo. Sasuke a seguiu até o próprio quarto, com a bandeja em mãos, e, com o cotovelo e muita dificuldade, abriu a porta do quarto. Sarada andou em passos de garo até a cama alta, esperando que o pai deixasse a bandeja novamente sobre o criado mudo, antes de ergue-la com cuidado; ajudando-a a subir no colchão.

Naruto já tinha mudado de posição e, desta vez, estava de barriga para cima, todo esparramado na cama. Apesar de conter oitenta por cento do genes Uchiha, Sarada ainda tinha o sobrenome Uzumaki encapetado no couro e, com isso, ficou de pé na cama e pulou com tudo na barriga do pai.

Sasuke não teve tempo de impedi-la e, ao ver Naruto sentando-se assustado e sem ar pelo golpe inesperado, ele não conteve a risada alta.

— Bom dia, papai!!

— Bom dia...

Diferente do tom animado da filha, Naruto a cumprimentou em um suspiro sôfrego.

— Saia de cima do papai, Sarada. — Sasuke pediu, puxando-a pelos braços, ainda rindo. — Ele precisa respirar.

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