Só pode ser castigo

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Sanji deixou descer toda aquela bebida amarga em uma golada só, tossiu e segurou a cabeça um pouco tonto. Se recuperou e pediu por mais, porém foi interrompido pela visão do homem sentando ao seu lado. Olhou os cabelos verdes e se lembrou da discussão que teve mais cedo naquele mesmo dia.

“chamar algo entre nós de namoro seria ridículo demais.”

Afastou a voz de Zoro de sua mente e suspirou.

- Acho que você é bonito demais para se acabar em álcool em um lugar como esse. – O homem ao lado disse o olhando fixamente. Sanji riu.

- Acho que isso é da minha conta. – Retorquiu amuado.

- Você tem razão... Sou apenas um cara qualquer.

Sanji de vista meio embaçada trocou um olhar demorado com o desconhecido ao lado, voltou ao barman e pediu outra dose.

- E-e ainda tem esses cabelos ridículos! Devem ter merda no c-cérebro pra esse mato crescer! – Disse mais enrolado. O cara ao lado sorriu parecendo não ligar para a ofensa, se aproximou mais tocando a cintura do alcoólatra.

- No plural? Tem alguém de cabelos iguais aos meus que está te chateando?

- Tem! Tem sim! – Respondeu mais alto depois escondeu o rosto entre as mãos. – Essa m-maldita cor idiota! Aquele...

Se calou, jogou os cabelos loiros para trás deixando o olhar azul pesado aparecer e contemplar a estante de bebidas. Pediu outra dose.

- Hmm, agora estou com ciúmes, que homem faz um cara como você beber por ele? – A voz foi mais arrastada, os olhos sequer saiam da presa que marcou como sua no momento que o viu aquela noite.

Sanji franziu o cenho confuso.

- Cara como eu?

O outro se aproximou mais indo ao ouvido do loiro falando baixo.

- Muito gostoso...

Sanji revirou os olhos e afastou o ombro do copiador de cabelos.

- O que tem em mim que vocês sempre chegam assim? Que maldição é essa? – Se encolheu contra o balcão escondendo o rosto por cima dos braços sobre a madeira. Resmungou um pouco mais, porém baixo demais.

O outro riu achando diferente a mistura do olhar sexy com a pose fofa. Realmente, o loiro chamava atenção, não só pela aparência ou o jeito elegante, ele era uma figura diferente do que você pensaria encontrar naquele bar de quinta categoria cheia de homens brutos e sem modos.

E todos ali esperavam o momento para dar o bote.

O Loiro de repente tirou o rosto dos braços e levantou se afastando. Claro que logo tendo companhia.

- Se vai me seguir e tentar me levar pra cama pelo menos compre uma garrafa pra mim, tudo menos saquê.

Ele saiu e o homem de cabelos verdes sorriu gostando do desafio, pagou uma garrafa de tequila e seguiu o loiro de terno.

Ele parecia andar a esmo bebendo a tequila, fazia algumas caretas todas as vezes que olhava o cabelo verde ao lado e suspirava olhando a multidão nas ruas com a mente longe. Não respondeu várias perguntas então o outro mudou a tática.

- Então, esse cara, o outro de cabelos verdes deve ser um idiota em te deixar ir em um bar daqueles...

- Ele não tem que deixar n-nada! Por que tá f-falando do Marimo?! – A voz estava mais falha, estava tonto e enjoado do álcool e como se próprio percebesse isso parou chateado. Queria conseguir beber até parar de se importar. Olhou para os lados tentando lembrar onde estava o barco.

Leilão de um Marimo e uma relação Onde histórias criam vida. Descubra agora